Capítulo 5

1648 Words
Henrique Diretor_ Eu não poderia esperar nada diferente de você. Olha o que você fez com o Bryan. Henrique_ Se ele não tivesse me tirado do sério isso não teria acontecido. O nariz do Bryan está sangrando muito. Mãe_ Henrique, já cansei de dizer para não brigar na escola. Diretor_ Vai pegar as suas coisas. Minha mãe fica conversando com o diretor. Entro na sala pego as minhas coisas e depois me encontro com a minha mãe. Entramos no carro ela começa a falar sem parar. Eu coloco os meus fones de ouvido. Ela me olha e fica em silêncio, chegamos em casa. Abadia_ O que foi que você aprontou? Mãe_ Brigou na escola, suspensão de cinco dias. Abadia_ Por que você brigou? Henrique_ Vamos deixar para falar sobre isso mais tarde quando o meu pai chegar? Não quero falar sobre isso mais de uma vez. Mãe_ Ele ainda está tirando onda com a minha cara. Eu vou até o meu quarto. O Matheus me mandou uma foto da ambulância atendendo o Brayan. Eu estava me controlando quando ele estava me chamando de bastardo e favelado, mas jogar a Ana no chão foi demais para mim. Apesar que ela gosta dele e não o assume para não estragar a nossa amizade. Eu tiro o meu uniforme, visto uma bermuda e me deito em minha cama. A Ana me mandou uma mensagem, eu vejo pela barra de notificação. Eu fico com ainda mais raiva, tomei cinco dias de suspensão porque bati no cara que a jogou no chão e ela ainda está o defendendo. Eu decido ignorar, se eu responder vamos brigar. Algum tempo depois a Abadia me manda uma mensagem dizendo que a Ana está me esperando na sala. Depois de ter cuidado do Bryan agora ela vem aqui, provavelmente vai querer continuar o papo da mensagem. Eu continuo deitado mexendo em meu telefone, a Ana abre a porta, depois que conversamos, ela se senta na minha cama e eu me deito no seu colo, ela passa suas mãos em meus cabelos. Eu aproveito muito do seu carinho, mas confesso que estou louco para beija-lá. Meu pai abre a porta do quarto, ela fica muito envergonhada, ela se levanta. Ana_ Eu preciso ir embora. Eu me ajoelho na cama e a puxo pelo braço. Henrique_ Vamos terminar de ver o filme primeiro. Ana_ O seu pai vai achar que estamos fazendo coisa errada. Henrique_ Mas não estamos. Mas bem que eu queria estar fazendo. Eu a puxo e a deito na cama e fico abraçado com ela. Henrique_ Quando o filme acabar eu prometo te deixar ir. Eu sinto quão acelerado o seu coração bate. Ela está com a mão no meu peitoral, eu passo minha mão em suas costas. A minha cabeça está beija, beija e ao mesmo tempo vai perder a amizade. Eu converso com ela sobre o filme, ela me responde, mas nem me olha. Se ela quisesse me beijar também, ela demonstraria algum interesse. Assim que o filme acaba, ela se levanta. Ana_ Agora eu já vou indo. Os seus pais devem estar loucos para te darem uma bronca. Henrique_ Provavelmente estão. Descemos até a sala. Mãe_ Oi Ana, como vai? Ana_ Bem e você? Mãe_ Estou bem, eu ia chamar vocês agora, vem tomar café com a gente. Nos sentamos a mesa, eu evito olhar para o meu pai, estamos em silêncio, a Ana fica a todo momento olhando para o celular. Minha mãe limpa a garganta. Mãe_ E então vocês dois... Pai_ Sabe Henrique, sua mãe me disse o que você fez hoje no colégio. Henrique_ Com certeza ela disse. Pai_ Iríamos ter uma conversa hoje mais tarde, mas vamos aproveitar que a Ana está aqui, com certeza ela viu o que aconteceu. Ana_ Eu não acho que devo participar dessa conversa. Mãe_ Se ela não quer falar é porque o Henrique estava errado. Ana_ Na verdade eu não sei o por quê começaram a briga, eles estavam jogando Futebol quando o Matheus saiu correndo e eu fui atas, tentei separar, eles estavam apenas discutindo, o Bryan me empurrou e quando eu me levantei eles já estavam brigando. Eu olho para o meu pai. Pai_ Entendi. Ana_ O Henrique e o Bryan nunca se deram muito bem. Então tudo é motivo de discussão, mas dessa vez as coisas saíram do controle. Mãe_ E o pior é que ele não parece estar nem um pouco arrependido. Henrique_ Isso não é segredo, não estou arrependido. Mãe_ Você quebrou o nariz dele, Henrique. Henrique_ E daí? Mãe_ E daí? Henrique_ antes o nariz dele do que o meu, mãe. Ela respira fundo. Mãe_ Você sabe que vai ficar de castigo. Henrique_ Sei. Mãe_ Sem telefone por um mês. Henrique_ O que? Pai? Pai_ Sua mãe está certa, tem que ter punição. Henrique_ Ninguém pode ficar sem telefone um mês. Mãe_ Pode e vai, bom que nunca mais vai quebrar o nariz