Os dias que se seguiram foram de uma enorme paz para Oksana, ela não pensava que passaria a gostar tanto da companhia de Aurélio como estava acontecendo. Síria tinha ido embora um dia depois de chegar, estava apenas de passagem e louca para ver os filhos, então apenas ela tinha ficado lá.
As tardes na Itália eram maravilhosas, e se deitar ao sol passou a ser algo que ela apreciava muito, Oksana iria embora no outro dia, mas ela ainda não tinha se esquecido de sua vingança por Aurélio ter incendiado seu bar favorito, aquele era o motivo que a tinha levado até a Itália e em breve ele descobriria que Oksana não se esquecia das coisas, ela se vingava.
Deitada no jardim Oksana estava contente, iria sentir falta do sol daquele lugar, ali tudo era mais gostoso que em seu país. Uma sombra entra na frente de Oksana, ela enruga a testa em frustração.
_ Está tampando meu sol. - diz chateada.
_ Se quiser, posso te dar meu calor. - responde Aurélio se deitando sobre ela.
Oksana abre os olhos rapidamente surpresa, Aurélio tinha um sorriso de canto enquanto olhava fixamente para ela, suas mãos ao lado de Oksana impedindo que ela fugisse dele.
Durante toda a semana Aurélio tinha tentado se aproximar da loira a sua frente, mas ela sempre encontrava uma forma de fugir dele, mas ele não desistiria tão facilmente.
_ Quando vai parar de fugir de mim bela? - pergunta ele divertido.
_ Não estou fugindo. - responde.
_ Não é o que parece. - diz ele se inclinando e começando a dar beijos por seu pescoço.
O rosto de Oksana estava tomado de surpresa, os lábios dele provocava arrepios por seu corpo a fazendo arfar.
_ O que está fazendo! - reclama ela tentando empurrá-lo.
_ Estou aproveitando minha noiva fujona. - diz voltando a beijá-lá.
_ Eu não estou fugindo. - diz ela irritada.
_ Então prove. - diz ele se afastando e olhando nos olhos dela.
Oksana encara Aurélio e com um movimento rápido o vira na grama montando em cima dele, ela tinha um sorriso no rosto.
_ Sabe, acho que vou gostar bastante dessa posição. - diz ele com um sorriso no rosto.
_ Fala sério. - diz ela tentando se levantar.
Aurélio rapidamente envolve sua mão na nuca de Oksana a puxando para si.
_ Eu gosto de ser dominado bela, mas está na hora de aprender seu lugar ao meu lado. - diz ele antes de chocar seus lábios aos dela.
Aquilo mais parecia uma luta que um beijo, Aurélio morde os lábios de Oksana a fazendo sentir dor para logo em seguida passar sua língua aplacando a ardência. Ela lutava em seus braços tentando se levantar, mas o aperto dele não permitia.
_ Ficou louco! - grita ela zangada quando ele se separa dela um pouco.
_ Fiquei! Louco por você! - diz antes de voltar a beija- lá com força.
A desejo de Aurélio havia aumentado de forma considerável, fazia meses que ele a desejava e a ter em seus braços o enlouquecia. O beijo era rude e voraz, era como se fosse um castigo por todos os dias que ela estava fugindo dele naquela semana.
Lentamente a resistência de Oksana diminui e ela se pega correspondendo ao beijo dele com a mesma intensidade, sua mão mergulhada nos cabelos dele. Uma das mãos de Aurélio estava na cintura de Oksana enquanto ele afrouxava seu aperto na nuca dela, o beijo voraz vai se transformando em algo doce e leve.
_ Não fuja de mim. - diz Aurélio colando sua testa na dela.
_ Eu já disse que não estou fugindo. - diz ela se afastando dele e cruzando os braços irritada.
_ Você fica linda brava Oksana, estou louco para experimentar tudo isso depois que casarmos. - diz ele dando um aperto em sua cintura.
Oksana olha para ele percebendo que ainda estava sobre ele e tenta se levantar, mas ele não permite, em vez disso ele inverte as posições pairando sobre ela, o colar em seu pescoço ficando à mostra.
_ O que é isso? - pergunta ela pegando a corrente em sua mão, quando vê o pingente seus olhos se arregalam.
_ Isso foi o presente que você me deu. - diz ele de forma tranquila.
Ela olhava o pingente encantada com o que via, e ao olhar nos olhos dele não havia nenhuma marca de raiva pelo que ela tinha feito.
_ Por que guardou?
_ Por mais doloroso que tenha sido, foi a primeira coisa que você me deu, é meu amuleto da sorte. - responde sorrindo.
_ Com toda a certeza você é louco. - diz ela sem acreditar.
_ Já sabe sua resposta loira. - diz ele dando um beijo rápido em seus lábios e se sentando.
_ Por que eu? - aquela era a pergunta que Oksana queria a resposta, e que até aquele momento ainda não tinha encontrado.
_ Por que eu não a escolheria? - diz ele olhando fixamente para ela.
_ Eu sou maluca, faço o que quero, não recebo ordem de ninguém, e tenho um passa tempo que para muitos seria loucura. - diz ela tudo de uma vez.
_ Diz isso por que não conhece o meu, - responde ele rindo. - Você me ganhou na primeira vez que a vi matando aquele homem, mas não foi só isso, você é inteligente, bonita, esperta e letal, não preciso de mais nada em uma mulher.
_ Está me dizendo que me escolheu por que eu mato pessoas? - pergunta ela surpresa.
_ Não, eu te escolhi por que você não esconde o que é, não quero alguém que fuja de mim quando minhas mãos estiverem sujas de sangue, quero alguém que me ajude a sujá-las.
Choque era pouco para descrever o que estampava o rosto de Oksana, de todas as coisas que ele poderia dizer, ela não imaginava que aquilo seria uma delas. Realmente Oksana não conhecia o homem enigmático à sua frente.