| J E N |
Beatrice, a morena dos longos cabelos pretos acaricia meus cabelos usando as pontas das unhas de forma selvagem enquanto nós nos encaminhamos para a cama, ouvimos uma batida na porta porém eu ignoro jogando mesma sobre a cama, as batidas continuam e a porta é aberta.
– Jen, acho que vou precisar do seu casaco – meus olhos se arregalam para Cinderella na porta apenas de sutiã, parada na porta me olhando ingenuamente.
– Cinderella, você está bêbada? – saio de cima de Beatrice e visto minha camiseta preta que a alguns minutos atrás estava jogada no chão.
– Mas é claro que não seu i****a – ela cruza os braços soltando um leve riso – da onde tirou isso,? Eu nunnnnca, ficaria bêbada – ela pousa a mão em meu peito e ri – quem é esse garota?
– Jen, manda essa palhaça embora – Beatrice resmunga se sentando na cama – tá na cara que o Cabeça pôs alguma coisa na bebida dela, manda ela ir lá para baixo para os rapazes brincarem com ela – Beatrice revira os olhos e eu arqueio a sobrancelha.
– Aonde está a sua blusa? – pergunto para Cinderella evitando olhar para seus s***s mas é mais forte do que eu.
– Eu dei para colocarem para secar – a loira da os ombros enrolando uma mecha de cabelo entre o dedo.
– Tá legal, vamos encontrar sua blusa – divago para mim mesmo e Beatrice protesta.
– Sério Jen? – a morena de levanta – Vai bancar a babá agora? Logo agora? – reviro os olhos para ela.
– Depois terminamos Beatrice, – digo e ela se levanta irritada vestindo o vestido vermelho novamente.
– Você é um b****a Jen – ela dá as costas dali, carregando os sapatos nas mãos e eu suspiro encarando Cinderella.
– Meu casaco está no meu carro, vou lá buscar e você fica aqui e tenta não fazer nenhuma m***a – oriento e ela assente se sentando na cama – Para de fazer essa cara para mim ou essa cama vai ficar pequena para nós dois.
Fecho a porta atrás de mim e desço as escadas caminhando para fora da casa, até meu carro, aonde pego meu casaco jeans e volto para o quarto.
Com certeza Gabriel colocou algo na bebida dela. No copo que ela deu três longo goles e me disse que não era fraca. E agora, sabe-se lá aonde ela colocou aquela bendita blusa que eu derrubei bebida – apesar que ela fica muito melhor sem ela, mas não quero estar nem perto dela quando voltar a ficar sóbria e descobrir que andou sem blusa no meio da festa e foi atrás de mim.
E ainda não acredito que dispensei Beatrice para ajudar ela. Ah, mas ela vai ficar me devendo uma, e eu vou fazer questão de cobrar isso dela.
Assim que abro a porta do quarto, deparo-me com ela aos beijos com sei lá quem e eu pigarreio, porém sou ignorado pelos dois.
Se Cinderella soubesse a raiva que sinto quando sou ignorado...
Dou as costas.
Foda-se ela. Não pedi para ela beber.
– Você beija bem – ouço ela dizer ofegante e aí ele volta a engolir ela novamente.
Por que estou parado vendo ela fazer isso?
Não posso deixá-la fazer essas loucuras. Esses garotos já são experientes na coisa e ela é só uma virgenzinha bêbada. E gostosa, sem blusa, drogada e que vai topar fazer tudo o que pedirem.
– Já chega Cinderella – chamo a mesma porém ela me ignora e o cara também – Mas que c*****o, solte-a! – vocifero conseguindo finalmente chamar atenção dos dois.
Pego ela pelo braço e assim que o cara sai do quarto ela se joga na cama.
– Cinderella, eu vou te levar pra casa, levanta daí.
– Agora que a festa começou? – ela se senta me puxando pela cintura novamente – Escute, você acha que esqueci daquele beijo que você NÃO me deu?
– Você não está falando coisa com coisa – coloco o casaco sobre seus ombros – Vamos embora, você passou dos limites.
– Não quero ir embora – faz birra.
– Posso te obrigar.
– Obrigue – desafia me puxando para si sobre a cama.
Mas que diabos essa garota tem?!
– Considere-se uma garota de sorte, por eu ainda não ter te fodido – indago raspando meus lábios nos dela e ela avança sua boca sobre a minha sem aviso.
