Oksana xingava Aurélio de tudo quanto é palavrão que ela conhecia nas várias línguas que falava. Ele havia colocado fogo no seu bar favorito por que ela estava lá com Hideo.
_ Ele é bem ciumento. - diz Hideo rindo.
_ Isso não é engraçado, é meu lugar favorito! - diz ela chateada enquanto passava a mão pelos cabelos.
_ Senhorita Yvanov? - pergunta um homem se aproximando de Oksana, ele usava um terno preto e junto com ele havia mais dois homens.
_ O que quer? - pergunta ela trancando os dentes.
_ O senhor Donati nos pediu que a levássemos em segurança até sua casa. - diz ele de forma polida.
_ Só pode ser piada, - diz ela balançando a cabeça, mas os homens a sua frente não achavam graça. - Eu estou de carro depois eu vou.
_ Temos ordens para escoltá-la a força se for necessário, senhorita. - diz o homem, e Oksana vê os outros dois homens se posicionarem ao lado dela.
_ Me ajuda? - pede com um sorriso sem graça para Hideo.
_ Lamento princesinha, mas prometi ao meu pai que não me envolveria com essa história. - diz ele erguendo as mãos.
_ Então agora você resolve ouvir seu pai. - diz ele chateada.
_ Sei que Aurélio pode ser louco, mas jamais te machucaria. - diz ele indo até ela e lhe dando um beijo na testa. - Te vejo depois.
_ Hideo! - grita ela enquanto ele partia. - Hideo! Não me deixe aqui!
Oksana olha chateada ele ir embora, ela poderia lidar com os seguranças, mas não queria ter aquele trabalho tão tarde da noite.
_ Vamos senhorita, precisa descansar, - diz o homem lhe apontando o caminho.
_ Como vou saber se isso não é um truque, vocês podem ser inimigos. - diz ela tentando ganhar tempo.
O homem pega seu telefone e faz uma chamada colocando o telefone no viva voz.
_ Vá com eles Oksana, não quero que discuta. - diz Aurélio.
_ Eu te mato Aurélio, seu filho da p**a! - grita ela.
_ Vou adorar ser morto por você, principalmente se for de prazer, agora vai, não é bom você estar na rua até essas horas.
_ Seu... - ele já tinha desligado o telefone, Oksana pragueja puxando os cabelos.
_ Vamos. - diz o homem novamente, desta vez ela não discute e o segue até um carro de luxo, ele abre a porta e ela entra.
Oksana foi todo o caminho planejando sua vingança, ela não deixaria Aurélio se safar tão facilmente do que tinha feito, a próxima vez que eles se vissem ela lhe daria uma lição por aquilo.
Ela bate a porta da casa com tudo e entra pisando duro, Yuri ouve o barulho e vai até a sala, ele encontra Oksana retirando seus sapatos com raiva antes de se jogar no sofá.
_ Problemas no paraíso irmã? - pergunta se divertindo.
_ Vai rindo Yuri, vou descontar suas provocações ainda. - diz o fuzilando com os olhos.
_ Por que não admite logo que você gosta dele, Oksana. - diz Yuri olhando de forma tranquila para ela.
Oksana observa os olhos de seu irmão e não encontra nenhum traço de zombaria, ele estava sendo sincero com ela.
_ Vem aqui. - diz ele a chamando. Oksana vai até ele e se deita em seu colo, Yuri começa a acariciar seus cabelos como fazia quando ela era criança.
_ Sabe por que eu permiti que Aurélio casa-se com você? - pergunta ele tranquilo.
_ Não né Yuri. - ele ri com a falta de paciência dela.
_ Por que vocês são parecidos Oksana, assim como você, Aurélio não desiste até ter o que quer. Ele é uma boa pessoa, e se te escolheu é por que está decidido a te amar até seu último dia de vida. - diz ele com a voz leve.
_ Devia estar do meu lado irmão. - responde ela.
_ E estou, mas não quero que você deixe escapar sua felicidade por causa do orgulho.
_ Você já ouviu o que falam, sobre ele. - diz ela.
_ Sim, e já estivemos juntos várias vezes em boates, as pessoas exageram irmã, tenha um pouco de confiança nele, deixe que ele se aproxime de você.
Ela não esperava que Yuri diria aquilo, no mínimo esperava que seu irmão fizesse um escândalo com tudo o que estava acontecendo.
_ Achei que fosse surtar.
_ Vai por mim, me custa muito não socar aquele i****a sempre que esta perto de você, mas preciso deixar vocês seguirem seus caminhos, não posso ficar interferindo na sua vida.
_ Yuri...
_ Me prometa que vai dar uma chance a ele Oksana, mamãe e papai iria querer isso. - as palavras de Yuri a deixam sem reação.
_ Isso é golpe baixo. - responde se levantando.
_ Apenas uso as armas que tenho princesinha. - diz ele dando um beijo em sua testa.
_ Então não vai se importar se eu for para a Itália? - pergunta ela com um sorriso de canto.
_ Oksana! - Yuri conhecia bem aquele sorriso, significava problemas.
_ Você disse que não iria interferir nas nossas decisões. - diz ela com a sobrancelha arqueada.
_ Tudo bem, mas deixe para ir amanhã, já está tarde.
_ Obrigada irmão. - diz ela animada se jogando em seus braços e lhe dando um beijo.
Ele sabia que se arrependeria daquela decisão, mas não poderia ficar sempre entre eles, sua irmã precisava resolver suas coisas por conta própria, e ele sempre estaria lá por ela. Pensando em tudo que estava acontecendo, Yuri percebia o quanto sua garotinha tinha crescido, Oksana já era uma mulher adulta, linda e um pouco sem juízo, o par perfeito para Aurélio.
_ Ou mato aquele safado. - diz se levantando.
_ Falando sozinho chefe. - diz Dimitri entrando, ele não se preocupava com horário já que seu Don sempre estava acordado.
_ É bom você ter chegado, vai viajar com Oksana para a Itália. - diz ele com um sorriso de canto.
_ Chefe, porque está me castigando deste jeito! - diz se deixando cair no sofá.