O reality show

1519 Words
— O que eu acho? É uma ideia absurda que a refém de converta em babá da filha do sequestrador, mas não posso dizer nada, você claramente ao bate bem da cabeça. Totalmente maluca. Deixarei que circule pela casa, mas apenas entre das 9 horas às 17. Se tiver algo que queira comer, faça antes desse horário. Evite contar demais a situação para Rubi, ela é uma criança. Eu espero que não use ela para nada. Sou um perfeito cavaleiro, mas se fizer a minha filha sofrer, nem um arranhão sequer. Se acontecer, não pensarei duas vezes antes de esvaziar a minha arma na minha cabeça. — Hades concordou, para minha surpresa. Embora estivesse impondo algumas regras. — E fique longe dos meus homens. Nada de usar o seu charme contra eles. — Quer dizer que me acha charmosa, senhor sequestrador perigoso? Isso me agrada bastante em ouvir. — Brinquei com a situação. No fundo, eu estava feliz, Rubi tinha algum problema com Hades, mas a atitude dele é de um pai cuidadoso, ao menos, ao meu ver, mas não posso deixar de me manter com um pé atrás, também pensavam que eu tinha os melhores pais do mundo, mas eram monstros. Não se poder acreditar naquilo que mostram a gente, a única pessoa que sabe quem ele realmente é de verdade com pai é Rubi. Farei questão de descobrir depois. Por enquanto, mantemos o plano de conquistar o sequestrador da shopee. — Você também não deixa passar uma, né? O dia m*l começou e eu já me sinto esgotado. Vou avisar aos meus homens as novas regras. Há apenas duas faxineiras e uma cozinheira na casa. Se precisar de algo delas, prefiro que fale com os três que vão sempre está te vigiando quando você estiver fora do quarto ou com Rubi. — Hades disse suspirando. Parecia realmente cansado, mas eu não posso fazer nada, ele que lute. Quem mandou sequestrar a maluca errado? Agora se segure, porque não vou deixar barato. No mínimo, farei com que perca a sanidade. Tenho que admitir que sou um tanto vingativa, muito mais do que eu imaginei. — Quem deixa passar é catraca. Não sou o tipo de mulher que deixa uma oportunidade boa passar. Pode dizer que sou visionária. — Brinquei com a situação. Não queria deixar o clima tenso. Porém eu estava começando a ficar confusa com aquela situação. Será que tudo isso era para sair daquele lugar ou eu estava no fundo interessada em problemas? Acho melhor não pensar nisso. O foco tem que ser sair daqui e ponto. — Não tenho mesmo força para lidar com você agora. Terei uma reunião em uma hora, não posso me atrasar. De qualquer forma, peça para aqueles três se precisar de algo ou a Rubi. O médico deve vir de novo a noite para conferir a situação dela. E por favor, não apronte nada, não quero me arrepender de ter confiado em você, porque, no fundo, sei que não merece confiança, ainda mais, sendo irmã de quem é. — Hades tinha um grande ódio em relação ao irmão de Estér, eu só não sabia quem era ele ou o que havia acontecido. Não respondi nada, pela primeira vez, Hades saiu do quarto sem trancar. A minha vontade era sair correndo e fugir, mas sabia que do lado de fora já deveria está meus três patetas e a porta da sala fecha, também não duvido que ele tenha pedido para redobrarem a segurança na área externa. Aquele homem não dava ponto sem nó, não tinha como permitir essa facilidade sem fazer nada. — Hey, ele não gosta de você, quem você é? — Rubi abriu os olhos assim que o pai saiu do quarto. Sentando na cama sem dificuldade. — Você estava esse tempo todo acordada? — Talvez aquela menina fosse um pouco mais perigosa que a minha sobrinha Lisa. Em muitos níveis. Talvez a comparação não fosse tão boa assim. — Se eu tivesse acordada, ele iria me levar para meu quarto. Não ia me deixar ficar aqui. E eu gostei de você. Talvez possamos ser amigas e fugir juntas daqui. Você também não gosta dele e não quer ficar aqui, né? Juntas podemos fugir daqui. — Rubi sugeriu animada. Não parecia nem que havia tido uma grande febre a pouco tempo. — Primeiro eu preciso saber, porque você quer tanto fugir daqui? Sabe o que aconteceu quando te encontraram aqui? Eu quase fui morta. Claramente, você é muito importante para essa casa. Desde que cheguei aqui, em momento algum fui tratada com tanta hostilidade. Em vez de saber quem eu sou ou como vamos fugir daqui, não deveria