Oksana estava além de entediada, o homem ao seu lado não parava de falar, a sua vontade era de dar um soco na sua boca para que ele ficasse quieto, aquilo era muito irritante. Ela havia olhando algumas vezes e visto que o seu irmão estava conversando com Aurélio, o que era uma surpresa para ela.
_ O que a senhorita gosta de fazer? - pergunta o homem num dado momento.
_ Matar, - responde ela sorrindo. Oksana passa a mão no peito dele segurando a sua gravata, ela começa a apertar a gravata no seu pescoço lentamente. - Nada me da mais prazer do que ver alguém deixar esse mundo de forma lenta e agonizante.
Os olhos do homem começam a ficar vermelhos a medida que o ar lhe falta, ela tinha um largo sorriso no rosto vendo aquilo.
_ Por mais que eu adorasse ver ele morto, acho que não deveria ser tão rápido quando isso. - diz Aurélio pegando a mão dela e retirando de cima do homem. - Suma a menos que queira morrer por tocá-la.
O homem olha assustado para Aurélio mais assente e sai correndo dali, era como se ele tivesse visto o d***o na sua frente, mas aquilo não incomodava Aurélio, ele até mesmo preferia isso. A mulher na sua frente pertencia-lhe e ele queria que isso ficasse bem claro a todos.
_ Dança comigo? - pergunta ele oferecendo a mão a Oksana. Ela o olha desconfiada, mas aceita o seu convite.
Aurélio puxa Oksana para si, seu corpo colado ao dela, a sua mão desliza por sua cintura enquanto a outra se entrelaça os seus dedos. Aquilo o deixa maluco, ela era como uma bebida afrodisíaca feita especialmente para ele, o cheiro dela o deixava louco e ele queria poder sentir mais dela.
_ Achei que tinha deixado claro que não quero nada com você. - diz ele de forma ríspida.
_ Eu disse que você deve assumir a responsabilidade pelo que me fez bela, e não desisti. - diz ele a girando pelo salão.
Oksana queria gritar com aquilo, ela sentia todo o seu corpo em brava, onde a mão dele lhe tocava deixava um rastro de fogo sobre a sua pele. Ela balança a cabeça atribuindo isso aos seus hormônios e os longos anos de abstinência que ela estava.
_ Não te devo nada.- diz ela recuperando a compostura.
_ Me diz que não sente nada quando a toco Oksana, - Aurélio falava com os seus olhos fixos nos dela não abrindo espaço para dúvidas. - Me diga que não sente a forma que o seu corpo reage a mim.
Ela arfa com as palavras dele, os seus olhos se arregalando. Aurélio vê a sua reação e o seu sorriso fica maior, ela podia negar, mas ele podia ver como o corpo dela se arrepiava apenas por seu toque.
_ Isso é apenas coisa da sua cabeça. - diz ela tentando por alguma distância entre eles, mas Aurélio não permite.
_ Esta apenas tentando se enganar, ninguém vai te fazer mais feliz do que eu Oksana, te esperei por muito tempo e não me importo de esperar um pouco mais. - diz ele subindo a mão que estava na sua cintura até o seu pescoço, ele podia ver a pele dela se arrepiar diante do seu toque.
_ Vai esperar sentado então. - diz ela o empurrando. Aurélio a solta olhando com um largo sorriso para ela.
Ela podia negar o que estava sentindo por ele, mas ele jamais acreditaria em algo que o corpo dela lhe dizia. Oksana podia não saber, mas o corpo dela já pertencia a Aurélio, e ganhar o seu coração não seria nada apara ele.
_ Você! - diz Oksana para um dos convidados que passava. - Qual o seu nome.
_ Me chamo Carlos senhorita. - diz ele surpreso por ela lhe dirigir a palavra.
_ Eu escolho você como o meu noivo. - diz ela com um sorriso doce.
Yuri ouve aquilo e cospe toda a bebida que estava na sua boca, ele não acreditava no que a sua irmã estava fazendo. Apenas uma olhada em Aurélio e ele via que as coisas poderiam sair do controle a qualquer momento. Empurrando alguns convidados ele corre até a sua irmã, ele não desejava que uma tragédia acontecesse na sua casa.
_ Ficou louca Oksana? - pergunta ele segurando com força o seu braço.
_ Você disse que eu poderia escolher com quem eu teria que casas, e eu escolhi ele, - diz ela apontando para o homem que tinha um largo sorriso no rosto. - Ou vai voltar na sua palavra irmão?
Quando ela fala todos se voltam para Yuri, eles sabiam o quanto ele era protetor com a sua irmã, mas a palavra de um Don deveria estar a cima de qualquer coisa, e se ele voltasse atrás no que havia dito significava que ele era alguém sem palavra e honra, e provavelmente indigno de continuar exercendo a suas funções como Don.
A vontade de Yuri era de esganar a sua irmã, ele sabia bem o que ela estava querendo fazer, mas ele não cairia no jogo dela. Se a sua irmã queria brincar ele aceitaria o desafio.
_ Eu honro a minha palavra Irmã, se você escolheu ele, será ele. - diz Yuri com um sorriso de canto.
Oksana engasga com as palavras dele, ela jurava que ele recusaria o homem, a sua frente, mas ao que parecia estava enganada, ela tinha caído na própria armadilha.
_ Atenção todos! - pede Yuri elevando a sua voz, todos param e se voltam para ele. - A minha irmã tem o seu escolhido.
As pessoas aguardam curiosos as próximas palavras de Yuri.
_ A partir de agora, Carlos da máfia mexicana estará fazendo a corte a minha irmã Oksana Yvanov. - uma salva de apalmas é ouvido no salão quando o anúncio é feito.
Yuri via os olhos chocados da sua irmã e o seu sorriso se alarga. Ao olhar para Aurélio os pelos da sua nuca arrepiam-se, ele tinha um olhar sombrio sobre o pobre homem a sua frente. Aurélio vem até Oksana e se inclina para falar no seu ouvido.
_ Aproveite o seu noivo enquanto ele respira bela. - diz ele com uma voz tão gelada que fazia Oksana tremer.
Sem dizer mais nada Aurélio vira as costas e vai embora, um plano se formando na sua mente.