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Lilly e Harry

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Oi, meu nome é Lilly! Sim, eu também amo "Procurando o Nemo" e as vezes acho que sou esquisita igual a Dolly.

Acreditem, essa minha esquisitice ficou bem pior depois que o meu maior sonho se realizou:

FUI APROVADA NO REALITY BOLSHOI!

Isso não é demais?

Para quem não faz a mínima ideia do que isso significa, pense só que é o maior concurso de Ballet do mundo. Onde euzinha e mais outros 19 participantes disputaremos o prêmio Bolshoi, que além de dar uma boa grana e visibilidade, nos dará a chance de nos tornarmos professores da Academia um dia.

Mas como todo mundo sabe, a vida sempre traz algo pra te dar dor de cabeça quando tudo está bom demais pra ser verdade.

No meu caso a minha dor de cabeça tinha nome e sobrenome:

Harry Mctavish.

O cara chato, ignorante, orgulhoso, metido e todo "perfeitinho" que inclusive deve estar me procurando agora por que estou atrasada de novo para o programa.

*Revirar de olhos*

Bom, se quiserem saber como eu ainda não executei o meu plano de assassinato contra a vida desse homem, leiam a nossa história.

Vejo vocês depois!

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Capítulo 1 [Bolshoi Academy Ballet]
*Lilly* EU NÃO CONSIGO RESPIRAR! NÃO CONSIGO RESPIRAR! Puxei o ar, mas meu peito parecia que estava preso. Céus! Eu ia desmaiar. Tinha certeza de que ia desmaiar. "Não, eu não vou! Pulmões, vocês precisam trabalhar agora. Não podemos perder essa oportunidade" mentalizei. Segurei firme na alça da minha bolsa e tentei me forçar a apenas concentrar em respirar. "Prenda o ar, solte o ar, prenda o ar, solte o ar" dizia a mim mesma. Eu estava fazendo um show e tanto para os pedestres da rua e também para os carros que estavam me esperando atravessar. Justo no meio da avenida principal eu fui inventar de paralisar. A neve e o ar rarefeito pareciam piorar a minha falta de ar. Eu ia morrer congelada se não me mexesse e iria acabar congelando os carros que estavam me esperando atravessar, mas eu simplesmente não conseguia me mover. Meu maxilar tremia de medo e frio. Me obriguei a reunir minhas forças e olhar para o meu objetivo novamente, o mesmo que havia me causado aquele m*l estar. Quem sabe assim eu conseguia sair daquele estado de choque. Foi em vão. Assim que meus olhos pousaram na grande estrutura imperial, cheia de arcos e colunas e uma grande escadaria na frente, eu soube. Eu ia desmaiar. Aquilo era de mais pra mim, eu devia ter recusado. Não deveria ter vindo, não deveria ter sido selecionada, não deveria estar ali. Cai de joelhos no meio da rua e tudo o que meus olhos captaram por último, antes da minha cabeça encontrar o concreto gelado, foram os pés de alguém correndo em minha direção. E foi a partir daí, neste exato momento, que minha vida se tornou a coisa mais peculiar da face da terra. ................................................................. *Harry* "Ser bom no Ballet, Harry, é ser metódico e pontual. É ser regrado e utilizar a métrica perfeita. É sincronia, ângulo e prática." Chegava a ser estranho não ouvir a frase que eu ouvi a vida inteira, todo santo dia as exatas 7 horas e 35 min da manhã no salão do Professor James. Ainda conseguia sentir aquela vareta métrica sob a minha coxa, corrigindo meu movimento da forma mais dolorosa possível. Uma varetinha mais fina que um fio de nylon era como um instrumento de tortura na mão do professor. E aqui estava eu, pela primeira vez depois de anos, com uma manhã de folga. Quero dizer, "folga" na minha concepção. Onde eu tinha que fazer o teste mais importante da minha vida e depois poderia descansar, talvez dormir o dia inteiro ou algo nesse sentido. Eu deveria entrar na bolshoi ballet academy e sair de lá com a carta de aprovação na mão. "Por que os alunos do Professor James não podem ser menos que perfeitos, eles nunca tentam, eles conseguem!" Essa era a nossa filosofia e de certa forma eu nunca consegui fugir dela, não sabia como ser diferente disso. Ser diferente do perfeito. Eu não sentia, eu não ria, eu não sonhava e nem tinha uma vida fora do ballet. Tudo era sobre e por isso. E era exatamente por isso que eu estava ali, tentando - quero dizer- conseguindo a aprovação para participar do maior concurso de ballet da história. A 5⁰ edição do reality Bolshoi, a chance de se tornar um dos melhores bailarinos profissionais do mundo, com o prêmio exuberante em dinheiro e também de ser professor na academia de ballet Bolshoi. Era nisso que eu estava pensando, quando uma buzina me acordou dos pensamentos. Eu estava