Capítulo 21

1036 Words
Aurélio observava enquanto o seu primo preparava os seus soldados para o ataque que aconteceria. Ele tinha um sorriso no rosto vendo a agitação na mansão, o seu primo precisava aprender que nem todos os conflitos eram resolvidos com diplomacia. _ Não vai interferir Don? - pergunta Calebe que se mantinha ao lado de Aurélio observando tudo. _ Não, ele vai ter que lidar com tudo sozinho, não vou ficar correndo para cá sempre que ele tiver um problema. - diz ele de forma tranquila. Quando tudo estava pronto, Aurélio vê o seu primo descer as escadas com uma roupa preta e colete, na sua cintura duas pistolas brilhavam. _ Até mais tarde primo. - diz ele sem parar partindo para a saída. Calebe passa um computador para Aurélio e ele o liga, na tela aparece várias imagens de câmeras de segurança, Aurélio não iria, mas não perderia aquilo por nada. Tudo acontece muito rápido, Emílio havia usado a cabeça e planejado um ataque simultâneo em vários pontos de distribuição dos seus inimigos, eles não conseguiriam conte-lo daquela forma. Um sorriso curva os lábios de Aurélio quando ele percebe que tinha dado tudo certo, ele já imaginava a raiva que o conselho devia estar naquele momento. Quando Emílio retorna encontra Aurélio e Calebe sentados no seu sofá vendo um filme, e pela risada do seu primo devia ser um filme bom. _ Chegou sedo. - diz Aurélio enquanto colocava um pouco de pipoca na boca. _ Aquilo foi moleza. - diz se jogando no sofá. _ Agora me diz, o que vai fazer com o primeiro que questionar a sua autoridade primo? - pergunta Aurélio com um sorriso de canto. _ Vou matá-lo e mandar o corpo para os outros verem o que vai acontecer se me desafiarem de novo. - diz ele com o rosto sombrio. _ Até que enfim, achei por um momento que não tínhamos o mesmo sangue. - diz Aurélio se voltando para o seu filme. _ Você me fez entender hoje primo, que eles sempre vão fazer as coisas parecerem piores do que são. - Emílio havia se surpreendido quando tinha chegado a um dos armazéns. Os soldados eram despreparados e havia pouca segurança, o que provava que o conselho estava apenas brincando com ele, e agora que ele sabia disso iria os fazer pagar por aquela afronta. Naquela noite Aurélio dormiu como nunca, finalmente haveria menos um problema nas suas costas e aquilo o aliviava bastante. No outro dia ele acorda tarde, e foi com surpresa quando ele vê o seu primo sentado à mesa tomando café de forma despreocupada. _ Pelo que vejo também perdeu o horário. - diz Aurélio puxando a cadeira e sentando-se. _ Não perdi a hora, apenas achei que seria divertido ver o conselho esperar por horas do lado de fora da mansão. - diz ele sorrindo. A gargalhada de Aurélio enche a casa, ele olhava para o seu primo surpreso por ele ter pensado naquilo. _ Até que enfim está aprendendo algo comigo primo. - diz ele. _ Obrigada pelo dura de ontem, acho que estava acostumado com você sempre resolvendo as coisas. - diz ele passando a mão pelos cabelos envergonhado. _ É para isso que serve a família. - diz ele enquanto se servia de um pouco de café. _ Acha que Ricardo aceitaria um trabalho? - pergunta ele. _ Isso depende, sabe que ele te odeia, mas dependendo do trabalho e do p*******o acho que ele pensaria no assunto. - diz Aurélio. Ele não seria falso com o seu primo, ele precisava entender que estava colhendo o que tinha plantado e precisava assumir a responsabilidade por aquilo. _ Acho que vou arriscar. - diz ele. _ O que quer dele? - pergunta curioso. _ Quero que ele investigue os novos aliados que o conselho está indicando, não confia neles. - diz olhando serio para Aurélio. _ Isso é bom, não pode fazer negociosos com quem não confia. Após alguns minutos Emílio resolve ir atender o conselho que insistia em vê-lo, Aurélio o acompanhava logo atrás, mas quando Emílio sai para fora ele fica na mansão e observa tudo de uma janela onde eles não poderiam vê-lo. Aurélio não queria que eles pensassem que aquilo tinha sido ideia sua, eles precisavam ver que Emílio não aceitaria mais ordens deles. A conversa não vai longe quando um som de tiro é ouvido, então a voz zangada de Emílio é ouvida no meio dos conselheiros. Aurélio ria ao ver a expressão chocada dos homens a frente de Emílio, eles não esperavam que ele fosse fazer aquilo. _ Ele conseguiu. - diz Calebe parando ao lado do seu chefe. _ Até que enfim, agora vou ter menos uma dor de cabeça para lidar. - diz ele aliviado. _ Então suponho que já vamos embora. - diz ele. Aurélio olha curioso para Calebe. _ Saudades da esposa Calebe? - pergunta rindo. _ Não vou negar, tem sido bom ter ela por perto. - diz dando de ombros. _ Pelo que vejo, daqui a alguns dias você vai ser outro p*u mandado. - diz dando um tapinha no ombro do seu soldado e saindo para arrumar as suas malas, ele também tinha presa para retornar, tinha um certo alguém que receberia a sua visita mais sedo do que esperava. Quando Emílio retorna novamente encontra o seu primo descendo as escadas com a sua mala, ele se surpreende, gostava da presença de Aurélio na sua casa, ainda mais naqueles dias em que a sua mãe havia ido novamente para o território da Fênix visitar Síria. _ Achei que ficaria mais. - diz ele. _ Não posso, tenho algo a fazer que não posso adiar. - responde Aurélio. _ Obrigada pela ajuda. - diz ele com um sorriso no rosto. _ Você não precisava dela, apenas continue o que está fazendo, sabe que estou a uma ligação de distância. - responde ele colocando a mão no seu ombro. Emílio admirava muito o seu primo, a pesar de tudo o que tinha feito Aurélio sempre estava ali para ele. Aquilo era ter a família para ajudar e ele começa a entender o porquê o seu primo gostava tanto da Fênix.
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