História da Elisa.
Olá, vou me apresentar brevemente, me chamo Elisa, tenho 18 anos, moro na região Norte do país e vim contar minha história para vocês.
No ano de 2018 eu comecei a me envolver com o tráfic0 de droga4, isso fez minha mãe me abandonar, ela meteu o pé da cidade porque não aceitava essa minha decisão.
Por eu ser muito teimosa e insistente, eu segui em frente. Em menos de um mês eu consegui virar dona de uma boca de fumo, estão se perguntando o porquê de eu ter conseguido esse cargo em tão pouco tempo? Pois bem, pasmem, mas nessa época o meu pai era o chefe do tráfic0 da nossa região, ele mandava e desmandava em tudo.
Como já dizia o ditado" "Filha de peixe, peixinho é". Até então, tudo parecia ser fácil para mim, eu vivia de luxo, fama, dinheiro, drog4se arm4s. Eu era muito respeitada e ninguém tinha coragem de contestar ou duvidar de minhas palavras, tudo que eu falava era bem acatado no território.
Por meses eu fiquei nessa vida perigosa, me deslumbrei com a capital das notas, perdi minha integridade várias vezes e fiz coisas inaceitáveis por dinheiro, mas a verdade é que quando eu vi os bolos de notas de 100, eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser que a minha vida iria ser para sempre daquela maneira, com muito dinheiro para ostentar.
A sensação de poder que o cr1me me trouxe realmente foi maravilhosa, mas também me mostrou o quanto poderia ser ru1m se envolver, e isso eu vou contar agora para vocês, preparadas?
Ainda envolvida nos negócios do meu pai, eu conheci um garoto que era limpo, sendo assim, fiz ele entrar para a facçã0 do meu pai, fiz ele vender drog4s, o fiz praticar assalt0s e várias outras coisas ilícitas, resumindo: Arrisquei muito a vida dele e coloquei o garoto em uma vida incerta.
Como eu sempre estava ali dizendo o que ele tinha que fazer ou não, passamos a conviver juntos e fomos se apegando, até começarmos a nos relacionar. No cr1me é sempre deixado bem claro que misturar negócios com relacionamentos não dá certo, e com a gente não foi diferente, realmente não deu.
Quando o meu pai descobriu o nosso lance, fez o maior o maior escândalo e em nenhum momento me apoiou com o BK.
Rodrigo: VOCÊ NÃO PODE FICAR COM ELE, ELISA. ESSE CARA ACABOU DE ENTRAR PRO CR1ME, COLOCA NA CABEÇA QUE TU TEM QUE ANDAR COM PEIXE GRANDE, TEM QUE SER MULHER DE BANDIDÃO PRA TE PROPORCIONAR TUDO QUE EU PROPORCIONO - Esbraveja.
Elisa: Mas eu não quero, pai! Eu gosto do BK, formo uma boa dupla com ele, o senhor não tem direito de interferir no namoro da gente, eu ajudo muito o senhor na boca, então me ajuda deixando a gente ficar junto também. - Ele suspirou pesado, passou as mãos no cabelo e pensou antes de falar.
Rodrigo: Vou te falar uma coisa Elisa, e tu me escuta bem – Falou apontando o dedo na minha cara - Esse moleque começou agora e vai se iludir com a porr4 do cr1me, vai querer mais do que tá tendo, se ele vacilar contigo, tu não vem chorar pra mim, entendeu? - Assenti rápido - Tu tá tomando tua própria decisão, depois não diga que eu não avisei. - Ele saiu da boca e eu sentei em uma cadeira.
Se minha consciência pesou nesse dia? Demais, fiquei o dia inteiro pensando nas palavras do meu pai.
Alguns meses se passaram, e eu iria fazer meu primeiro assalt0 já que eu só tinha me envolvido com o tráfic0. Todas as arm4s ficam guardadas em uma casa no centro da cidade, que é a área onde eu moro e o meu pai domina.
Chegando lá na casa, encontrei o desgraçad0 do BK super bêbado com outra mulher, o desgraçad0 estava me traindo! E para completar, a piranh4 era a minha pi0r inimig4.
Brigamos fei0 e resolvemos nos separar, nem preciso dizer que depois o meu pai veio com a típica frase: "Eu te avisei".
Depois da nossa briga, cada um resolveu seguir o seu caminho, ele ficou com minha inimig4 e eu procurava caras para saciar minha vontade de trans4r. A pesar de demonstrar para todo mundo que eu estava bem sem ele, no fundo eu queria desabar, me jogar no chão e chorar demais, eu cheguei até a pedir a Deus para morrer porque eu amava aquele homem demais.
Até que em um dia, meu pai resolveu invadir um bairro de facçã0 rival, o BK estava junto nessa invasão. Nesse dia, eu estava pleníssima na casa do meu novo ficante e recebi uma ligação da minha madrasta, dificilmente ela me liga, então atendi porque imaginei ser algo importante, e realmente era.
Ligação On
Clarice: Alô? Elisa?
Elisa: Oi Clá, aconteceu alguma coisa?
Clá: Sim, sabe a invasão que o seu pai tá fazendo com os meninos?
Elisa: Sei sim - Falei já com med0 do que ela iria contar.
Clá: O BK tá correndo perig0, eu tentei ligar pra mulher dele mas ela não me atendeu, então pensei que você pudesse ajudar de alguma forma.
Elisa: Posso sim Clá, vou ir pra lá agora mesmo.
Clarice: Tá bom, toma muito cuidado.
Elisa: Tá, tchau.
Ligação Off
Me despedi rapidamente do meu ficante que ficou sem entender nada e saí desesperada da casa dele, o amor da minha vida estava em perigo e eu estou morrendo de medo que ele morr4.
Sem pensar duas vezes, eu chamei um Uber e fui para o bairro rival totalmente desarmada, sem colete, sem arm4 ou sem outra proteção, não consegui pegar o BK porque quando estávamos entrando no bairro, eu avistei o carro dos inimigos, o Uber se ligou no que estava acontecendo e não quis continuar a corrida, então fiz ele me deixar pelo menos em casa, fiquei lá e esperei reforço.
Quando deu exatamente 3 horas da madrugada, foi quando os meninos conseguiram concretizar a missão, não veio reforço para mim, eu fiquei esperando a toa esse tempo todo. Mas no final graças a Deus deu tudo certo, eu só não esperava no que estava por vir.
Uma semana depois, eu estava sentindo muitos enjoos, então saí da casa onde morava com meu pai, meu irmão e minha madrasta, para ir até a farmácia mais próxima, não deu tempo chegar lá, porque me sequestrar4m em uma rua esquisita, provavelmente eles entraram aqui despercebidos, só sei que fizeram um atentado contra mim.
Os rivais me levaram para perto de uma pequena praia, mas mesmo assim parecia um bairro, porque morava gente lá. Eles me fizeram várias perguntas, perguntavam sobre os planos que o bonde do meu pai tinha para acabar com eles, pediram várias informações e eu só sabia neg4r, falava que meu pai e o BK não estavam me contando nada porque não queria me ver em invasão nenhuma.
Eles ficaram irritados por não estarem conseguindo o que queriam e estavam prestes a me mat4r, desferiram vários chutes na minha barriga, costela e vários chutes no meu rosto, eu apanhei muito, fui esfaquead4, abusad4. Um deles atirou de raspão na minha perna, até hoje eu tenho a marca da bala. Naquele momento, eu só sabia gritar e pedir para Deus não me deixar m0rrer.
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Publicado dia 02 de Dezembro de 2021, ás 21:10.
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História continua no próximo capítulo…