quase atravessando a avenida para entrar na grande academia, mas assim que virei a esquina meus olhos pousaram no alvo daquelas sons descontrolados. Uma garota/mulher, não dava para saber quantos anos tinha com aquela estatura. Não que ela fosse baixa, mas estava toda tremula e ereta, bem no meio da rua. Estava tão parada que parecia uma estátua. Os pedestres passavam e ninguém ajudava a garota. Era evidente que ela estava em algum tipo de crise. O sinal abriu e ela continuou parada, os carros foram a loucura, buzinaram sem pudor para que alguém retirasse aquela garota dali da avenida. Ela respirou fundo, de forma que o ar saiu esbranquiçado de sua boca, como se estivesse segurando por muito tempo. Levantou a cabeça e olhou para frente, encarando a academia. Com um tremor do corpo inteiro – como se sua alma tivesse saído do seu corpo – a garota foi com grande impacto ao chão. Não sei por que fiquei tanto tempo parado só observando a cena. Nunca me atento ao que acontece ao meu redor. Mas a garota por mais franzina, atraiu minha atenção. Talvez fosse pelo terror que emanava do seu corpo. Acordei do transe e saí correndo atrás dela, porque ninguém parecia querer ajudá-la. Todos observavam a cena sem movimentar um dedo para socorrê-la. Eu não sou o herói e nem o vilão, sou apenas alguém que por pior que seja tentou fazer algo evidentemente necessário no momento. Corri e cheguei antes dela fechar os olhos e desmaiar por completo. -Senhorita? - chamei, mas ela não se moveu - moça? Está me ouvindo?- ela estava tão pálida que por um momento achei que fosse desmaiar também. Minhas mãos tremiam, como a muito tempo não acontecia. Não suportava a ideia de alguém morrer novamente na minha frente. Não, droga! Isso não iria acontecer ali. Não agora, e se Deus quisesse, nunca. Até que ela movimentou os lábios e tentou abrir os olhos. Tínhamos que sair dali, então não vi outra escolha. Segurei aquele corpo trêmulo e inconsciente em meus braços, peguei sua grande e pesada bolsa e corri para sair da avenida. Na mesma medida que a Rússia era bela, era também inundada de carros, vivi ali quase uma vida inteira para constatar isso. Quanto mais veículos uma cidade tivesse, mais fácil era de acontecer um acidente. Eu já havia visto isso o suficiente para uma vida toda. E era também o motivo de preferir ficar mais dentro de casa do que fora. Soltei o ar quando chegamos ao outro lado, são e salvos. Não sabia o que fazer, então a coloquei sentada nas escadarias do monumento e segurei sua cabeça. Por um momento, tudo o que eu consegui fazer foi olhar de verdade para aquele belo rosto. Ela era tão branca, branca de todas as formas, desde o cabelo até as quase invisíveis sobrancelhas. Era como se tivesse entrado numa banheira de cloro e perdido quase toda a sua cor. Se olhasse bem de perto dava para ainda se notar um reflexo dourado entre seus fios, o pouco de cor que havia lhe sobrado. Tão delicada e frágil, mas de alguma maneira com traços rígidos que demonstravam determinação e coragem, mesmo estando totalmente inconsciente. Como uma linda rosa branca com pétalas rosadas e … Droga! O que é que eu estava fazendo? Soltei o seu rosto como se tivesse queimado minhas mãos. Ela abriu seus olhos assim que minhas mãos se soltaram, como se tivesse sido recarregada e totalmente livre de seu estado de choque. Enquanto eu estava em algum lugar entre aquele oceano congelado de suas órbitas. Seus olhos eram azuis. Do mais intenso que eu já vira, não consegui desviar a atenção. Eu só podia ter ingerido algum tipo de droga alucinógena. Será que tinham contaminado meu café? O que estava acontecendo comigo? ................................................................. *Lilly* Abri meus olhos e tudo o que eu conseguia ver após o clarão, era um homem de olhos verdes me encarando assustado, Talvez até aterrorizado. Seus olhos estavam desfocados, não parecia estar realmente me enxergando. Céus! Eu havia realmente desmaiado? Como havia atravessado? Ele me ajudou? Afinal, QUE HORAS ERAM? Sai do estupor e agarrei o homem pelo colarinho, sem saber exatamente o que estava fazendo. -Que horas são? - perguntei. Ele pareceu acordar também e puxou seu celular do bolso da calça, quase o derrubando. Olhou assustado para o relógio e entrou correndo na academia sem nem se virar para me responder. Que e******o! Sai correndo para dentro do edifício, mesmo com minhas pernas ainda bambas. Esqueci de todos os meus medos assim que passei da porta. Não era para mim estar ali, mas eu estava e mesmo não sabendo como havia conseguido algo tão grandioso como aquela oportunidade, iria me esforçar e me controlar. -Oi desculpe, onde é a sala 308?