Por um momento Oksana pensou que ele diria outra coisa, mas não, lá estava aquele sorriso cara de p*u que ela tanto gostava, não que fosse admitir isso. Aurélio a desconsertava sempre com apenas um olhar.
_ Inacreditável! - diz ela se levantando, mas esbarra no braço dele e ele geme de dor.
Naquele momento a porta da casa se abre e uma Síria furiosa entra o deixando de cabelos em pé.
_ Quem fez isso com você Aurélio? - pergunta ela ao ver o sangue manchando a camisa dele.
_ Olha Síria não é o que ...
_ Fui eu. - diz Oksana examinando com atenção a mulher baixinha e morena que tinha chegado.
_ Quem te deu o direito de bater nele! - diz ela caminhando até Oksana enquanto puxava uma adaga da sua cintura.
_ Olha Sí..
_ Eu faço com ele o que eu quiser, - diz Oksana se voltando para Aurélio e lhe dando um tapa no rosto.
A próxima coisa que Oksana sente é o punho de Síria se chocando com sua barriga, ela sorri ao pensar que seu plano tinha dado certo. Ela desvia do próximo golpe de Síria a empurrando pelo ombro, Oksana sabia que ela estava grávida pela conversa que tinha ouvido, mas não perderia uma oportunidade de lutar contra uma das melhores assassinas que existia.
Os olhos de Aurélio estavam arregalados enquanto via aquela luta se desenrolar a sua frente, ele estava quase infartando ao pensar na gravidez de Síria. As duas continuavam a luta enquanto coisas eram quebradas em sua sala, rapidamente seus soldados entram acompanhados de outras pessoas.
As duas não havia percebido as outras pessoas se aproximando, estavam muito concentradas na luta entre si. Oksana estava tendo dificuldades de acompanhar Síria, e estava adorando aquilo, ela seria um bom desafio para ela.
_ SÍRIA! - grita Klaus indo até ela em pânico. - ele a agarra pela cintura a puxando de cima de Oksana. - Deus Síria! O bebê!
_ Ela estava batendo no Aurélio, ninguém bate no meu irmão. - diz com fúria nos olhos, Oksana ri ao perceber que ela realmente era boa.
_ Foi apenas um teste assassina, e confesso que estou impressionada. - diz Oksana.
_ Do que está falando? - diz Síria ainda presa aos braços protetores de Klaus.
_ Eu sou Oksana, a irmã do Yuri, ele sempre fala muito bem de você, estava curiosa para testar suas habilidades.
_ Me perdoe senhorita, mas você pode ser irmã de quem for, se algo acontecer com meu filho vai pagar por isso. - diz Klaus com os dentes cerrados.
_ Não se preocupe, eu já sabia que ela estava grávida, te garanto que ela está bem. - responde Oksana de forma tranquila.
_ Mais um motivo para não ter insistido nisso. - responde ele bravo.
_ Calebe, chame a doutora Simone para examinar Síria. - diz Aurélio ao ver seu soldado na sala.
_ Sim Don. - diz ele partindo.
Aurélio se levanta e vai até Síria a tirando dos braços de Klaus, ele lhe dá um abraço apertado enquanto beijava seus cabelos. A saudades que ele tinha dela era enorme, e ter ela tão porto de si era maravilhoso.
_ Estava com saudades, baixinha. - diz ele a soltando.
_ Nem faz tanto tempo assim que nos vimos. - responde ela sorrindo.
_ Para mim é sempre uma eternidade. - responde alisando o rosto dela com a mão.
Oksana não conseguia esconder a pontada de ciúmes que a toma ao ver a forma que ele tratava a mulher a sua frente, ele conseguia ver os olhos de Aurélio brilharem por Síria.
_ Chega, - diz Klaus a puxando novamente para si. - Ela é minha.
_ Sabe que poderia ter tomado ela de você, certo. - diz ele rindo.
_ Perdeu Aurélio, essa baixinha irritada é toda minha. - diz Klaus dando um beijo na bochecha de Síria.
_ Vocês não se cansam dessas brincadeiras, agora meu irmão tem uma noiva. - diz Síria se voltando para Oksana que tinha uma expressão fria no rosto.
_ E ao que parece é tão desmiolada quanto ele. - diz Klaus sério.
_ Já disse que não a machuquei. - diz Oksana bufando.
_ É uma vida senhorita, e quando tiverem os filhos de vocês vai entender meu sentimento. - responde ele sem deixar margem a ela.
_ A doutora Don. - diz Calebe interrompendo o clima tenso na sala.
_ Ao que parece está seguindo firme os passos de seu pai, Simone. - diz Síria indo até ela e lhe dando um abraço.
_ Ele foi o melhor professor senhora, e me orgulho de poder honrá-lo trabalhando para a família. - diz ela com um sorriso sem graça. O pai de Simone era o antigo médico da organização, fazia apenas alguns anos que ele tinha falecido de causas naturais, e Simone havia assumido seu lugar de forma definitiva.
Ela conduz Síria até uma pequena sala, mais aos fundos, era onde ficava a enfermaria. Ela não tinha ali todos os equipamentos que precisava para um exame completo, mas tinha pegado um aparelho quando Calebe havia informado a condição de Síria.
_ Sua pressão está boa, - diz ela removendo o aparelho que media a pressão, em seguida ela põe o aparelho que tinha trazido e pressiona na barriga de Síria, o som de um coração batendo enche a sala. - Ele está bem senhor Klaus, foi apenas um susto, mas se ela sentir algo durante as próximas horas basta me chamar.
Os olhos de Oksana não vacilam, ela observa o alívio que o rosto de Klaus tomava após ouvir o coração do bebê, assim como o amor que refletia em seus olhos enquanto olhava para a esposa deitada na maca. Ela suspira ao pensar que por mais que suas intenções tenham sido boas, poderia realmente ter causado um grande estrago naquela família, em silêncio ela deixa a enfermaria, seu peito pesado com a culpa pelo que tinha acontecido.
Mas algo mais havia impactado Oksana ao ver o amor dos dois, ela também queria aquele tipo de amor em sua vida, alguém que enfrentaria o mundo por ela, que fosse c***l com todos e gentil com ela, no final das contas, Oksana só queria alguém para amar.