Seytan tinha as mãos pingando sangue enquanto observava os corpos espalhados pelo chão, a sua raiva não tinha passado, mas aquilo teria que bastar. Ele se encaminha para a saída como se nada tivesse acontecido naquele lugar.
Há poucos segundos ele tinha recebido uma mensagem do seu inimigo e infelizmente ele não poderia recusar.
Os pontos de encontros deles nunca eram os mesmos a pessoa que o perseguia era astuta, e sabia que se vacilasse acordaria com as mãos de Seytan no seu pescoço. Entrando no seu carro ele retorna para Babilónia, afinal, para seu inimigo Seytan não existia e ele desejava que continuasse daquela forma.
Depois de ter tomado o seu banho e trocado de roupas ele segue para o ponto de encontro entre eles, não era naquela região e ele precisaria pegar um dos helicópteros da sua empresa, já estava tarde e ele já imaginava o motivo daquele telefonema, Nathan devia ter cumprido com o seu trabalho.
Ele precisava de mais alguns dias, se ele conseguisse as informações que precisava tudo estaria acabado em breve e ele finalmente seria livre. Algumas horas depois ele pousa num heliporto da cobertura de um prédio residencial, ele tinha um apartamento ali já que sempre precisava viajar e não gostava de ficar em hotéis.
Aurélio pega o seu carro que estava na garagem e parte para o parque da cidade, a suas mãos apertando com força o volante do carro a medida que ele se aproximava do parque. Quando ele para vê o grande número de seguranças que tinha no local, ele bufa, se realmente quisesse matar a pessoa que estaria ali não iria precisar de uma arma.
_ Está atrasado. - diz um dos seguranças depois que ele desce do carro.
_ Isso é por que estava comendo a sua mãe, aquela c****a. - diz ele com um sorriso de canto.
Os olhos do homem escurecem-se e ele parte para cima de Aurélio que desvia e bate a cabeça dele no carro o desmaiando. Os outros apenas observam, não era a primeira vez que aquilo acontecia e sabiam que o melhor a se fazer era ignorar o que tinha acontecido.
_ Parado enquanto te revistamos. - diz outro segurança o revistando e retirando as armas que ele usava.
_ Sabem que se eu quiser matá-lo não preciso de uma arma. - diz ele com olhos sombrios.
_ E você sabe o que vai acontecer no momento que ele parar de respirar Don. - responde o segurança terminando a revista.
Sim, ele sabia, e era justamente por causa daquilo que ele ainda não tinha matado todos que estavam ali. O segurança o escolta até onde uma pessoa estava sentada num banco da pequena praça.
_ Senhor, seu convidado. - diz o segurança se retirando e mantendo uma certa distância para que eles pudessem conversar.
_ Quando vai parar de se comportar como um i****a! - diz o homem com raiva.
_ E quando você vai parar de ser um velho escroto do c*****o? - pergunta Aurélio pegando o seu maço de cigarro e ascendendo um, ele precisava ocupar a suas mãos para não esganar o velho a sua frente.
_ Parece que se esquece que tenho algo que você deseja muito. - diz o homem com um traço de sorriso na voz.
_ E você se esquece que o dia que eu resolver te matar nem mesmo isso vai ficar no meu caminho, - diz ele dando uma longa tragada no seu cigarro. - Até quando vai usar isso como escudo? Ninguém vai me parar quando eu resolver revidar seu imundo!
_ Você se esquece que tem mais pessoas que posso usar a meu favor, meu neto. - diz ele com um sorriso no rosto.
O corpo de Aurélio tenciona, ele odiava quando o homem a sua frente o chamava daquela forma, ele jamais teria qualquer sentimento por ele além do ódio que o consumia todas as vezes que via aquela pessoa.
Aurélio quando ainda era adolescente havia descoberto que o seu pai tinha tido um filho fora do casamento, o garoto vivia com a mãe numa pequena comunidade do interior. O seu pai tinha sido um canalha, mas havia garantido que a sua amante e filho tivessem condições de sobreviver sem ele, e era mais seguro os manter longe dos vários inimigos da máfia.
Foi com surpresa que Aurélio havia descoberto que tinha um irmão logo após a morte do seu pai, mas não era apenas aquilo, o seu avô materno acusava o seu pai pela morte da sua mãe, algo que não era verdade, e buscando vingança tinha matado a família do seu irmão e sequestrado o garoto, Aurélio o tinha visto apenas duas vezes na sua vida, mas o amor que tinha pelo garoto era intenso.
Durante os vários anos em que ele havia descoberto aquilo, tinha ajudado o avô a livrar-se dos seus inimigos em troca da segurança do seu irmão menor. A culpa corroía Aurélio quando lembrava das coisas que tinha feito para manter o seu irmão seguro, coisas que os seus amigos jamais imaginariam que ele faria, os seus segredos eram bem guardados e ele queria que continuasse daquela forma.
Ao olhar para o homem sentado no banco, a única coisa que ele sentia era nojo, ele não teria piedade dele, quando a hora chegasse, e pela forma que o homem o olhava ele sabia que isso não demoraria a acontecer.
_ Não ouse me chamar assim! Você não significa mais para mim do que o que eu deixo na privada todos os dias. - diz ele amassando o cigarro acesso na sua mão. A brasa o queima, mas ele não se importa com a dor, era apenas um motivador para ele continuar no seu caminho.
_ Sempre odiei essa sua boca suja garoto, você me deve obediência, ou a próxima pessoa que vou me encontrar será aquela russa maravilhosa com quem está noivo. - os olhos do velho brilhavam de lascívia ao olhar para Aurélio, o sangue dele ferve e ele parte para cima do velho sendo contido por alguns seguranças.