Capítulo quatro

1353 Words
E foi assim que o meu tormento começou. Depois que o Mark tirou minha virgindade, os outros dois também me usaram e fazem isso até hoje. Sou o objeto de prazer deles. Até quando eu não sei, pois não vou ser jovem para sempre. Eles podem não envelhecer, mas eu envelheço. E quando isso acontecer, devem me m***r. Desde que vim até a mansão, não saí mais. Dois anos sendo usada para os prazeres de três sanguessugas bonitões. Não sei como faziam, mas sempre traziam comida para mim. E não eram bizarrices como o que eles comem, era comida de humanos e comida boa. Se não ficasse presa aqui e não fosse forçada a f********o com eles, até poderia dizer que não tenho uma vida r**m, mas não posso dizer isso. Hoje era o dia do Frank e era o que eu menos gostava. Principalmente se eu me atrasasse. Os castigos dele eram os piores, ele era mesmo um cara do m*l. Gostava de ver meu sofrimento. Ele quase me matou. Bebeu meu sangue até eu perder os sentidos. Acordei deitada na cama do Mark me sentindo muito m*l. Mark disse que teve que fazer transfusão de sangue em mim, pois Frank quase me matou. Pelo menos ele também foi castigado depois disso. Mark o proibiu de me tocar durante seis meses. Isso foi bom afinal de contas. Mas agora ele podia me tocar de novo e eu estava tão apavorada como da primeira vez. Olhava o relógio a todo o momento para não perder a hora. Com vinte minutos de antecedência, estava em frente à porta do quarto dele. Frank apareceu no corredor e ao me ver, sorriu debochado. — Está pontual até demais, querida. — Vai me castigar por isso também? — falei com acidez. — Posso pensar nisso... Suspirei e passei pela porta quando ele abriu. — Por que está tão amarga? — Se você tem problemas mentais eu não tenho! Você quase me matou! — Encarei-o com fúria. — Exatamente, quase matei. No entanto, você ainda está aqui e me respondendo. — Cruzou os braços. — Merece outro castigo. Soltei um grunhido de irritação. — Seu sangue foi o mais saboroso que provei. Todos que vem aqui na casa tem algo impuro nele. Não queria te m***r, só quase não consegui parar. — Só isso — resmunguei debochada. — Se ficar falando assim, vou fazer de novo... — Se fizer vai ficar sem mim durante um tempo outra vez. — Sim, mas vou provar desse delicioso sangue puro. — Puxou meu cabelo, fazendo minha cabeça cair para o lado e abriu espaço em meu pescoço. Ele beijou levemente e eu fiquei tensa. — Pena que o sangue não é mais meu, não é? — falei sarcástica e uma risada saiu de sua garganta. — Seu senso de humor é o que eu mais gosto em você, Sofia. — Achei que fosse meu sangue... — falei carrancuda e ele riu mais forte. — Hoje você está terrível, garota! — Me empurrou na cama com força. ††† Estava deitada na cama olhando o teto. Tinha acabado de tomar banho. A água estava quente e gostosa caindo em meu corpo. Diferente das mãos de Frank. Tudo isso só acontece por minha culpa. Eu era a mais certinha do grupo e mesmo assim topei essa maluquice de vir a essa mansão. Eu devia ter dito que não era uma boa ideia. Apesar de não acreditar no que o povo falava, não tinha que provar nada a ninguém, mas claro que eu tinha que fazer o contrário. Agora paga, sua trouxa! Alguém bateu na porta, cortando meus pensamentos. Levantei sem vontade e abri. Era o Mark. Ele correu os olhos por mim. — Só queria ver se estava inteira dessa vez. — Parece que sim. — Sem castigos? — Cheguei antes da hora. — Bom. — Mais alguma coisa? Ele sorriu quando perguntei isso. Seus dentes são perfeitos e parecem