Abigail Heart
Esquecendo tudo à nossa volta, continuo sendo devorada por seus lábios famintos.
Seu toque quente enviando descargas elétricas pelo meu corpo. Nunca havia me sentido assim, a ponto de explodir em excitação e desejo.
James pressiona seu corpo ao meu descendo seus lábios pela extensão do meu pescoço, sugando levemente a pele sensível.
Ofegante, o afasto, sem encará-lo.
— Eu… Nossa, está tarde. É melhor eu ir.
Ele sorri, brincando com alguns fios do meu cabelo.
— Entendo. Posso te levar, se não tiver problema.
Faço uma pequena busca visual e percebo que Henrique já foi embora.
— Agradeço, mas irei de táxi.
James se afasta deslizando as mãos pelo seu cabelo, meus olhos o acompanhando.
— Ok! Mas posso pelo menos lhe acompanhar até o táxi? — Arqueia as sobrancelhas com um sorriso malicioso.
Suspiro internamente, assentindo com um meio sorriso.
Ao sair da boate, sou recebida por uma brisa gelada em minha pele, fazendo-me abraçar meu próprio corpo.
— Está com frio. — Sussurra, cobrindo-me com sua jaqueta.
Nego, tentando devolvê-la.
— Tudo bem. Não precisa se preocupar. Quem sabe nós nos encontramos novamente.
Acaricia meu rosto lentamente, aproximando nossos lábios, e me beijando.
Fecho os olhos, sentindo sua língua deliciosa pedindo passagem e eu concedo de bom grado.
Há algo nele, no beijo, na maneira que me toca, é capaz de ativar cada célula do meu corpo. Em nenhum momento que estive em seus braços, pensei em Henrique.
O que esse homem está fazendo comigo?
Me afasto com seus olhos azuis, fitando os meus lábios.
— Eu quero agradecer, por… ter salvado minha noite. — Murmuro, encarando minhas mãos.
James ergue meu queixo e coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
Aproxima seus lábios dela e sussurra:
— Eu adorei cada segundo.
Me arrepio com seu hálito quente.
Ela se afasta, lambendo os lábios, sorrindo descaradamente.
— Se quisesse, Abby, poderíamos aproveitar melhor essa noite.
Arregalo os olhos, corando.
— Não posso. Adorei o que rolou entre nós, mas acabei de sair de um relacionamento. Não estou preparada para mais do que isso. — Argumento, vendo ele assentir.
— Entendo. Mesmo achando um desperdício.
— Eu adorei você, Abigail. Rolou uma p**a química entre nós. Mas sei ser um cavalheiro.
James passa seu dedo indicador em meus lábios contornando lentamente, seu olhar selvagem incendiando tudo dentro de mim. As reações que esse homem provoca em mim, não são normais. Estou completamente molhada só por sentir seu toque.
Eu me afasto quando vejo um táxi vindo. Aceno fazendo ele parar e com uma última olhada em James, sorrio o agradecendo mais uma vez.
Suspiro descansando a cabeça na janela de vidro, observando a paisagem noturna.
Nunca mais o verei. James é tão bonito e interessante, perturbadoramente sexy. E o que dizer daquele beijo? Nossa, terei que trocar de calcinha quando chegar em casa.
Pago o taxista assim que chego no meu destino. Desço sentindo meu corpo flutuar.
Tirando a presença daqueles dois, não tenho muito que reclamar.
Pego o elevador, totalmente inebriada com o cheiro dele que emana da sua jaqueta. É tão intenso, picante, límpido.
Sorrio, sabendo que dormirei com ela em meu corpo, mas logo meu sorriso desaparece quando chego em minha porta e vejo uma persona não grata praticamente dormindo, encostado em minha porta.
Passo por ele, alcançando a maçaneta da porta o ignorando completamente.
— Estava te esperando.
— Não sei para que — Falo por cima dos ombros.
— Que eu me lembre, deixei um aviso para o porteiro não deixar você subir. — Resmungo, me virando para encará-lo.
Seus olhos me fitam com uma certa angústia.
— Você trocou a fechadura, Abby.
Balanço a cabeça, incrédula.
— O que você esperava?
Ele abaixa a cabeça sem dizer nada.
— Eu sinto muito, Abby. Eu fui um b****a com você.
Sorrio.
— Não me venha com desculpas, Henrique. Agora é tarde para isso, não acha?
