Assim que eles chegam no bar eles são levados até uma mesa mais privada num canto, as pessoas ali já conheciam as preferências de Don Yuri e sabia que ele não desejava chamar atenção quando visitava aqueles lugares.
Rapidamente algumas garçonetes aproximam-se e anotam os pedidos deles, e não havia passado despercebido a Aurélio o olhar de uma delas sobre ele, mas ele era um homem comprometido e tinha prometido a Oksana que não haveria outra mulher na sua vida, e iria cumprir.
_ Me diz russo, quando vai falar com Sofia. - diz Aurélio depois de duas cervejas.
_ De novo esse assunto Aurélio, troca o disco.- diz ele bebendo mais um pouco da sua.
_ Não posso, estou levantando uma aposta e você faz parte dela. - diz ele rindo.
Aquilo não surpreendia Yuri, Aurélio era famoso pelas apostas, tudo para ele era motivo de apostar e na maioria das vezes ele perdia, mas se divertia bastante no processo.
_ Não mesmo, me n**o a cair em mais uma aposta com você. - diz Yuri lembrando-se da quantidade que havia perdido nas últimas vezes, ao que parecia apenas Síria e Alícia estavam tendo sorte com aquelas brincadeiras.
_ Medo de perder russo? Para de ser pão duro. - diz ele chutando a perna de Yuri por baixo da mesa.
_ Quer parar, não vou entrar nessa. - diz ele irredutível.
_ Seu arregão. - diz ele bicudo.
A garçonete de antes se aproxima novamente da mesa deles com a desculpa de pegar o pedido deles novamente, no caminho ela tropeça e cai no colo de Aurélio, os olhos de Yuri brilham ao ver uma forma de se vingar das brincadeiras de Aurélio, rapidamente ele pega o seu telefone e tira uma foto enviando para sua irmã junto com a localização do bar.
Yuri podia ver a tempestade chegar, Aurélio estaria em maus lençóis quando a sua irmã aparecesse.
_ Sai de cima de mim! - diz ele bravo derrubando a mulher no chão.
_ Me desculpe, foi sem querer. - diz ela manhosa fazendo cena.
_ Sabe o que não vai ser sem querer? - pergunta ele olhando bem para ela, a mulher apenas n**a. Aurélio retira a pistola da cintura e aponta para a cabeça dela. - Quando eu colocar uma bala na sua cabeça se tocar em mim novamente.
Aurélio podia ser mulherengo, ele tinha um passado bem duvidoso por sinal, mas não arruinaria o seu relacionamento com Oksana por causa de uma qualquer, ainda mais agora que eles estavam finalmente se entendendo melhor. Aurélio já tinha bebido o suficiente para estar falando enrolado quando eles ouvem um barulho no bar.
_ Filma isso. - diz Yuri para Dimitri que rapidamente pega o seu telefone, segundos depois a voz de Oksana se ouve no bar.
_ AURÉLIO! - grita ela fazendo ele assustar-se.
_ O que ouve? - pergunta ele com a voz arrastada, mas a próxima coisa que vê é o rosto chateado de Oksana. - Merda!
_ Seu filho da mãe! Ao invés de estar trabalhando você está aprontando Aurélio! - grita ela aproximando-se dele e apertando o seu pescoço.
Aurélio nunca tinha visto Oksana tão fora de si como naquele momento, ele tinha os olhos arregalados ao encará-la sem entender o que estava acontecendo.
_ Eu não fiz nada amor. - diz ele com as mãos erguidas.
_ É mesmo Aurélio? Então o que é isso! - diz ela mostrando a foto da mulher no seu colo.
Aurélio olha para a foto sem entender nada, mas bastou ouvir a risada de Yuri para ele saber o que estava acontecendo, o russo tinha armado para ele.
_ Filho da mãe! - diz ele a Yuri mostrando o dedo do meio.
_ Me diz cadê essa c****a! - grita Oksana puxando a sua arma e dando alguns tiros para cima. Rapidamente o gerente do bar vem ate ela em desespero.
_ Como posso ajudá-la senhorita? - pergunta o homem apreensivo, ele sabia bem como a princesinha da máfia russa podia ser instável em alguns momentos.
_ Eu quero essa v***a! - grita ela mostrando a foto para o homem, no mesmo instante ele entende o que estava acontecendo e corre para trazer a mulher até ela.
_ Eu devia te castrar por essa ousadia. - diz colocando a arma no meio das pernas de Aurélio.
_ Não pode fazer isso amor, como vou te agradar sem p*u? - pergunta ele ainda bêbado falando enrolado.
Oksana segura os cabelos de Aurélio o forçando a olhar para ela, os olhos de Oksana eram duas chamas de ódio que prometia vingança, e aquela visão deixava Aurélio quente, ele gostava daquele lado dela e sabia que naquele momento ela podia sentir o m****o dele ganhando vida nas suas calças.
_ Aqui está ela senhorita. - diz o homem trazendo uma mulher assustada pelo braço. - Peça desculpas a senhorita!
A mulher não entendia o que tinha feito, ela olhava para Aurélio sem entender nada, mas podia ver a raiva queimar na face da bela mulher à sua frente.
_ Eu não sei o que fiz de errado senhorita. - diz ela com lágrimas nos olhos.
_ Você o conhece? - pergunta Oksana apontando para Aurélio.
_ Sim, é Don Aurélio, todos o conhecem. - diz ela confusa.
_ Então sabia que estava sentada no colo do meu noivo. - diz com dentes serrados.
A mulher olhava para Oksana com olhos arregalados o seu rosto mais branco que papel. Rapidamente ela joga-se aos pés dela implorando o seu perdão.
_ Eu juro que não sabia que ele era seu noivo senhorita. - diz com lágrimas descendo por seu rosto.
_ Ninguém toca no que é meu sua v***a. - diz ela dando um tapa na cara da mulher a fazendo cair no chão.
_ Não fiz de propósito, eu me desequilibrei e cai no colo dele sem querer. - responde segurando o lado do rosto que ela tinha batido.
_ Vadias como você só aprendem de um único jeito. - diz Oksana com um sorriso que fazia o corpo da mulher gelar.