Fecho a porta atrás de mim, olhando Carlos com a mão em seus bolsos com uma expressão de poucos amigos.
— O que faz aqui, Carlos? Sabe que esse é meu local de trabalho — digo, franzindo a testa.
— Esse que estava aqui é seu patrão? Ele acha que ainda está no direito de fazer alguma pergunta.
— Sim, é ele.
— É por ele que vai me trocar? Por isso não aceitou o meu pedido até agora?
— Pirou, Carlos? O senhor Rossi é meu patrão, nada mais. — Olho em volta, percebendo a rua calma como sempre.
— Fiz uma coisa horrível, não consigo dormir, estou me sentindo péssimo. -Tira uma mão do bolso passando em seu cabelo.
— O que fez? — pergunto, querendo que ele seja breve.
— Ontem, minha irmã estava com sua amiga, Lídia, em casa. Lembra dela? Não sei como ela entrou no meu quarto enquanto estava