Ele me encara, com o maxilar apertado.
— Está com alguém? É aquele, cara?
Cruzo os braços, erguendo o queixo.
— Não te interessa!
— Agora se não se importar… — Aponto para o corredor.
Ele se aproxima agarrando meu rosto com uma mão de cada lado.
— Por favor, Abby… Me perdoa!
Cola nossas bocas me pegando totalmente desprevenida.
Tento o afastá-lo, mas Henrique pressiona seu corpo ao meu com certa agressividade.
Seu beijo é urgente, desesperado e embora eu esteja magoada, meu corpo reage ao seu.
Não resisto e juntos, aprofundamos o beijo.
Ele agarra minhas coxas e enlaço o seu quadril. Caminha até o sofá de três lugares, me depositando delicadamente, retirando a jaqueta, jogando-a longe. Pairando o seu corpo sobre o meu, sem desgrudar nossas bocas.
Henrique geme em meus lábios. Sua mão direita passeia lentamente em meu corpo, chegando em minha i********e.
— Abby… — Sussurra, mordiscando meu lábio inferior.
Seus olhos azuis, cinzentos, encara os meus.
— Eu te amo, Abby.
— Minha Abby! — Sussurra.
— Henrique...
Ele coloca minha calcinha para o lado e introduz um dedo em minha i********e e depois o outro.
Ofego agarrando seu cabelo.
— Eu não quero te perder, Abby. Podemos ficar juntos, só teremos que ser discretos.
Franzo o cenho.
— Rebeca não pode saber — Sussurra, e eu o afasto.
— O que você quer dizer com isso, Henrique?
Que você ainda está com ela, é isso?
Ele tenta tocar minha face, e me levanto andando de um lado para o outro.
— Estamos noivos, Abby. Eu não posso terminar com ela agora. Estou crescendo na empresa, isso arruinaria a minha carreira.
Estou em choque.
Cesso meus passos, sem acreditar no que acabei de ouvir.
— Fora da minha casa! AGORA! — Rosno indo em direção a porta.
— Abby… Eu te amo.
Jogo a cabeça para trás gargalhando.
— Você me ama e está sugerindo que eu seja a sua amante, é isso, Henrique?
— Não é isso— n**a veemente.
— Jura, Henrique? Porque foi isso que entendi.
— Amor, eu só te peço um pouco de paciência. Serei nomeado à vice-presidência da empresa, estão reconhecendo meu trabalho — Acaricia meu rosto e me sinto enojada com o seu toque.
Lágrimas começam a escorrer livremente em minha face.
— Eu não posso ser apaixonada por alguém como você, Henrique. Não posso.
Suspiro, me retirando do seu toque.
— Eu me recuso.
— Vá embora, por favor! Da minha casa, e principalmente da minha vida.
Esqueça que eu existo.
— Abby… Não faça isso — Súplica e vejo lágrimas escorrendo da sua face.
— Eu te amo! Só quero o melhor para nós.
— Eu não sei viver sem você, amor.
O empurro para fora, fechando a porta e passando a chave.
— Então, aprenda Henrique. Acabou! — Sussurro, caminhando em direção ao quarto e me jogando sobre a cama.
Limpo minhas lágrimas disposta a não derramar mais nenhuma gota por ele.
Ouço meu celular vibrar dentro da minha bolsa e o pego visualizando uma mensagem.
“ Não desistirei de você. Eu te amo e sempre vou amar. ”
Do seu, para sempre, Henrique.
Bloqueio o seu número, atirando o celular para longe.
Uma noite que tinha tudo para ser perfeita, termina nesse fiasco.
Pelo visto, não conhecia bem a pessoa com quem me relacionava.
Quem Henrique pensa que eu sou, para aceitar uma situação dessas?
Ele está usando Rebeca para conseguir status na empresa e esperava que eu fizesse parte disso?
Eu simplesmente, não acredito que esse seja o verdadeiro Henrique. Ambicioso e sem caráter.
Como posso ter me enganado a esse ponto com ele...
Théo tem razão, no fundo, me livrei de um b****a.
Fecho os olhos e o rosto de James me vem à mente.
Não Abby, você sabe agora que todos os homens são iguais.
No fundo James é o mais perigoso deles, consegue entorpecer, enlouquecer e deixar cativa, qualquer mulher.