feitos para o rosto dele. — Na verdade, sim. Vai chegar uma pessoa aqui hoje à noite. Não quero que saia do quarto. — Pessoa? Vão beber de novo? Depois de anos morando aqui, me acostumei a ver as pessoas sendo sugadas até ficarem sem vida. Isso já não me assustava como aconteceu na morte de Josh e Will ou nas outras que presenciei depois da deles. — Não é comida. É um outro vampiro. — Outro? — perguntei com desespero. Mais um para me torturar? Ai eu não aguento! — Sim e ele não pode te ver. — Por que? — Porque não. — Me dê uma resposta que me convença, ou eu vou aparecer. Mark riu nervosamente. — Vai querer te beber. Ainda mais que tem sangue puro. — É um ótimo argumento para ficar aqui dentro. Mark sorriu. Se ele não me obrigasse a me deitar com ele toda terça feira, diria que gosto dele. Apesar de tudo, tenta me agradar. Mas se ele se esforçar mais e não me obrigar mais a f********o com ele, talvez, talvez eu goste mais dele. — Quanto tempo ele fica? — Espero que pouco. Eu ainda não sei. — Se ele ficar muito tempo, vai descobrir que estou aqui. — Eu sei, por isso quero e vou tentar fazer com que vá embora rápido. — Se não for, como faremos? Mark ficou pensativo com a pergunta. Ótimo nem ele sabe como vai ser! — Uma coisa de cada vez. Revirei os olhos e ele sorriu. — Posso saber por que vem? — Temos uma dívida com ele e vai vir cobrar. — Hum... — Se você ficar quietinha aqui dentro, ele não deve te achar. — Não vai sentir o cheiro? — Verdade. Tinha esquecido disso. Hum... Vou ter que te colocar em algum lugar que esconda o cheiro. — Onde? — No cemitério. — Maravilha! — falei sarcástica. — Vamos. Vou pegar um colchão para você. — Vou dormir lá? — Minha voz saiu mais alta do que queria. — É claro que vai. Assim ele não vai saber que está aqui. Além de tudo que tenho que passar, agora vou dormir de conchinha com cadáveres. Ótimo! É tudo o que preciso nessa vida! Segui o Mark até o lado de fora. No cemitério tinha um pequeno espaço com algumas covas dentro, eu ficaria ali. — Quer que coloque o colchão em cima ou no chão? — Em cima do túmulo? — É — respondeu rindo. Eles amam, amam meu desespero! — Tanto faz. Meu medo é de quem está vivo mesmo... — resmunguei. — Teoricamente eu não estou vivo. — Pois se mexe e pra mim está bem vivo. Mark sorriu e colocou o colchão em cima do túmulo. — Vou trazer comida pra você assim que possível. Ele não pode desconfiar que está aqui. — Está com tanto medo assim de me perder, Mark? — perguntei sarcástica. — Não é todo dia que encontramos uma humana boa como você. — Boa? Ele sorriu maliciosamente e eu não perguntei mais, pois não quero saber. ††† Estava naquele lugar há mais de 10 horas e nada de Mark trazer comida. A fome era grande e o tédio então nem se fala. Só tinha eu, o túmulo e teias de aranhas naquele lugar. O cheiro de guardado e mofo era forte, já estava com falta de ar ali dentro. Mas ficar presa aqui me fez bolar alguns planos, talvez esse tal vampiro me ajude. Se os três não querem me m***r porque sou “boa”, eu poderia aparecer na frente desse cara para que ele me mate! É um plano infalível! Meu sofrimento vai acabar! Essa pode ser a melhor maneira de me livrar desses sanguessugas. Já sei mais ou menos a sensação de ter o sangue sugado, o próximo passo é a morte e assim vou descansar e me ver livre dos três. Só tenho que fazer isso sem os três verem. Tenho que me encontrar com o cara em segredo e quando eles perceberem, já morri. É a melhor ideia que tenho em meses!
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