- perguntei a recepcionista. -Último andar. A Senhorita deve virar a esquerda e seguir reto no 1⁰ corredor para pegar o.. -Ok! Obrigada. - a interrompi e sai correndo. Eu me repreendia mentalmente por ter sido rude com a mulher, mas o dia já estava tão terrível que não faria muita diferença caso acrescentasse mais uma falta a ele. -Segure o elevador!- gritei. Mas a pessoa que estava dentro não se deu o trabalho de levantar um dedo para segurar o elevador. O que vi por último antes da porta se fechar eram aqueles ridículos olhos verdes. -Sua víbora masculina, ainda vai pagar caro por isso. - murmurei. Iria demorar muito para esperar o elevador chegar. Olhei para os lados e achei a porta que dava para as escadas. Era isso ou esperar o elevador e aquele i*****l sair de dentro. Respirei fundo e segui em frente. Abri a porta e comecei a minha jornada para o infinito Zig Zig de escadas. Eram tantas que eu não conseguia enxergar o fim. Segurei minha enorme bolsa firme e subi o mais rápido que eu pude. Pulava de dois em dois degraus até chegar ao topo da escada e virava para seguir outra vez a nova trilha de degraus. Aos poucos fui me distanciando do térreo. Assim que meus pulmões começaram a sentir novamente falta de ar, abri uma das portas do corredor para saber onde estava. E para minha "grande" felicidade, ainda estava no oitavo andar. -Aquele Playboy ainda vai me pagar muito caro! Se eu perder o concurso eu vou estrangular aquele lindo pescocinho com o laço da minha sapatilha - prometi a mim mesma. Nunca fui rancorosa e sempre tentei tirar o melhor das piores situações, mas aquele indivíduo estava me fazendo ser tudo aquilo que eu sempre disse que não era. Tirei meu casaco pesado de neve e enrolei na cintura da pior forma possível porque estava com pressa. E comecei minha jornada ao infinito e além mais uma vez de muitas outras vezes. She's just a girl, and she's on fire "Ela é só uma garota e está em chamas." Hotter than a fantasy "Mais quente que uma fantasia" Lonely like a highway "Solitária como uma rodovia" Dizem que se cantar uma música que você gosta quando se está correndo, você não percebe que está de fato correndo. Quem disse isso? De eu mesma pra mim mesma. Ass: Lilly. Entendam, eu sou louca, mas uma louca que usa a loucura a seu favor e que também fala consigo mesmo. Exatamente como estou fazendo agora. She's living in a world, and it's on fire "Ela está vivendo em um mundo em chamas." Feeling the catastrophe, but she knows she can fly away "Sentindo a catástrofe, mas sabe que pode voar para longe" E assim fui correndo como uma maratonista de escada e parando só para respirar por cinco segundos. Oh, she got her head in the clouds "Oh, ela tem a cabeça nas nuvens" And she's not backing down "E não irá voltar atrás" A música "Girls on fire" da Alicia Keys era a minha fórmula para esquecer a situação toda ali. De alguma forma, em meio aquele monte de degraus, mesmo sem respirar e cantando péssimamente m*l. Eu acabei me acalmando. É bem provável que tenha errado a música inteira, mas quem ia ouvir? Só havia eu e minha mente conturbada ali presente naquele lugar. Segui em frente subindo e subindo o mais rápido que eu podia. And it's a lonely world "E é um mundo solitário" But she gon' let it burn, baby, burn, baby "Mas ela vai deixar queimar, baby, queimar, baby" Quando me dei conta, já havia chegado ao último degrau. "Eu digo, meus queridos amigos, uma boa canção sempre ajuda a seguir em frente." Ass Lilly. Agradeci aos céus, respirei fundo cinco vezes e tentei me recompor secando um pouco do suor, antes de abrir a porta e entrar no corredor. Assim que coloquei meus pés para fora da porta, eu dei de cara com o indivíduo de braços cruzados acabando de sair do elevador. Ele estava perfeito em todos os sentidos, a camisa branca passada sem nenhum amassado sequer, o casaco perfeitamente dobrado e colocado sobre sua bolsa, seu cabelo castanho avermelhado perfeitamente alinhado e etc e tal. O senhor perfeito levantou uma sobrancelha pra mim e continuou me encarando, talvez com uma nota de decepção ou remorso em seu olhar. Eu copiei o gesto e virei o corredor para a direita. -Não é por aí, querida.- a voz do inimigo ecoando pelo corredor. -Eu não sou sua querida. - América S. ficaria orgulhosa da minha imitação solene. -Mas está errando o caminho de qualquer forma.- retrucou- depois não diga que não avisei - disse com sua voz se distanciando - Querida.