Isabely, parte 1.

1118 Words
História da Isabely. Oie meninas, me chamo Isabely, tenho vinte e quatro anos, sou filha de coração de um policial militar, tenente do batalhão da minha cidade que fica no interior de Minas Gerais. A minha história se passou quando eu tinha vinte anos. Nunca fui muito de festas, sempre fui mais caseira, até que conheci uma moça um pouco mais velha que eu, era ela que me animava para sair, as festas com ela sempre eram boas. Eu sempre tive algumas retribuições de segurança por ser filha de PM, alguns ambientes eram perigosos para mim na minha cidade e eu sabia disso. Em um dia de semana, eu me arrumei e esperei minha amiga vim me buscar. Chegando lá, tinha tudo do bom e do melhor: Comida, bebida e drog4 a vontade. Até que chegou um moço perto da gente que se apresentou como "Pesadelo", era um moreno alto, cheio de tatuagens e com uma cara de quem matava só pelo o olhar. Segundo a Kath, ele estava de saidinha do presídio e logo voltaria. Nos cumprimentamos com um beijo na bochecha e um abraço rápido, ele disse com uma voz bem rouca no meu ouvido: Pesadelo: Primeiro perfume que eu sinto depois que saí da cadeia. Eu dei um sorrisinho de lado um pouco assustada com a sua fala e logo ele se juntou com outro bando de cara, passei a festa toda ao lado da minha amiga e quando terminou, ela me deixou em casa conforme combinado entre a gente. Era dia de semana quando ela me ligou na parte da tarde, me chamou para irmos para um churrasco numa chácara de um amigo dela (nunca imaginei que seria do preso da festa anterior). Beleza, me arrumei e fui, chegando lá eu me deparei com ele, que ao me ver lançou logo um sorrisinho bobo de lado e piscou para mim. Fiquei como? Toda boba, né. Minha amiga logo disse: Kath: Nem se envolve que ele é psicopata hein doida? Isabely: Tu que lute, porque se ele quiser eu vou na hora, sou dessas - Rimos. Nesse dia também não rolou nada entre eu e o Pesadelo a não ser uma conversa aleatória junto do meu número que ele havia pedido, passei sem sombra de dúvidas. No sábado da mesma semana, ele me chamou junto com a minha amiga para irmos para um distrito de São Paulo, ele disse que tinha alguns assuntos para resolver lá e uma pequena carga de droga para trazer. Eu que ainda não conhecia a sensação do perigo, aceitei na mesma hora. A Kath já conhecia o esquema então topou, mas já me deixou bem avisado sobre a viagem: Kath: Amiga, nós vamos pra essa viagem, mas tu toma cuidado que é arriscado, porque se descobrem de quem tu é filha, vai dar um b.o enorme. Isabely: Relaxa Kath, quem vai saber disso em uma cidade á horas de distância daqui? Ninguém, isso é impossível. Fomos para São Paulo, eu no carro do Pesadelo e a Kath no carro dela, ela preferiu assim. A festa foi bem divertida, o Pesadelo estava sendo bem legal comigo mas já estava ficando tarde e eu queria voltar para Minas. Isabely: Valeu pelo convite, Pesadelo. Adorei a festa, mas eu e a Kath já estamos de saída, precisamos voltar logo pra Minas Gerais. Pesadelo: Eu te levo, pode ser? Kath: Melhor não – Relutou. Pesadelo: Deixa a menina falar por ela, não tem língua pra ser muda? Isabely: Kath, por mim tudo bem. Ele pode me levar, te ligo assim que chegar em casa. Kath: Se chegar, né? - Sussurrou - Depois não diga que eu não te avisei. Medi a consequências de estar saindo com um presidiário que eu nem sabia nem de onde era, quem era, da onde ele vinha e por qual motivo havia sido preso. Pensei nisso tarde demais, nunca imaginei que era uma social em outra cidade. O Pesadelo não me levou para minha casa que era no interior de Minas e sim para uma social na capital (Belo Horizonte). Ele me apresentou á alguns conhecidos e de todos eu ouvia a mesma coisa: "Que bom que tu voltou, Pesadelo. A favela vai estar de braços abertos pra te receber, tua mãe vai sentir orgulho por tu ter cumprido a metade da pena certinho e ainda ter arrumado uma mulher de responsa". E quem disse que eu queria ser mulher dele? Já senti um medinho aí, ele poderia não me deixar livre mais e querer que eu fosse atrás dele. Não queria isso para mim, queria curtir, saber o gostinho do proibido e do perigo, isso sim me fascinava naquela época. Depois dessa social, pegamos a estrada para a minha cidade e chegando lá, fomos para uma chácara de um amigo dele, ficamos a noite toda. No outro dia eu estava muito curiosa sobre a prisão e queria saber mais, como por exemplo: O porquê dele vim de tão longe para Minas, já que a Kath me contou que ele era da Bahia e que o irmão estava preso no presídio da minha cidade por esquartejar um homem. Mas não perguntei nada, não queria estragar o clima. Durante a manhã, minha amiga e alguns mineiros que estavam em São Paulo chegaram aqui na casa, nós fizemos um churrascos e ficamos nos divertindo. Depois de umas quatro horas de churras, a Kath estava um pouco distante da mesa que eu estava e me chamou com uma cara de assustada, já conhecia ela o suficiente para saber que tinha algo errado, só pedia a Deus para que não fosse a polícia invadindo a casa. Ah, mas quem me dera fosse a polícia. O Pesadelo não me deixou ir falar com a minha amiga, não queria que eu saísse de perto dele e a Kath por algum motivo estava acanhada e não queria vim até aqui falar comigo. Estávamos em uma sala com vários caras e meninas super novas que usavam cocaína como se não houvesse o amanhã. Depois de uns dez minutos, a Kath se aproximou de mim e me deu um beliscão. Isabely: Ai! - Falei passando a mão no meu braço. Não entendi porque ela tinha feito isso e também porque estava calada na frente do Pesadelo. Me virei para trás e gelei na mesma hora quando vi a Kamilla, eu não tinha amizade com essa menina mas ela sabia quem eu era e de onde eu vinha. Kamilla bateu os olhos em mim e no Pesadelo, não esperou nem se quer um minuto para colocar a boca no trombone. *** Publicado dia 07 de Dezembro de 2021, ás 11:21. O que estão achando? História continua no próximo capítulo.
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