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1532 Words
"Os golpes da vida podem ser intensos e dolorosos,mas nada se compara a dor que você me causou e ainda insiti em me proporcionar a cada vez que nos aproximamos." Jude MCcall 08:00 da manhã (Casa de Noah) _________________________________★★★____________________________★★★______________ Sentindo a calaridade bater em meus rosto,me mecho naquela cama que não se assemelhava a nada com a que tenho em meu quarto. Não me lembrava do que aconteceu,pelo menos não de tudo,somente sabia que depois de uma conversa amigável com Noah Ganesh, voltamos para o clube e enxemos a cara. Sentido um peso em minha cintura,abro meus olhos olhando para meu lado encontrando o moreno dormindo tranquilamente enquanto seu braço apertava meu corpo contra seu corpo. Ao passar de alguns minutos,me sento tomando consciência do que realmente havia acontecido naquele quarto entre mim e Noah. Tirando suas mãos cuidadosamente para que não o acordasse,me levanto da cama enrolada somente em um lençol que cobria meu corpo nu e com o cheiro do garoto que desejei minha vida inteira e que amava as escondidas. Teria que sair daquele quarto e daquela casa bem antes dele acordar. Vestindo minhas roupas sem fazer o mínimo de barulho,não tirava meus olhos daquele garoto dormindo tranquilamente. Ainda não conseguia acreditar que havia passado a noite com Noah e muito menos que havíamos transado, pois o fato de ser quem sou e saber que ele é,fazia com que tudo aquilo não fosse real. Deixando um sorriso surgir em meus lábios,abro a porta daquele quarto encontrando um corredor vazio e sem sinal de que havia alguém em casa. Sabia que Sr e Srª Ganesh não estavam em casa,pois certamente estão na empresa da família,mas não tinha certeza se os empregados estavam por aquela parte da casa. Fechando a porta do quarto de Noah,caminho em paços lentos pelo corredor que me levaria em direção as escadas. Não queria ter que conversar com o moreno e ouvir que não passou de uma mera transa entre dois jovens bêbados,não queria ter que ouvir palavras que todo bad boy costuma dizer para uma garota como depois de uma noite de transa;foi apenas uma noite. (...) Chegando em frente a minha casa,p**o o motorista do táxi que havia pego quando passei pelos portões da casa dos Ganesh. Durante o caminho,ensaiei mil e uma desculpas para meu pai que certamente estaria me esperando sentado naquela sala de estar,porem sabia que estaria encrencada e que poderia esperar pelo seu castigo. Odiava meu pai com todas as minhas forças,o repudiava como jamais pensei que sentiria tal sentimento,porém não poderia saie de casa. Mesmo tendo 18 anos,meu pai me impedia de deixar esse lugar que jamais havia sido meu lar,suas ameaças contra minha mãe eram frequentes,ameaças nas quais sempre escondi a mando dele ou sofreria as consequências. Abrindo a porta de entrada,encontro minha mãe sentada ao lado de meu progenitor que não demonstrava estar calmo. Sentindo meu coração acelerar, fecho a porta atraindo suas atenções até mim. ___Pai...___o chamo fazendo menção de me justificar. ___Para o escritório,agora___me interrompe causando o mesmo arrepio de sempre em meu corpo. Apenas assentindo,passo por eles indo diretamente para aquele maldito escritório. A dois meses atrás,Joseph havia me castigado por ter saído de casa justamente no dia em que teríamos um jantar com um de seus amigos. Me lembrava nitidamente de cada palavra que foi utilizada por ele,de cada tapa que foi desferido em meu rosto e de cada golpe de seu cinto que ficaram marcadas em minhas costas,pernas e braços. Aparecia naquela universidade sempre de moletom por motivos que pertenciam somente a mim,mas algumas vezes era para esconder os hehematomas em meu corpo. Ontem a noite,expliquei para o moreno o porque de me vestir assim,porém aquele havia sido apenas um dos motivos,mas o real era exatamente pelo que poderia me acontecer nesse momento. Alguns minutos depois de ter me sentado em uma das poltronas de frente a sua mesa,ouço a porta ser aberta para logo em seguida,ser fechada. Seus passos raivosos até mim,fizeram meu corpo se arrepiar duas vezes mais que antes. ___Pode se explicar. O sentindo tocar em meus ombros,engulo o nó que se formava em minha garganta. Não sabia como tudo isso terminaria, porem tinha a certeza de que não terminaria muito bem. ___Com havia lhe informado ontem a noite,fui para festa da universidade com a Alexa___a cada palavra mencionado,suas mãos apertavam mais meus ombros___por ter ficado tarde e não estarmos em condições de dirgir,fomos para sua casa. Suas mãos me fizeram ficar de pé a sua frente para que fitasse seus olhos como sempre fazia para descobrir se estava falando a verdade ou não,porem aquilo me fazia sentir mais medo do que imaginava poder sentir algum dia. ___Está falando a verdade,Jude?