O café da manha foi tranquilo, fora o custo de comer fora. E aquele restaurante não era dos mais caros, mas também não era dos mais caros.
Os dois riram, conversaram, e evitaram tocar em temas mais pesados, enquanto tomavam um dos mais maravilhosos cafés que Erik ja bebeu em anos.
Dividiram waffles, bacon, salsinhas, ovos, e batatas. Um belo café da manha.
O pé de Cass acariciava as pernas de Erik distraidamente, aquilo enlouqueceu ele e ele só conseguia pensar no esmalte azul dela.Uma coisa tão insignificante, porem tão eficaz. Ela era mais que a soma das primeiras impressões e gentilezas trocadas. Paixão, humor e lealdade.. Cass tinha isso tudo e muito mais.
No entanto, o lado pessimista de Erik se perguntava o que ela achava dele, ou pelo menos da minuscula parte que ele estava escolhendo mostrar a ela.
A ideia de se contar mais sobre si, o deixou embasbacado, e ele acabou derrubando o café.
-Drog.a me desculpa...
Cass se afastou da mesa, ao mesmo tempo que pegou um monte de guardanapos e começou a limpar a mesa
--esta tudo bem, sem maiores danos..
Erik fez sinal chamando o garçom
Um sujeito tranquilo, pegou um pano e juntou os guardanapos sujos de café e limpou a mesa
--acontece o tempo todo cara..
O celular de Erik vibrou novamente, ele o pegou e visualizou a tela, percebendo que era seu irmão Blake.
--Eu preciso atender, me da um minuto..
Ele levantou e saiu da mesa, indo em direção a saida do restaurante
Seu irmão Blake ja tinha mandado tres mensagens..
O primeiro falava ' preciso falar com voce '
O segundo dizia "Quanto antes melhor"
O terceiro "é sério mano"..
Erik saiu das mensagens e fez uma ligação pra seu irmão, tocou varias vezes ate cair na caixa postal.
--O que é tão urgente pra voce me encher de mensagens e não me atender quando te ligo? Me liga de volta...
Ele desligou o telefone deixando a mensagem pra Blake escutar.
A mão macia de alguem deslizou ao redor de sua cintura o provocando sobre a barra da camisa, passando as unhs fazendo força suficiente para marcar sem arranhar a aquela regiao de pele
A tensão se.xual se transformou seu desejo em uma chama que foi passando da base da coluna até o topo do cranio.
--se voce não é minha acompanhante, voce provavelmente devia cair fora.. ela é incrivelmente territorialista, tem dentes muito afiados e um polegar extra em cada uma das mãos.. Ah, e tem uma perna de p.au, que perdeu em um acidente quando era pirata.. Eu to avisando, ela é cruel..
Uma risada leve vibrou nas costas dele
--Se ela não tiver um t**a olho e um papagaio, eu posso dar conta..
Erik se virou para o abraço de Cass, e se afastou o suficiente pra conseguir olhar pra ela.
--não sei, voce é muito deli.cio.sa mas não tão assustadora assim, eu aposto dela..
--eu sou mais assustadora do que pareço..Alem disso ela me parece o tipo de pessoa que devia ser mantida em uma coleira.. Abondone ela e venha pra casa comigo, eu ja paguei a conta..
Os musculos do braço de Erik se contrairam.
--Voce não precisava fazer isso..
--Eu só fiz isso porque assim eu poderia ir embora mais rapido com voce..
Ela acariciou o braço dele, fazendo os musculos descontrair..
--Dalton?
Erik se obrigou a relaxar, o fato dela ter pagado a conta de nove dolares em cafe da manha no nome dele não era nada, ele não podia se dar ao luxo de gastar essa grana agora..
Pra disfarçar o desconforto ele a puxou pra chuva com ele.
Ela começou a rir, saltitante nas poças de agua
Os dois chegaram juntos no carro.
Erik a pegou, colocando a na calçada, a tirando do fluxo forte de agua que passava entra a estrada e o meio fio..
--voce não pode molhar esses lindos pezinhos sens.uais.
--pezinhos sen.su.ais?
Ele a segurou pela cintura, e colocou o queixo no ombro dela
--o esmalte azul é se.xy pra cara.l.h.o
Cass deu um suspiro forte e olhou pra Erik de lado
--O que foi?
--Voce olhou meus dedos dos pés..
Erik sentiu um pouco de vergonha, e olhou pra um ponto aleatorio atraves dos ombros de Cass.
--Não é nada de mais Cass..
--Vamos voltar pro meu apartmento..
Cass estava com um tom de voz rouco fazendo Erik olhar pra ela derepente..
--Eu preciso passar no meu apartmento pegar umas roupas secas..
--voce não vai precisar delas.. acredite em mim..
Cass lambeu os labios enquanto olhava pra ela.
Erik pegou as chaves do carro dela, e abriu a porta do carona pra ela, correndo pro lado do motorista e entrando no carro
-- um pouco machista da sua parte, supor que o homem é mais capaz no volante não é?
Cass pegou uns guarda napo no porta luvas do carro e entregou pra Erik secar o rosto.
--Não..
--Então porque isso?
--Questão de segurança..
--Segurança?
--sim.. se eu não mantiver minhas mãos no volante, elas vão ficar em cima de você.. A probabilidade de um acidente aumenta exponencialmente porque voce estaria distraida, ao me deixar conduzir, na verdade voce esta realizando seu dever civico ao me obrigar a me concentrar na estrada..
A risada delicada e feminina atiçou todas as celulas do corpo de Erik.
--Deus sabe que eu não gostaria de ser responsavel por um engavetamento..
--A cidade de Seatlle e seus moradores agradecem..
Ela balançou a cabeça concordando distraidamente..
--Para casa Jarbas..
Erik ligou o carro andando pelo transito de Seatlle, a caminho do apartamento de Cass.
A viagem de volta foi tranquila, um silencio confortavel. Era incrivel como eles conseguiam manter um silencio confortavel entre eles.
A mente de Erik estava dominada pela mulher ao seu lado que estava fazendo ele esquecer de todo o resto quase.
Quando ele estava com Cass era facil fingir que ele tinha encontrado o tipo de sucesso com o qual havia sonhado durante tanto tempo.
Era facil se imaginar tendo uma vida na qual ele poderia desejar uma mulher como ela.