Ela dá passagem para que minha língua explore cada canto de sua boca e assim eu faço, levando ela até a cabeceira da cama, pousando sua cabeça no travesseiro. A loira arfa enquanto eu sugo sua parte sensível, e com as pontas dos dedos ela sobe minha camiseta, porém eu quebro o beijo dizendo "não."
– Você está fora de si e você vai se arrepender amanhã sobre tudo isso – ela se n**a a levantar da cama – Vou contar até 3 Cinderella.
– Pois conte até quanto você quiser – Cinderella me desafia e eu levanto ela colocando-a sobre o ombro.
– Me solta! – ela bate nas minhas costas – Não pode mandar em mim seu i****a!
– Só vou te soltar na sua casa – levo ela para fora da casa de Gabriel enquanto todos olham para nós.
Cinderella é a garota mais Estúpida que já conheci. E essa estúpida está me deixando e******o demais para pensar no nome dela ou nas suas idiotices, eu nem sei o porquê disso. Ela me faz fazer as coisas sem nem pensar.
– Você não é meu pai – ela continua gritando.
Abro a porta do meu carro e jogo ela dentro.
– O que pensa que está fazendo? Abre a porta, eu só estou tentando me divertir Jene – ela gargalha por algum motivo – Cachorrinho – bufo.
Dou partida no carro e ela se cala ao ver que estou apertando o couro do volante irritado.
– Aonde é sua casa? – pergunto nervoso.
– Não vou te falar... – diz bocejando.
– Vou te levar pra minha casa então – brinco.
– Posso te fazer uma pergunta? – ela me interrompe.
– Pode.
– Por que você não quis t*****r comigo Jen?
Solto uma alta gargalhada. Que d***a ela esta falando?!
– Você realmente está bebinha, eu devia gravar tudo o que você está falando e usar contra você amanhã. – ela dá os ombros – Não transo com garotas bêbadas, muito menos com virgenzinhas.
Ficamos em silêncio por um bom tempo, enquanto ela solta um soluço.
– Ninguém quer t*****r comigo – chora coçando os olhos – Jen, você me acha gostosa?
Que d***a é essa?
– Sim. Para de chorar garota! – não sei mais se estou nervoso comigo mesmo ou com ela.
– Então por que não quer t*****r comigo?
Não. Eu não quero estragar a vida dessa estúpida, apesar de ela estar pedindo.
– Pare com essa choradeira, se não vou te jogar pra fora do carro.
– Você não faria isso.
– Não faria. Eu só quero te levar para casa. Você não sabe nada sobre essas festas. Pode acabar se metendo com coisas erradas.
Cinderella fica quieta e eu dou algumas voltas no quarteirão.
Estaciono o carro novamente em frente a casa de Gabriel quando percebo que ela dorme. E abaixo o banco para ela ficar em uma posição melhor.
| C I N D E R E L L A |
Acordo ainda dentro do carro de Jen.
No carro de Jen?!
Ele ouve uma musica baixa no som e nem percebe que estou acordada tentando me lembrar de alguma coisa.
Minha cabeça está doendo e eu estou com um cheiro h******l de bebida.
– Aonde estamos? – pergunto sonolenta.
Jen se vira para mim, seu olhar de Jen está distante, talvez esteja cansado. Ele arqueia as sobrancelhas estranhamente confuso.
Não vai me dizer que ele também focou bêbado e não se lembra das coisas?
– Na frente da casa do Cabeça – Jen responde e eu sinto um alivio pela resposta imediata sem nenhuma duvida.
– O que eu estou fazendo aqui? – digo olhando pelo vidro – Minha cabeça vai explodir...
– Você estava bêbada, e ai eu te trouxe pra cá, se não você perderia sua virgindade com um o****o.
Como ele sabia que eu sou virgem?
Eu fiquei tão bêbada a esse ponto?
– Que horas são? – pergunto me remexendo no banco desconfortável.
– 4:30 da manhã, você dorme bastante – os meus olhos se arregalam.
– Jen! – digo tentando abrir a porta – Tenho que ir embora! Abra a porta!
Percebo que estou somente com o casaco dele e meus olhos se arregalaram.
– Jen, cadê minha blusa? – ele gargalha de mim e destrava a porta
– Quer mesmo sair do carro assim? – ele ironiza e eu solto um grunhido de desespero.
– Jen, o que d***a aconteceu? – ele gargalha novamente.
– Nem queira saber.
Eu gelo.