CAPITULO 22

1105 Words
Os pelinhos do corpo arrepiou assim que ela desacelerou o passo até parar e encarou não só a moça da portaria mas também o cara que era o braço direito de seu pai. Ele estava de pé, alto, imponente e segurava um enorme buque de rosas embrulhadas em um papel bonito --Marcus.. --Seu pai pediu pra voce chegar ao jantar as 19:30 ao inves de 20hrs, ele teve um imprevisto.. Cass deu um suspiro --E voce precisava entregar o recado pessoalmente? um simples telefonema teria sido suficiente. --Eu queria ver voce Cassidy.. Ele se aproximou de Cass, abrindo os botão de seu terno elegante. --isso é pra voce linda.. ele entregou o buquê de flores com uma segurança serena, muito embora os olhos escurtos estivessem cheios de pesar. As sombrancelhas dele perfeitamente esculpidas se contrairam no rosto admiravelmente bonito, transmitindo a dose ideal de preocupação e arrependimento. Tudo em Marcus parecia planejado, e isso a irritava.. Nem uma unica cicatriz, nem uma unica mancha, nem um unico defeito. Ele não era de verdade, e durante o relacionamento de curta duração deles, Cass aprendeu a valorizar a autenticidade. --eu senti saudade de você.. --Agradeço por ter vindo trazer o recado, mas voce poderia ter me ligado. Pode ter certeza de que eu vou chegar no horario para o jantar --e quanto ao meu comentario de que senti saudade? Ele pressionou o assunto, o tom neutro e tão parecido com seu pai que Cass lutou contra o arrepio que percorreu o corpo. --Obrigada pela sensibilidade.. Cass revezava o peso do corpo entre os pes. Ansiosa pra concluir a conversa --Tenho certeza de que verei voce esta noite. --Sem duvidas. Ele se aproximou ainda mais de Cass, invadindo o espaço pessoal dela, quando estendeu a mão para lhe acariciar a bochecha com as pontas do dedo --fico feliz por voce ter aceitado meu convite.. Cass se afastou --Ah não. não, não não.. Foi um convite do meu pai, não seu. --Eu faço parte da pauta essa noite.. Sete e meia Cassidy.. Marcus deu meia volta saindo do predio sem olhar pra tras. Cass virou e caminhou para os elevadores, esquecendo completamente que corria contra Dalton(Erik). Erik estava dentro do apartamento de Cass, esperando por ela. O constrangimento lhe queimava a nuca. Ele nunca deixou ninguém lutar suas batalhas, e não pretendia começar agora.. Ele lidaria com a demissão da boate caso fosse preciso.. Abrindo a porta em um rompante, ele flagrou Cass em pé no corredor com a mão erguida pronta pra bater --onde voce estava? Perguntou ele, olhando nos olhos arregalados, a pele palida, e uma bela quantia em dolares convertidas em rosas aninhadas nos braços dela.. --Fazendo compras? --Não.. Cass respondeu com uma risada amarga.. --Lutando contra um pretendente um tanto grudento. Se sente melhor ? Erik teve um gosto amargo de ciumes. --Ironicamente não. Cass o olhou, olhos tão sombrios que Erik se deu conta de que não tinha sequer arrahado a superficie da verdadeira personalidade daquela mulher a sua frente. Ele a tomou nos braços e a doce pressão do enlace esmagou as petalas das rosas --O que aconteceu gata? Durante muito tempo, Cass não disse nada. Até que finalmente ela começou a falar em voz baixa --É só um cara que trabalha para meu pai. Acho que ele pensa que faço parte do pacote de beneficios da empresa. A piada saiu carregada de verdade de mais para ser engraçada. Erik aperto o abraço. Ele estava furioso por não ter estado lá, com muita raiva por Cass ter precisado se defender sozinha. --Esta um pouco dificil de respirar aqui embaixo Dalton (Erik). Ele se obrigou a encara-la quando relaxou o abraço --obrigada.. Cass passou o dedo pelo V profundo no meio das sobrancelas de Erik --O que é isso? --Eu deveria ter estado lá com voce Cass..Você não deveria ter que lidar com esse tipo de coisa sozinha. As palavras sairam um pouco engasgada.. --Não era sua responsabilidade --O caramba que não.. --O que te faz pensar que preciso de voce pra cuidar dos meus problemas ? Cass questionou se afastando dele --Voce não é meu namorado O cheiro de rosas se intensificou quando ela se virou antes de solta-las --Isso pode ser verdade, mas eu teria gostado --Voce estava se saindo tão bem.. não banque o homem das cavernas comigo agora.. --Homem das cavernas? --Você sabe.. me arrastando pelo cabelo por ai, tomando decisões pelo meu bem estar e essa porcaria toda. Vivi sozinha durante anos, dei conta de todos os baba.cas de todos os tamanhos, formas e cores.. Eu ja resolvi... ele pode ser um partido perfeito de acordo com os padroes da minha familia, mas eu não estou interessada Lutando pra manter o tom calmo, Erik encontrou o olhar dela. --Um partido perfeito, o que significa que ele tem dinheiro, prestigio e posição social, presumo.. --Praticamente isso.. Ela se virou e pegou o corredor que dava na cozinha --Vou colocar essas flores na agua. --Voce vai ficar com elas? --Sim, não é culpa delas terem sido entregues por um idi.o.ta. Um sentimento estranho queimou dentro de Erik. Ele não estava com ciumes de um desconhecido. Porque deveria estar? ele havia acabado de conhecer Cass e eles tinham se divertido muito. As coisas estavam otimas... e casuais.. Até o sujeito misterioso aparecer.. Observando o rebo.lar dela enquanto Cass caminhava pelo corredor em um andar digno da Semana da Moda, ele flexionou os dedos, queria colocar as mãos nela, queria beija-la, queria... queria ela.. Ele a seguiu em silencio. ela colocou as flores na pia e abriu o armario da cozinha. em vez de pegar um vaso, ela pegou um copo e uma garrafa de tequila. Se serviu de uma dose com mãos tremulas, derrubando o liquido pelo balcão. Erik se aproximou e fechou a mão sobre a dela. --esta um pouco cedo pra uma bebida não acha? --eu nunca faço isso.. Cass o encarou com olhos arregalados --nunca Dalton (Erik). --Não comece agora. A garrafa de tequila foi colada no balcao de granito. --voce esta certo.. eu só.. eu tenho que,, Cass engoliu em seco, e passou a mão na testa limpando um suor --eu nem sei.. Ele me assutou Dalton (Erik). Cass estava com uma risada nervosa enquanto falava --Ele machucou você? Erik estava lutando contra o desejo de conseguir o nome do cara e ma.ta-lo lentamente, mas não era isso que Cass precisava.. --Não.. Só me deixou nervosa.. Erik a puxou pra seus braços com delicadeza. Ficaram ali, pei.to com pei.to, o coração dela batendo em um ritmo selvagem ao mesmo tempo que o dele martelava contra a caixa toracica.
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