Capítulo 8

1778 Words
Quanto mais altos os gritos de Josh ficavam, mais agitado Luke ficava. — Isso é irritante. — Ele resmungou antes de bater o rosto de Josh contra a mesa e silenciá-lo. Um ataque de risada irrompeu dos meus lábios. Eu não conseguia me controlar. Meu corpo tremeu quando perdi o controle, a dor ainda latejava em meus membros, tentei respirar fundo. Minhas costelas doíam e eu tinha certeza de que uma delas estava quebrada. — Tire-o da p***a da minha vista. Ligue para Parker enquanto estiver fazendo isso. Diga a ele que quero a conta Euler protegida. — Luke instruiu os homens. Eles assentiram, puxando o corpo inconsciente de Josh da cadeira e o arrastaram com tanto cuidado quanto lixo. Eu não falei. Minha risada finalmente morreu e eu estava vagamente consciente de que podia sentir meu coração pulsando em minha cabeça. Luke se virou para mim. Seu rosto impassível. Nenhum sinal de remorso ou culpa. Imóvel, insensível e sob essa nova luz, me perguntei por que o achei atraente. — Fique em pé. Olhei para o chão ansiosamente. Se eu tentasse ficar de pé, certamente cairia de cara no chão. Meus olhos se arregalaram, tentando descobrir como fazer isso. Luke soltou um suspiro rápido e irritado e deu um passo à frente em minha direção. Ele se curvou, passou os braços por baixo dos meus e me ajudou a levantar. Eu estremeci, uma lufada de ar assobiando pelos meus lábios. Não grite! Não dê a ele a p***a da satisfação. — Fique firme. Vou abrir o zíper do seu vestido. — A-aqui? — Eu resmunguei. Ele franziu a testa. — Sim, aqui. Preciso dar uma olhada em você. — Você não é médico... — Eu gemi quando ele deu um passo para trás. — Acalme-se, Bambina. Há muita coisa que você não sabe sobre mim. — Sua voz suavizou, enquanto um gemido saiu dos meus lábios. Sinceramente, senti como se tivesse sido atropelada por um caminhão. Suas mãos trabalharam no meu zíper, puxando-o pelas minhas costas enquanto ainda mantinha minha estabilidade, antes de deslizar o vestido pelo meu corpo. Eu suspirei. Os hematomas já começaram a se formar. Manchas vermelhas grandes e desagradáveis ​​cobriam meu abdômen. Eu estava claramente sangrando na minha pele. Luke passou o dedo pelos hematomas que se formavam. — Ai! — Eu gritei. — Quieta. Não grite. É um sinal de fraqueza. — Ele pronunciou, antes de deslizar a mão em direção à minha cintura. Estremeci com seu toque, apesar da minha própria pele queimando. Ele parecia paralisado pelos ferimentos, ou talvez por eu estar praticamente nua diante dele mais uma vez? — Sua costela está quebrada. — Imaginei. — Murmurei sarcasticamente. Seus olhos se estreitaram e eu fechei a boca imediatamente. — Por que é tão difícil para você se comportar? — Ele disse. A descrença cruzou seu rosto. Eu pretendia encolher os ombros, mas meu corpo não estava mais sob meu controle. — Eu disse que não significava nada para ele. — Tentei fazer minha voz soar monótona e sem emoção, mas saiu como uma garotinha desesperada. Aquela que havia perdido seu bichinho de pelúcia mais precioso e não conseguiria dormir sem ele. Eu era patética. Luke não comentou as palavras anteriores de Josh. Em vez disso, ele me soltou e tirou a jaqueta, que era grande demais para mim, e a colocou sobre meus ombros. — Você não quer usar algo muito restritivo. Vou pedir para alguém esperar por você em seu quarto e examiná-la. — Então, ficarei apenas de calcinha por baixo da sua jaqueta? Ele assentiu. Sua mandíbula ficou tensa, e enquanto meus olhos viajavam por seu corpo notei a leve contração de seu pênis em suas calças. Ele estava ficando e******o? Os homens não têm limites? Eu parecia uma merda completa. — Eu...eu não vou conseguir andar. — Eu admiti. Minha energia estava se esgotando rapidamente só de ficar parada. Caminhar estava fora de questão. — Eu carrego você, mas não será agradável. — Ele não precisou dizer isso duas vezes, quando me pegou em seus braços, coloquei minha boca em seu peito para abafar meus gritos. Foi como ter minhas costelas quebradas novamente. Eu desejei desmaiar de dor. Se ao menos a vida fosse tão misericordiosa, mas enquanto ele caminhava pelo corredor, permaneci alerta, mas apenas ligeiramente lúcida. Eu estava delirando de dor. Consumida por isso. Com cada respiração irregular e pontada aguda, eu me agarrei a ele. Ele parou no saguão, virando-se para a mulher na recepção. Sua testa estava enrugada de preocupação. — Natalie, ligue para Kacey Rowland. Diga a ela que estou precisando dos serviços dela. — Ela está muito machucada. — Eu sei. — Ele sibilou. Seu aperto aumentou em mim e eu gemi em agonia. — Desculpe. Ele murmurou antes de sairmos do prédio. A consciência desapareceu lentamente. Eu não conseguia mais manter os olhos abertos. Tudo que ouvi foram seus passos e minhas respirações profundas. O som de uma porta de carro se abrindo quebrou o silêncio e fui colocada de volta nos assentos de couro macio. Eu estava ciente de Luke ao meu lado. Aguentei-me o máximo que pude, mas quando o carro começou a se mover, balançando-nos suavemente, me rendi à escuridão. [...] — Ah, você