de ninguém. Henrique_ Sei. Eu olho para a Ana que está muito sem graça. Ana_ Eu já vou indo, acho que vocês tem muito o que conversar. Henrique_ Vou te levar lá fora. Vou com a Ana até o portão, ela me dá um abraço, eu lhe dou um beijo em sua testa, seguro a sua mão e fico olhando em seus olhos por um instante. Ana_ Quer que eu te espere na padaria? Henrique_ Quero. Ana_ Então até amanha. Henrique_ Ah, eu estou suspenso, amanhã eu não vou. Ana_ É mesmo, então nos vemos no cursinho amanha. Volto para dentro. Mãe_ Que negócio é esse de vocês ficarem fechados dentro do quarto? Henrique_ Somos amigos mãe. Mãe_ E daí ? Olha Henrique você está me tirando do sério. Briga na escola, fica enfiado o dia todo com a Ana dentro do quarto, olha eu gosto da Ana, super apoio o namoro, mas eu não quero um neto e do jeito que você está fazendo... Ryan_ Deixa que eu converso com ele amor. Vem Henrique. Vamos até o meu quarto, meu pai fecha a porta. Pai_ Vamos falar sobre o ocorrido de hoje? Ela se senta na cadeira e eu me deito na cama. Henrique_ Você sabe muito bem, o Bryan e eu não nos damos bem, estávamos jogando futebol, ele chegou duro para me machucar, começamos a discutir, ele começou com as ofensas de sempre me chamando de favelado e bastardo, isso não me incomoda mais. Só que aí a Ana chegou e tentou acabar com a discussão, o Bryan a empurrou e quando eu vi ela no chão, eu não me controlei e soquei ele. Pai, eu não gosto dele e já que eu tinha socado mesmo eu aproveitei para descontar todas as raivas que ele já me fez passar. Eu não me arrependo. Pai_ Eu entendo, mas para que isso não vire um hábito você será punido, cinco dias de suspensão, sua mãe determinou um mês sem telefone, e o jogo de sábado, você vai ficar no banco, o seu treinador ligou. Henrique_ Eu não acredito, d***a, é um jogo importante. Quem vai jogar no meu lugar, o Bryan? Pai_ Bryan também está fora do jogo. Eu não sei quem vai jogar no seu lugar. Você gosta da Ana? Henrique_ Claro que gosto, ela é minha melhor amiga. Pai_ Não falo nesse sentido, falo de gostar para namorar. Henrique_ Eu não sei. Pai_ Achei que vocês hoje estavam em clima de romance. Henrique_ Ela gosta do Bryan. Pai_ Ela te disse isso? Henrique_ Não, mas ela se n**a me contar de quem ela gosta, então acredito que para não me magoar ela prefere não dizer. Pai_ Talvez ela goste de você e tem vergonha de dizer. Henrique_ Se ela gostasse eu saberia. Pai_ Por mais que são amigos, o clima estava de romance, passe a observar os sinais que ela te da. Henrique_ Ela sempre fala que somos melhores amigos. Pai_ Tio Adam e Tia Luiza também eram melhores amigos. Hoje estão casados. Henrique_ Ana e eu somos diferentes. Pai_ Será que são mesmo? Ele se levanta e estende a sua mão. Pai_ Me entregue o celular. Eu entrego meu celular em sua mão, fico pensando no que ele disse, vou passar a observar, talvez a Ana goste de mim. Algum tempo depois o Matheus chega. Matheus_ Eu te mandei um monte de mensagem cara e você não me respondeu. Henrique_ Meu celular foi confiscado. Matheus_ Ah que d***a. Henrique_ Já sabe quem vai jogar no meu lugar? Matheus_ Não brinca, está de castigo no jogo também? Henrique_ Estou. Matheus_ Ah estamos ferrados, ele não pode colocar o Kaue ele é muito fominha, não passa e perde muita bola. Henrique_ Ele deve colocar o Kaue e o Marcos. Matheus_ Com certeza vamos perder. Bryan também não vai jogar? Henrique_ Não. Pai_ Vamos meninos, vou levar vocês. Vamos para o clubinho de futebol. Treinador_ Olha só quem chegou, o brigão. Os meninos começam a bater palmas e a assobiar. Treinador_ Parem com isso. Por causa da briguinha do Bryan e do Henrique os dois estão fora. Michel_ Deveria era dar um prêmio para o Henrique, o Bryan enche o saco do Henrique todos os dias no vestiário, é claro que uma hora o Henrique iria apelar, por tudo que eu já vi, achei foi pouco o Henrique ter quebrado apenas o nariz dele. Josué_ Eu concordo com o Michel. Gavi_ Não deixa o Henrique de fora treinador. Você sabe que sem ele, não temos chance. Treinador_ O Henrique não joga sozinho. Gavi_ Não joga, mas ele que faz 50% do jogo acontecer. Treinador_ Chega de papo e vamos começar a treinar. Vamos para o meio do campo, um dos amigos do Bryan se aproxima. Felipe_ Seria uma pena se você quebrasse a perna. Henrique_ Tenta a sorte. Eu caminho em sua direção e ele se afasta. Quem esse moleque acha que é.
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