Casa nova

1065 Words
Léia Elisabeth Me despedir da minha casa e dos meus pais foi difícil, a minha mãe ficou em pânico em saber que ele não mora com nenhum familiar e me chamou no canto dizendo “cuidado com esses homens negros, esse tipo de gente tendem a ser violentos e dizem que os seus membros são muito grandes, a sua cirurgia é recente, evite trazer com ele ou pode ter uma hemorragia, se não houver jeito, dê o outro”. Ele ser n***o para mim não há problema, sempre me sentir atraída por homens assim, mas nunca tive a oportunidade e agora tenho um só para mim, porém o que me preocupa de verdade é não saber como será meu futuro com esse homem, sei que o futuro é imprevisível, mas não ter nenhuma noção do seu temperamento me assusta, ele vive sozinho a muito tempo e o seu olhar misterioso me intriga, com certeza ele deve saber o motivo de eu não me casar com o Andrés. - Você está com raiva por ordenarem você a casar-se comigo? _ perguntei curiosa dentro do carro, já faz um tempo que saímos da minha antiga casa e até agora ele não disse nada. - Por ter me casado não, sabia que aconteceria em algum momento, só não esperava que a mulher viria dessa forma. _ respondeu após um tempo, sem olhar para mim. - De que forma você acredita que vim para você? _ sinto um frio na minha espinha, ele para o carro num sinal e me olha nos olhos, fico envergonhada não sei por que, mas o seu olhar de desgosto entristece-me. - Não sei toda história por trás do nosso casamento, garota, o pouco que sei já me deixa chateado e envergonhado, por ter você ao meu lado. _diz virando-se novamente para o trânsito, me deixando irada. - Envergonhado? Um homem como você deveria no mínimo está agradecido ou excitado... sou linda, rica, gostosa, muito diferente das mulheres daqui. _ digo indignada gesticulando para as mulheres que passam na rua, quem ele pensa que é? - Rsrsrs você se acha a melhor das mulheres, por que eu estaria agradecido, sua tola? O seu destino só não foi um dos prostíbulos da máfia, por causa do seu pai pertencer ao conselho, agora cale-se não tenho paciência para mulheres mimadas. _ diz num tom que faz minha voz sumir imediatamente, ninguém nunca falou comigo assim, ai que vontade de arranhar ele todo. Após um tempo chegamos em frente ao enorme portão de uma mansão, um caminho cheio de árvores nas laterais, paramos em frente a uma mansão branca com grandes portas pretas, ele desce sem me esperar, então o sigo reparando o jardim bem cuidado, vários girassóis numa lateral, um canteiro de rosas-brancas e vermelhas, amei. - Neuza, venha aqui. _ ele grita e de uma porta lateral a sala de estar uma senhora sorridente vem acompanhada de mais duas mulheres e um senhor. - Senhor, senhora._ ela diz sorridente e outros fazem o mesmo. - Que p***a é essa, desde quando vocês me chamam senhor, Neuza, quem são essas mulheres? _ diz Pedro estranhando e tenho vontade de rir, mas mantenho a postura, a minha mãe sempre disse que “não devemos dar liberdades aos empregados“, pelo visto ele deu demais. - Ah, menino Pedro, queria causar uma boa impressão a patroa, tomei a liberdade de contratar mais duas empregadas, Joyce e Leninha Davis, já que na minha idade não tenho mais a mesma agilidade de antes, para atender a patroa. _diz ela saindo da postura que se encontrava, pelo menos parece ser eficiente. - Tudo bem, Léia essa Neuza, ela é a governanta desde que a minha mãe morava aqui e o seu esposo Matias, jardineiro e até eu providenciar o seu carro, motorista. Essa é Léia Morales minha esposa. _ diz ele ainda taciturno. - É um prazer conhecer todos. _ digo com um leve sorriso. - Bem-vinda senhora. _ todos dizem ao mesmo tempo, Pedro revira os olhos, dispensando-os, Neuza fica. - Leve-a para o quarto dela, Neuza, tenho algumas coisas para resolver. _ diz virando para sair. - Mas menino Pedro, eu preparei o quarto de hóspedes em frente ao seu... caso mude de ideia o seu também. _ diz apreensiva. - Deixe-a no quarto de hóspedes, prepare algumas coisas amanhã vamos para Nova Iorque. _ responde Neuza e por fim se dirige a mim, sem me olhar e se vai, Neuza sorrir claramente animada. - Vamos senhora. _ ela me chama, mas não estou a gostar disso, dormir separados, nunca vi isso. - Neuza, vou ficar no quarto com o meu marido, o que tem em Nova Iorque? _ digo ainda incerta à medida que subimos as escadas. - Faz bem, senhora, um casal sempre deve dormir juntos, é o início para solucionar todo tipo de problemas. A mãe dele, dona Gabriela, mora lá com o novo marido._ diz Neuza de uma maneira tão serena e reconfortante. - Pode me chamar de Léia, afinal a partir de hoje vamos conviver no mesmo lugar. _ digo sincera, nunca me senti à vontade com empregados, na verdade, sempre dei ordens. - Tudo bem, espero que goste daqui essa casa apesar de ser afastada da cidade é muito acolhedora e agora que tem uma senhora novamente pode se tornar mais movimentada como antes. _ diz ela abrindo a porta da suite, muito confortável, a combina com ele, possui tons terrosos e detalhes brancos, vejo num vaso de rosas-brancas e vermelhas que se misturam ao perfume de Pedro. - Já gosto, me sinto em casa, será que ele se irritará quando me vê aqui? _ fico confusa. - Se ele ficar e não conseguir dobrá-lo, diga que foi eu que insisti, porque não toma um banho e descansa um pouco. _ diz Neuza. - Realmente estou precisando, por favor deixe aquelas duas malas separadas para viagem, separe uma das camisolas daquela mala. _ me sinto exausta e não tenho forças para arrumar outra mala, qualquer coisa faço algumas compras lá, afinal é minha lua de mel, - Claro senhora, tudo ficará pronto. _ diz Neuza conduzindo as outras empregadas que trouxeram as malas, entro no banheiro e a banheira está pronta a água está morninha do jeito que gosto, pelo visto a velha já espera que eu ficasse no quarto dele.
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