MAXIMILLIAN
Queria ir para empresa com ela, estar do lado dela tem-me feito muito bem, mas precisava ir com os meus avós até o aeroporto.
Antes que ela saísse para a empresa, vovó conversou com ela, elas não sabem, mas ouvi a conversa.
-Alana, minha neta do coração, cuide de Max, ele precisa de você mais do que você possa imaginar.
— Vovó, estarei do lado dele, sempre que ele precisar, pode ficar tranquila, cuidarei dele.
As duas abraçaram-se, pareciam realmente avó e neta.
Foi certo escutar a conversa, não. Vai ser certo usar essa conversa para ter Alana ainda mais perto de mim, não.
Sou humano, egoísta, sei que o certo séria deixar ela livre, não presa a mim.
Estou voltando para a empresa, com motorista, por isso resolvo mexer no celular.
Foi olhar as imagens de segurança, que coloquei no meu andar, e lá estava ela.
Fiquei como um bobo olhando ela trabalhar, rindo da forma que ela vai digitando e cantando, e cantando bem, mas devo admitir que essa mania que ela tem de colocar a caneta na boca, dá-me calafrios, o que está acontecendo comigo, virei um adolescente vendo s*** em tudo.
Escuto o som do elevador chegando, quem será que veio a nosso andar, Katheriny?
O que essa mimada quer ali, como estava com fones ninguém podia ouvir, mas escutei toda a discussão.
Saí do carro, o mais rápido que pude, mas quando cheguei no elevador meu avô e Bruno aguardavam-me, disfarcei, para que não visse as imagens, porém continuei ouvindo.
Eles disseram que precisavam conversar comigo, subimos para o andar da presidencial, estava com os nervosos a flor da pele, o que ouvia de Katheriny, estava-me deixando irritado.
— Maximillian, você precisará mandar a sua secretária embora, aquela mulher não é adequada para nossa empresa, neto ela assediou o seu primo Bruno.
Quase gargalhei com o que o meu avô me disse, a Alana?
Me fiz de atento ao que diziam, enquanto o elevador subia, mandei do meu celular da empresa, um alerta para a segurança, indicando para chamarem a polícia.
— A sua secretária foi ousada, chegou a ir no meu apartamento sábado a tarde, oferecendo favores s****, em troca de uma posição melhor na empresa, claro que a coloquei na rua, sou fiel a minha noiva.
Isso é um “show” de humor, não tem outra explicação.
O elevador chegou no andar, saímos o teatro que se seguiu foi triste.
Katheriny estava com o braço e rosto sangrando, o vestido rasgado, cabelos desfeitos. Claro que era tudo armado, qualquer um poderia ver, mas se ela tocou num fio de cabelo da minha Alana, vai se ver comigo.
Alana parecia congelada, olhava para mim pedindo socorro, queria apenas mandar todos embora coloca-la no meu colo para consola-la.
Naquele momento, usei toda muita força de vontade, para continuar frio.
Olhando no rosto de Alana, comecei a falar:
-Você sabe que qualquer agressão física, verbal ou psicológica, é um crime, e como tal, precisa ser tomadas as devidas, providencias, para que o agressor não se sinta no direito de repetir os atos. Eu não admito nem um tipo de agressão na empresa em que sou o CEO, por isso providencias serão tomadas, calunia, agressão verbal, preconceito, aqui tem tolerância zero.
Os olhos de Alana brilhava com as lágrimas que queriam cair, ela é muito forte, se fosse outra teria chorado com as palavras da víbora da minha ex, que nesse momento estava com um sorrisinho na boca achando que venceu.
Chegaram então o meu segurança particular e Regina, que agora faz a segurança de Alana, acompanhados pelo delegado Moisés e dois policiais.
O meu aô não gosta de Moisés, pois ele insiste em dizer que o meu acidente não foi um acidente, mas uma tentativa de homicídio.
— Delegado Moisés, quero fazer uma denúncia, calúnia, difamação, e agressão verbal, contra a senhorita Katheriny.
