Aurélio observava enquanto o seu primo preparava os seus soldados para o ataque que aconteceria. Ele tinha um sorriso no rosto vendo a agitação na mansão, o seu primo precisava aprender que nem todos os conflitos eram resolvidos com diplomacia.
_ Não vai interferir Don? - pergunta Calebe que se mantinha ao lado de Aurélio observando tudo.
_ Não, ele vai ter que lidar com tudo sozinho, não vou ficar correndo para cá sempre que ele tiver um problema. - diz ele de forma tranquila.
Quando tudo estava pronto, Aurélio vê o seu primo descer as escadas com uma roupa preta e colete, na sua cintura duas pistolas brilhavam.
_ Até mais tarde primo. - diz ele sem parar partindo para a saída.
Calebe passa um computador para Aurélio e ele o liga, na tela aparece várias imagens de câmeras de segurança, Aurélio não iria, mas não perderia aquilo por nada.
Tudo acontece muito rápido, Emílio havia usado a cabeça e planejado um ataque simultâneo em vários pontos de distribuição dos seus inimigos, eles não conseguiriam conte-lo daquela forma.
Um sorriso curva os lábios de Aurélio quando ele percebe que tinha dado tudo certo, ele já imaginava a raiva que o conselho devia estar naquele momento. Quando Emílio retorna encontra Aurélio e Calebe sentados no seu sofá vendo um filme, e pela risada do seu primo devia ser um filme bom.
_ Chegou sedo. - diz Aurélio enquanto colocava um pouco de pipoca na boca.
_ Aquilo foi moleza. - diz se jogando no sofá.
_ Agora me diz, o que vai fazer com o primeiro que questionar a sua autoridade primo? - pergunta Aurélio com um sorriso de canto.
_ Vou matá-lo e mandar o corpo para os outros verem o que vai acontecer se me desafiarem de novo. - diz ele com o rosto sombrio.
_ Até que enfim, achei por um momento que não tínhamos o mesmo sangue. - diz Aurélio se voltando para o seu filme.
_ Você me fez entender hoje primo, que eles sempre vão fazer as coisas parecerem piores do que são. - Emílio havia se surpreendido quando tinha chegado a um dos armazéns. Os soldados eram despreparados e havia pouca segurança, o que provava que o conselho estava apenas brincando com ele, e agora que ele sabia disso iria os fazer pagar por aquela afronta.
Naquela noite Aurélio dormiu como nunca, finalmente haveria menos um problema nas suas costas e aquilo o aliviava bastante. No outro dia ele acorda tarde, e foi com surpresa quando ele vê o seu primo sentado à mesa tomando café de forma despreocupada.
_ Pelo que vejo também perdeu o horário. - diz Aurélio puxando a cadeira e sentando-se.
_ Não perdi a hora, apenas achei que seria divertido ver o conselho esperar por horas do lado de fora da mansão. - diz ele sorrindo.
A gargalhada de Aurélio enche a casa, ele olhava para o seu primo surpreso por ele ter pensado naquilo.
_ Até que enfim está aprendendo algo comigo primo. - diz ele.
_ Obrigada pelo dura de ontem, acho que estava acostumado com você sempre resolvendo as coisas. - diz ele passando a mão pelos cabelos envergonhado.
_ É para isso que serve a família. - diz ele enquanto se servia de um pouco de café.
_ Acha que Ricardo aceitaria um trabalho? - pergunta ele.
_ Isso depende, sabe que ele te odeia, mas dependendo do trabalho e do p*******o acho que ele pensaria no assunto. - diz Aurélio. Ele não seria falso com o seu primo, ele precisava entender que estava colhendo o que tinha plantado e precisava assumir a responsabilidade por aquilo.
_ Acho que vou arriscar. - diz ele.
_ O que quer dele? - pergunta curioso.
_ Quero que ele investigue os novos aliados que o conselho está indicando, não confia neles. - diz olhando serio para Aurélio.
_ Isso é bom, não pode fazer negociosos com quem não confia.
Após alguns minutos Emílio resolve ir atender o conselho que insistia em vê-lo, Aurélio o acompanhava logo atrás, mas quando Emílio sai para fora ele fica na mansão e observa tudo de uma janela onde eles não poderiam vê-lo. Aurélio não queria que eles pensassem que aquilo tinha sido ideia sua, eles precisavam ver que Emílio não aceitaria mais ordens deles.
A conversa não vai longe quando um som de tiro é ouvido, então a voz zangada de Emílio é ouvida no meio dos conselheiros. Aurélio ria ao ver a expressão chocada dos homens a frente de Emílio, eles não esperavam que ele fosse fazer aquilo.
_ Ele conseguiu. - diz Calebe parando ao lado do seu chefe.
_ Até que enfim, agora vou ter menos uma dor de cabeça para lidar. - diz ele aliviado.
_ Então suponho que já vamos embora. - diz ele. Aurélio olha curioso para Calebe.
_ Saudades da esposa Calebe? - pergunta rindo.
_ Não vou negar, tem sido bom ter ela por perto. - diz dando de ombros.
_ Pelo que vejo, daqui a alguns dias você vai ser outro p*u mandado. - diz dando um tapinha no ombro do seu soldado e saindo para arrumar as suas malas, ele também tinha presa para retornar, tinha um certo alguém que receberia a sua visita mais sedo do que esperava.
Quando Emílio retorna novamente encontra o seu primo descendo as escadas com a sua mala, ele se surpreende, gostava da presença de Aurélio na sua casa, ainda mais naqueles dias em que a sua mãe havia ido novamente para o território da Fênix visitar Síria.
_ Achei que ficaria mais. - diz ele.
_ Não posso, tenho algo a fazer que não posso adiar. - responde Aurélio.
_ Obrigada pela ajuda. - diz ele com um sorriso no rosto.
_ Você não precisava dela, apenas continue o que está fazendo, sabe que estou a uma ligação de distância. - responde ele colocando a mão no seu ombro.
Emílio admirava muito o seu primo, a pesar de tudo o que tinha feito Aurélio sempre estava ali para ele. Aquilo era ter a família para ajudar e ele começa a entender o porquê o seu primo gostava tanto da Fênix.