poderia olhar para isso? Fui arrancada do meu sono pelo som da voz de Max. Ordenei que meus olhos se abrissem, mas tudo o que recebi em resposta foi um leve movimento de minhas pálpebras. Eu estava com dor. Dor surda. Enquanto o medo tomava conta do meu ser, lutei para assumir o controle do meu corpo. — Eu sei que você está acordada, princesa. Meus olhos se abriram. Eu senti como se estivesse dormindo há anos. A dor aguda em meu braço não fez nada para me confortar neste momento. Fixei meu olhar em Max. Ele sorriu e sentou-se na beira da cama. — Não tente falar. Você só vai se machucar. Limpei a garganta, abrindo a boca para protestar quando ele levantou a mão para eu ficar em silêncio. — Você está dormindo há um tempo. — Observei impotente enquanto ele brincava com uma arma no colo. — O engraçado é que você só deveria ter ferimentos leves. Arrumei algo que achei que seria melhor. — Ele riu, sem alegria. Um sorriso sádico se espalhou por seu rosto. — Você foi sedada por alguns dias para que o inchaço na sua cabeça diminuísse. — Ele colocou a ponta do cano em direção à boca. Seus olhos brilharam com humor. — Isso me beneficia, porque agora você estará acordado quando eu entrar em você, mas você não será capaz de se mover. Na verdade, você pode estar inconsciente em algumas partes, mas tenho certeza que a dor irá mantê-la bastante lúcida. Meu coração disparou no meu peito. Eu não conseguia falar. Eu m*l conseguia me mover e Max certamente aproveitaria isso ao máximo. Onde estava Luke? Certamente ele não me deixaria na presença desse filho da p**a doente, sabendo que ele tentou me estuprar? Por que eu esperava tanto de Luke? Porque ele é um homem que não acredita na forçar das mulheres. Isso não faria diferença. Eu me amaldiçoei mentalmente por ser uma i****a tão ingênua. Não importava. Max iria subir em cima de mim, tocar em minha costela quebrada e dolorida e se enfiar dentro de mim. — V-você... — eu falei roucamente, minha voz quase um sussurro. — Sh, sh, sh. — Ele se moveu, levantando-se e puxando o cobertor leve do meu corpo. Não ajudou em nada eu estar com uma camisola fina de seda. Seus olhos se deleitaram em mim como carne fresca e eu me senti m*l. — Você realmente não vai gostar disso. Ele acrescentou, antes de empurrar minha camisola pelo meu corpo. Minha calcinha era de um tecido fino e rendado, e ele não demorou a arrancá-la do meu corpo. Virei meu corpo para longe dele, ofegando com a dor na lateral do corpo, apenas para ser derrubada de costas. — Não! — Chorei. Ele abriu minhas pernas com facilidade, considerando que, para começar, eu m*l conseguia me mover. Ele grunhiu. Pisquei quando ele foi arrancado de cima de mim. Luke estava selvagem. Seu olhar era ameaçador enquanto olhava para Max. — Que p***a é essa? — Max disse antes de se levantar. — Senhor, eu...eu não entendo... Sem avisar, Luke deu um soco. Seu punho acertou a mandíbula de Max, o sangue jorrou de sua boca enquanto ele cambaleava para trás. Enquanto ele permanecia atordoado pelo golpe, olhei para Luke, hipnotizada pelo brilho de uma faca. Em segundos, Max estava no chão segurando a garganta. A faca enterrada na lateral dela. Ele lutou para respirar enquanto se sufocava com o sangue. — Ninguém mais escuta. — Luke murmurou com aborrecimento. — Um bando de petulantes, imundos, famintos por dinheiro, desleais... pezzo di merda. Observei milagrosamente enquanto Luke retirava a faca do pescoço de Max. Deixando seu corpo cair no chão sem vida enquanto seu sangue manchava o chão. Ele caminhou até mim, olhando do meu rosto para meu corpo, antes de verificar meu braço. Seus dedos roçaram minha pele um pouco mais do que o necessário. — Descanse um pouco. Meus olhos se arregalaram. Como diabos eu poderia descansar no mesmo quarto que um cadáver? Eu estava com medo de Luke. Mais agora do que nunca. Esse era um lado que eu nunca desejei ver, considerando que um dia poderia ser eu no lugar de Max. Seu rosto suavizou e ele sorriu da minha expressão. — Não se preocupe. Vou mandar alguém limpar isso. Será como se nunca tivesse acontecido quando você acordar. — P-por quê? — O que? — Ele perguntou. — Q-que.. — Não me agradeça. — Ele perdeu a cabeça. Ele tirou a mão do meu cotovelo. — Isso... — Ele gesticulou freneticamente para minha calcinha rasgada, antes de puxar o cobertor de volta sobre mim. — É normal para Max. Ele olhou para o corpo de Max no chão. — Isso não é normal para mim. Eu... eu normalmente não me importo, mas com você é diferente... — Ele suspirou. O que foi diferente? Se ele estava insinuando que eu estava recebendo tratamento presidencial, ele estava louco. — Eu não queria que ninguém tocasse você, e ele foi desobediente. Não tenho tolerância para essas coisas. Quando você controla uma matilha, você elimina aquele que o desafia, então os outros permanecem em ordem. — Então... — eu tossi. — O que eu sou? Especial? Ele caminhou lentamente em direção à porta, zombando antes de virar a cabeça para me lançar um olhar ácido. — De jeito nenhum.
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