começar me explicando porque quer fazer isso? — Ainda tinha uma dúvida me incomodando profundamente nisso tudo. A situação não se encaixava. Um pai amoroso ou indiferente? Um mafioso da shopee ou quem está sendo enganada aqui sou eu? Hades era a peça que ano se encaixava de forma alguma. Quanto mais eu penso nisso, mais tenho a sensação que deixei algo importante passar. Talvez fosse o momento de pedir ajudar para Ulisses? Não estou levando a sério essa situação e posso está fazendo besteiras, mas não queria colocar a minha família em um risco desnecessário. — Porque eu devo ficar aqui? Eu não quero ficar aqui. Eu não deveria estar aqui. Essa não é a minha casa. — Rubi gritou apertando seus punhos, parecia que poderia explodir a qualquer momento de tão vermelha que estava. — Entendi, mas porque você... — Estava perguntando o que ela queria dizer com não ser sua casa, mas fui interrompida pela porta do quarto se abrindo rapidamente e os três patetas entrando com cara de b***a. — Bom dia, senhorita. O seu pai nos pediu para cuidar de vocês duas de perto. Assim, se precisarem de algo, estaremos por aqui. Ouvimos gritos, ficamos um pouco preocupados e viemos correndo. Você precisa de algo? Essa mulher fez algo com você? — Cláudio perguntou olhando apenas para Rubi. Estava claro que não estavam ali apenas para ajudar, mas manter a segurança da menina todo o tempo que estava comigo. — Mentira. Vão embora vocês também. Eu não quero ser vigiada. Não preciso. Eu não sou uma prisioneira. Não fiz nada de errado. — Rubi gritou desequilibrando, caindo em meus braços. Senti o seu corpo ainda mais quente. — Sabem me dizer se o médico deixou alguma informação para em caso da febre dela retornar? Eu também preciso de um termômetro. Sinto que lá está quente novamente. Poderiam conseguir essas duas coisas para mim? — Ignorei a cena. O fato era que a menina estava doente e a prisioneira vigiada da casa era eu, mas não sei se posso explicar para menina isso nesse momento. — O chefe falou algo sobre isso. Tu lembra? — Edson perguntou para Márcio que balançou a cabeça na mesma hora. — Não me lembro direito, algo com gelo e limão? — Márcio questionou. — Caipirinha? Será que tem sem álcool? — Édson olhou surpreso. — Vocês são dois idiotas mesmo. Não é gelo, mas banho gelado. Também deixou um remédio para em caso da febre não passar. Vou pegar o termômetro e os remédios. Deixei separado, mas esqueci de subir, com a gritaria, acreditei que algo estava acontecendo. — Cláudio explicou, não sei se era por ser mais velho, mais parecia ser o menos i****a dos três. — Vou descer. Os dois fiquem observando e de preferência calados. Cláudio desceu, os dois outros patetas começaram conversar sussurrando, mas podia ouvir facilmente. Algo de errado havia acontecido fora da mansão e Hades estava tentando resolver. As câmeras da casa foram todas ativadas e Hades está monitorando a distância através delas. Na mesma hora, os meus olhos percorreram todo o quarto, buscando algo que pudesse ser evidência de uma câmera, mas Hades teria colocado até mesmo no quarto? Não é um pouco invasivo? Gargalhei com a ideia. Afinal, eu era uma refém. Não havia nada mais invasivo que um sequestro, mas como posso ter certeza se há câmeras aqui? — Hey, será que vocês podem sair um pouco?! Preciso trocar de roupa? Não gosto de passar o dia de camisola e nem trocar de roupa alguém me olhando. Aliás, isso seria muito pervertido, o chefe de vocês não fez isso, certo? Não há câmeras espalhadas no meu quarto? Porque se for, preciso aprender a trocar de roupa como fazem no reality show. Certeza que vou pagar peitinho fácil ou será que deveria fazer VT com umas cenas sensuais lindas? Se o seu chefe for pervertido, ele vai amar, não é? — Precisava aproveitar que Cláudio ainda não estava. Com toda a certeza ele iria impedir aquela resposta. E saber que haviam câmeras no lugar, poderia atrapalhar todos os meus planos de fuga. Os dois patetas se olharam pálidos como se tivessem visto um fantasma. Ficaram trocando olhares como se conversassem com o olhar, mas do jeito que eram tapados, eu dúvido muito que consigam fazer isso. — E aí? Posso trocar de roupa ou não? — Insisti quebra do o silêncio irritante deles.
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