Capítulo 38

1003 Words
Oksana encarava o homem a sua frente com curiosidade, ele tinha cabelos pretos e olhos tão azuis que a faziam perder o fôlego, os seus lábios ostentava um sorriso sacana que era direcionado a ela, ele era bonito, e sabia disso. _ Não atirei para matar, devia saber disso. - responde ela de forma tranquila. _ Seu sei, meu amor, vim por que quero que se responsabilize pelo que fez. - diz ele olhando fixamente para ela. Ela estava bonita, na verdade, de parar o trânsito, e Aurélio se segurava para manter a suas mãos longe daquela beldade a sua frente. _ Não acha que está fazendo muito caso por causa de um tiro? - pergunta ela com a sobrancelha arqueada. Na mesa ao lado Dimitri engasga com a sua bebida ao ouvir aquilo, mas vindo de Oksana ele não deveria estar surpreso. _ Não é por causa do tiro, - diz ele se inclinando mais sobre a mesa. - É sobre o meu coração apaixonado, vai ter que assumir a responsabilidade. Os olhos de Oksana se arregalam, ela esperava ouvir qualquer coisa dele, menos aquilo. Mas apenas outra olhada no seu rosto e ela sabia que ele não estava brincando. _ Quem é você? - pergunta. _ Me desculpe, Aurélio Donati, mafioso, contrabandista e tudo o mais que você quiser.- diz dando uma piscada para ela. Aquele nome não era estranho a Oksana e ela lembrava-se bem de já ter ouvido antes em algum lugar. Quando ela percebe de quem se trata os seus olhos arregalam. _ Você é amigo do meu irmão? - pergunta mesmo já sabendo a resposta. _ Isso depende, se ele continua o mesmo i****a de sempre. - diz pegando um maço de cigarro da sua jaqueta, quando ele se lembra de Oksana guarda novamente praguejando. Falar em Yuri reacendia a sua ira, e era algo que ele não queria. _ Vocês brigaram. - diz ela com um sorriso de canto. _ Digamos que aquele i****a andou falando o que não devia, ainda me arrependo de não ter dado um tiro nele. - diz Bufando. Quando ele sente algo afiado na sua perna ele volta-se novamente para a mulher a sua frente. _ Ele pode ser um i****a, mas é meu irmão, e a única pessoa que pode atirar nele sou eu. - diz ela com olhos sombrios encarando Aurélio. _ Isso foi muito sexy gata. - diz ele relaxado. Oksana retira a adaga da perna de Aurélio e a crava na mesa. _ Você é louco? _ Sim, por você, desde que me deu um tiro. Casa comigo? - Oksana se levanta rapidamente derrubando a cadeira atrás dela. _ Eu nem te conheço! você pode ser um lunático ou tarado. - diz ela. _ Sai comigo, assim pode me conhecer melhor e saber que sou perfeito para você. _ Não mesmo. - responde ela. _ No fundo, você sabe que não vai ter pessoa melhor para você que eu Oksana, - diz ele levantando-se e indo até ela, os seus olhos nunca a deixando. - Somos filhos do caos e amamos isso, não nos importamos se o mundo queimar, desde que sejamos nós que acendermos o fogo. O coração de Oksana dispara no seu peito, ela queria dizer a ele que estava errado que ela não era assim, mas ela estaria mentindo tão descaradamente que nem ao menos disfarçaria. Aquilo a intrigava, como ele sabia tanto sobre ela com apenas aquele encontro. _ Você é minha Oksana, - diz ele segurando uma mecha do seu cabelo. - Matarei qualquer um que tocar em você. Olhando nos olhos dele, ela sabia que era verdade, a intensidade das suas palavras penetravam no seu corpo a fazendo tremer diante dele, algo que nunca tinha acontecido na sua vida. Era sempre ela que dominava e nunca era dominada, mas diante de Aurélio era como se o chão se abrisse a sugando de uma forma que ela ficasse a seus pés. Os olhos dele tinham um poder sobre ela que a assustava ao mesmo tempo que desejava que ele a olhasse ainda mais. Ela dá um passo para trás tentando se livrar da influência dele sobre ela, algo que ela não conseguia explicar. _ Fique longe de mim. - diz ela com o maxilar trincado. _ Está me pedindo algo que nunca vai acontecer. - diz dando um aceno a ela e saindo do restaurante. _ Você está bem? - pergunta Dimitri vendo os seus lábios pálidos. _ Sim, apenas me leve para casa. - diz ela já marchando para a saída. Assim que chega em casa Oksana vai direto até o escritório do seu irmão, ela abre a porta e entra como um furacão, os seus olhos irradiando fúria. _ Já sei o que ouve. - responde ele olhando para ela de forma tranquila. Dimitri tinha lhe informado tudo o que tinha acontecido no restaurante. _ É serio Yuri! Que c*****o aconteceu hoje!- diz ela andando de um lado para o outro no escritório. _ Vou conversar com ele Oksana, isso não vai acontecer mais. - responde ele de forma tranquila. _ Tem certeza, porque eu tenho a impressão errada. - diz sarcástica. _ Ele é inofensivo, não precisa se preocupar. - diz ele ainda sem se alterar. _ Inofensivo! De que lado você está Yuri? - diz parando a sua frente com a mão na cintura. _ Sei que está chateada pelo encontro, não se preocupe que vou marcar outro. _ Estou pouco me fodendo para aquele maldito encontro! Se ele não tivesse atirado naquele cara eu mesma tinha feito! - esbraveja nervosa. As palavras dela chamam a atenção de Yuri, e ele se lembra de uma conversa que havia tido com Ricardo. _ Vou resolver isso. - diz ele por fim. _ Acho bom mesmo! - diz ela batendo a porta ao sair. Pegando o seu celular Yuri puxa uma grande lufada de ar antes de ligar para Aurélio, estava na hora deles resolverem aquele assunto de uma vez.
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