___assinto sentindo sua mão apertar minhas bochechas de forma bruta___tem certeza de que essa é a verdade,Jude? Você tem a certeza de que não esta mentindo para mim?___assinto uma segunda vez sentindo as lágrimas se formarem em meus olhos. ___Está me machucando,pai___Joseph apenas fitava meus olhos em busca da verdade. ___Você está com cheiro de homem,v***a___acertando um tapa em meu rosto,Joseph se afasta me jogando no chão. ___Por favor,pai... O vendo tirar seu cinto e o segurando nas mãos,deixo as lágrimas molharem meu rosto enquanto me encolhia sentada no chão e me encostando naquela mesa. ___Vou te ensinar a me respeitar___desferindo o primeiro golpe,sinto minhas pernas arderem e as lágrimas se intensificarem. ___Me desculpa...___sabia que se ouvisse aquelas palavras,ele manteria sua contagem de sempre antes de "me perdoar". Acertando minhas pernas e braços,Joseph me puxou pelo cabelo fazendo com que caisse deitada no chão de costas para ele. Naquele maldito escritório se ouvia apenas meu choro misturado a alguns soluços e o cinto se chocar contra minha pele esposta por meu vestido ser aberto nas costas e ter esquecido minha jaqueta na casa de Noah. Depois de inúmeros golpes,Joseph apenas jogou o cinto a minha frente e saiu me deixando naquele escritório chorando pela dor que sentia. Aquilo teria que acabar,não suportava mais essas merdas de castigos, não suportava mais ter que olhara para sua cara e não aguentava mais saber que minha mãe apenas fingia não ouvir meus choros e gritos para que seu marido de merda parasse com seus malditos castigos sem fundamento. Ouvindo a porta ser aberta mais uma vez,Hanna,uma das empregadas dessa casa e minha grande amiga,entra se aproximando correndo para me ajudar a se levantar e subir para meu quarto. ___Odeio te ver assim,Jude___ sua voz estava embargada demonstrando o quão estava segurando as lágrimas. Hanna tinha 40 anos de idade e estava naquela casa desde que nasci,o que a fazia ser minha segunda mãe. Com o passar dos anos,as coisas foram mudando e as agressões começaram,a primeira vez que aquele ser repugnante me bateu,estava com doze anos de idade e o motivo foi ter quebrado minha rotina de sempre,pois meu percurso era sempre os únicos;de casa para o colégio e do colégio para casa e nesse dia,acabei indo tomar um sorvete com Alexa. Ao sair do escritório com a ajuda de Hanna,encontro minha mãe sentada no sofa da sala de estar com um revista e os fones de ouvidos. Era somente assim que ela ficava quando acontecia meus castigos. Deixando as lagrimas caírem mais uma vez de forma intensa,subo as escadas com Hanna ao meu lado. Ela não merecia que a protegesse dessa forma,Clary não se importava se seu maldito marido me mataria espacada,ela não era digna de ser chamada de minha mãe e agradeciaa Deus por ter a deixado estéril após meu nascimento,pois não era justo uma outra criança passar pelo que passo todos os dias. ___Sinto muito minha linda,mais seu pai me deu ordens de pegar seu celular e trancar a porta de seu quarto___apenas assinto me deitando sobre minha cama. Ouvindo Hanna sair e trancar aquela porta,deixei que os soluços escapassem por meus lábios mais uma vez. Não desejava essa vida para ninguém,pois isso é um verdadeiro inferno no qual o d***o era meu pai. Podia sentir o cheiro de Noah em meu corpo,e tenho certeza qie Joseph também sentiu ao ter se aproximado de mim e me fitado atrás de uma reposta verdadeira. Mesmo estando naquela situação,mesmo sentindo meu corpo arder e as lagrimas molhando meu rosto,não me arrependia de ter passado a noite com ele,não me arrependia de ter acordado ao seu lado e na sua cama,porém tinha certeza que seria questão de tempo para repensar em minhas palavras..
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