Quando Alexa acordou, já era mais de uma hora da tarde, ela forçou um pouco os olhos o sentindo arder, ao virar-se para o lado, esbarrou em alguém, ao olhar para ver quem era, viu Luy sentado a seu lado na na cama, escorado na cabeceira.
— como está? — ele perguntou.
— bem...— disse ela, ainda tendo as imagens do ocorrido voltando a mente, mas estava tudo tão confuso.
— a mim não engana, foram aqueles pesadelos de novo, não é? — ela apenas balançou a cabeça afirmando.
— Mark estava aqui? — ela perguntou ao ter uma vaga lembrança de ele a abraçando.
— sim, inclusive foi ele que abriu a porta, disse que você estava desnorteada e chorando.
— não sei o que deu em mim, não costumo baixar a guarda, mas não consegui controlar. — disse ela cobrindo o rosto com as mãos para evitar que as lagrimas lhe tomassem mais uma vez. — eu não quero demonstrar fraqueza, não quero mais chorar.
— ei, chorar não é demonstrar fraqueza, eu sei e você sabe o quão é forte e temida, mas assim como qualquer pessoal carrega seus medos, seus traumas, agora tudo que você precisa é paz e um pouco de carinho. — Alexa deitou sob o colo de Luy, e abraçou a cintura dele.
— ele me abraçou. — ela disse o fazendo rir.
— que fogo é esse, vai dormir.
— eu vou ficar com ele, você vai ver.
Era fim de tarde, Alexa estava novamente a dormir, naquele dia, Mark não havia conseguido se concentrar no trabalho, a todo instante se lembrava a situação a qual havia visto Alexa, caminhando em direção a seu apartamento, ele parou em frente a porta do apartamento dela, tocou a campainha, logo viu a porta se abrir, era Luy.
— boa tarde, passei pra saber como Alexa está?
— boa tarde, ela está melhor, se tranquilizou, está dormindo.
— fico feliz que ela esteja melhor.
— obrigado por ter cuidado dela.
— por nada, faria de novo se preciso, diga a ela que lhe desejei melhoras.
— claro, direi sim.
Horas mais tarde, já a noite, Alexa acordou, então levantou da cama e foi em busca de Luy, o encontrou na cozinha preparando algo pra que pudessem comer.
— adoro quando cozinha pra mim.
— você adora quando qualquer um cozinhe pra você, até porque você não sabe nem ferver água.
— meus dons são outros.
— não quero nem imaginar quais. — ele disse a fazendo rir. — como está agora?
— muito melhor, me sinto até mais leve.
— seu vizinho passou aqui mais cedo, perguntou por você e lhe desejou melhoras.
— isso claramente significa que ele gosta de mim, que me quer.
— pra mim só quer dizer que ele é uma boa pessoa e que apenas estava preocupado, ele tem namorada não é?
— sim.
— então não fode com a vida do cara.
— não quero f***r com a vida dele, quero f***r com ele. — disse ela, então sentiu um pano de prato ser atirado contra seu rosto, o que a fez rir.
— é...você já esta muito bem.
Naquela noite, Luy dormiu no apartamento de Alexa, ainda não se sentia confiante em deixa-la sozinha, mas pela manhã, logo cedo foi embora, ela, levantou, fez sua higiene matinal, se vestiu e saiu de apartamento, mas não foi muito longe, apenas até o apartamento de seu adorável vizinho e tocou a campainha, depois de uns poucos minutos a porta se abriu, a visão que teve lhe fez morder o lábio inferior, ele estava molhado, com o corpo coberto apenas por uma toalha.
— é...acho que hoje você esta bem. — ele disse um pouco sem graça enquanto ela o olhava daquela forma tão descarada.
— sim e vim agradecer por ter me amparado ontem, eu realmente não estava bem, e obrigada por ter me recebido desse jeito, melhorou meu dia em mil por cento. — ele riu da ultima parte e logo em seguida disse.
— não é querendo me meter demais em sua vida, mas o que houve? fiquei preocupado em lhe ver daquela forma.
— digamos que o passado me atormentou por toda a madruga e me deu uns belos tapas na cara, mas não precisa mais se preocupar, estou bem, muito bem. — disse ela direcionando seu olhar a uma parte bem inapropriada.
— estou vendo.
— por esses dias vou preparar um jantar especial e você vai jantar comigo e antes que você diga algo, meu irmão vai estar com a gente, é pra agradecer o que fez por mim.
— tudo bem, eu vou sim.
— abraço? — ele riu e disse.
— não, não estou adequadamente vestido.
— eu não ligo.
— eu ligo.
— tudo bem careta, eu vou indo, deve estar se preparando para ir trabalhar.
— estou sim, bem, até breve.
— até gatinho. — Alexa seguiu de volta a seu apartamento, após fechar a porta, seguiu para o sofá e se atirou no mesmo. — meu Deus, que delícia de homem, ele vai ser meu, de um jeito ou de outro vai ser.