- atacou novamente. Respirei fundo, só porque eu já havia desenvolvido algum tipo de tara por respirar profundamente. Voltei ao corredor e segui a esquerda, aceitando a ajuda da víbora masculina. O mais importante era eu me apresentar para a seleção do concurso do que ser orgulhosa e perder tempo indo para o caminho errado. E foi isso que eu fiz, entrei no grande salão, a grande chance da minha vida e iria agarrar cada centímetro quadrado dela. Conquistaria cada mísero pedacinho do meu sonho. ................................................................. *Harry* Eu sei que deveria ter segurado o elevador pra ela, um homem bom faria isso. Mas eu era muito egoísta para o meu próprio bem e me arrependi quando olhei para minha vítima. O olhar azul claro como gelo congelado estava parecendo em chamas quando ela me fitou saindo do elevador. Mas agora já era tarde para tentar resolver a primeira impressão que eu dei a ela. Nunca me importei muito com as suposições sobre mim e não sei por que estava considerando aquilo em minha mente, já que isso não tinha, nunca teve e jamais teria importância alguma pra mim. Entrei logo no salão que já estava lotado de pessoas das mais diversas etnias e lugares. O mundo inteiro do ballet competindo ali, na academia real. Senti um pequeno gelo descer pela coluna, mas logo foquei em lembrar dos passos da minha apresentação e consegui colocar as emoções sob controle. Busquei um espaço livre no meio de tanta gente para poder me preparar rapidamente, já que estava, pela primeira vez na vida, atrasado. Joguei minhas coisas no chão e comecei a tirar minhas calças jeans e ficar só com a leggings por baixo. Tirei a camiseta e coloquei as sapatilhas. Já tinha laceado elas uma hora antes de chegar ali. Estava tudo pronto, agora era só… Não consegui terminar o raciocínio, pois um lindo ponto ambulante branco estava me fulminando novamente com o olhar enquanto apertava os laços da sapatilha sob sua canela. Ela olhou para mim de cima a baixo e me deu um olhar reprovador. Ok! Eu tenho que admitir que não fui gentil com ela, visto que ela ainda estava vermelha de tanto que correu para subir os 8 andares. Eu realmente era um bruto de corpo, alma e mente, mas nada se podia fazer quanto a isso. -Bom dia Senhores e senhoritas,- começou a falar um homem de cabelos grisalhos, barba grisalha e uma postura perfeitamente ereta - daremos início as apresentações. Por favor, escolham uma dessas placas nessa bancada, cada uma delas contém um número que será equivalente às suas posições. - colocou as mãos nas costas logo após de olhar seu relógio - Vocês tem cinco minutos. - anunciou. Uma multidão se aglomerou para pegar as posições do meio. Eu não tinha problema em ser o primeiro, acho que até preferiria, mas gostaria de ver primeiro como estão os meus concorrentes. Sei que isso parece maléfico de se dizer, mas é uma competição e para vencer não se pode dar vazão a emoções e sentimentos. Talvez fosse até melhor aquela garota me odiar, isso me ajudaria a ficar mais concentrado e não me importar com suposições sobre mim. Acabei pegando o Número 70 de 100. Haviam feito uma pré-seleção em cada uma das nações do mundo e aqui estávamos nós, os 100 selecionados, mas apenas 20 seriam escolhidos para o reality/competição/programa. Depois que passassemos pela seleção, não seriam mais os jurados apenas a nos julgar, mas o mundo inteiro de telespectadores votariam em seus favoritos. A ideia era fazer o ballet se tornar algo público, que fizesse corações serem conquistados pela dança e pelas músicas. O programa queria restaurar a visão do público e conservar a história do Ballet. Iríamos viajar pelo mundo todo e as provas de eliminação seriam baseadas em cada um dos continentes e na votação do público. O concurso envolvia mais que o ballet em si, nós seríamos julgados também pelo que somos nos bastidores, pois nosso dia a dia seria gravado e exposto a todos que quisessem assistir. Nos julgariam pelo nosso caráter, pelas nossas técnicas, dons e também pela nossa história. Outro gelo escorreu pela minhas costas, dessa vez mais demoradamente. Engoli o medo e me forcei a confiar em meu potencial e no objetivo de estar ali. O Professor James não me faria estar ali se não soubesse que seria uma boa oportunidade. Ele era mais que um professor para mim, era também um pai e eu o deixaria orgulhoso. Mas não havia espaço para emoções ali. Concentrei meus pensamentos em métrica, ritmo, ângulo, movimento e perfeição. Eu arrancaria a minha vaga naquela competição. Eu deixaria um legado e seria lembrado por isso. Eu não morreria antes de deixar a minha marca neste mundo. Eu daria ao meu pai a vitória que ele sempre buscou. Assim, prometi a mim mesmo.

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