Todos olharam espantados para mim.
— Você ficou louco Maximillian, a noiva de Bruno foi agredida aqui, não...
— Veja bem como vai se referir a Alana vovó, não vai querer que ela o processe também.
— Isso é um absurdo, essa mulher foi na casa do meu noivo, assediou ele, eu fiquei chateada, vim com educação conversar com ela, que me agrediu fisicamente. Maximillian você precisa acreditar em mim.
— Max, eu não fui à casa do senhor Bruno, é porque iria até lá? -Alana falou olhando para mim.
— O que está acontecendo aqui, Maximillian, com que intimida@de essa mulher te chama de 'Max'? Porque você vai acreditar nela e não no seu primo, ou em Katheriny, que está visível estar machucada.
— Deixa eum pensar, acreditar, na mulher que vem me ajudando todos os dias, se mostrou confiante, evitou vários imprevistos, causados, por sei lá quem, garantiu um dos contratos mais vantajosos que já tivemos. Ou confiar no primo que já estava na cama da minha ex em menos d vinte e quatro horas, após ela terminar comigo, deforma a humilhar-me como homem e pessoa, em quem devo confiar.
— Essa mulher está querendo fazer discórdia entre você e o seu primo, ela esteve na casa dele, querendo ir para a cama dele, ela se faz de santa na sua frente, mas quis seduzi-lo.
— Quando foi isso mesmo? — Pergunto já sabendo a resposta.
— Foi na folga dela, no sábado a tarde, quase a noite, ela avisou na portaria que se tratava de assuntos de trabalho, por isso deixei entrar, ela já veio se jogando em mim, tirando as roupas, você não sabe que tipo de mulher tem ao seu lado primo.
-Sei, sim, uma mulher inteligente, que fala cinco idiomas, formada em duas faculdades, tímida, sim, mas quando precisa falar de negócios ninguém a segura, você precisava ver vovô como ela lidou com a situação dos italianos, que querem ela a frente de tudo, até a filha de um deles, amiga de Katheriny, ligou-me convindo para seu aniversário, e estendeu o convite para Alana.
— Você não vê que ela está manipulando você, meu neto. O seu primo pode pegar as imagens do prédio dele, para provar.
— Isso, primo boa ideia, consiga as imagens de Alana entrando no seu prédio, no horário indicado, ou sofra com uma acusação de calúnia e difamação.
— Senhor Bruno, e bom provar o que diz, ou será levado a prisão agora. — O delegado falou firme.
— Não preciso provar nada! Essa mulher agrediu a minha mulher e vocês não fazem nada.
— Bem sobre isso, a sua mulher será presa, por calúnia, difamação, falso depoimento, invasão de propriedade privada, agressões verbais, ela não tem como fazer nem uma defesa, já temos vídeos da sala, que mostram tudo, inclusive ela se automutilando.
-O que? Imagens, mas não tem cameras aqui, tem?
— Tem, sim, Katheriny! Eu estava vendo tudo, e já enviei as imagens para o delegado, sabe vovô o que mais eu tenho vídeo, disso.
Peguei o meu celular e mostrei o vídeo do nosso salto.
No vídeo eu gritava com ela: "Hoje sábado xx/xx às dezessete horas, depois de apenas três horas de curso, dona Alana dá o seu primeiro salto de paraquedas, o que está achando?" "EU ESTOU AMANDOOOOO! ISSO TUDO DE BOM, UHUHUHUHU!"
— Eu gritei tão alto assim? -Alana perguntou envergonhada.
Vovô me entregou o celular, com um rosto fechado.
— Ela pode muito bem, ter deixado você e voltado para se encontrar com Bruno, você mesmo disse, ela é inteligente.
— Concordo com o senhor, mas não, ela não foi ver Bruno, pois passamos a noite no mesmo quarto, e ela dormiu primeiro, e não venha dizer que ele se confundiu e foi no domingo, porque eu e Alana ficamos separados apenas agora de manhã. Até parece que o senhor não quer que encontre alguém que realmente queira o meu bem?