Pov Ana
Acordo com meu despertador apitando, levanto e vou para o banheiro e paro para olhar meu rosto no espelho. Olho e assusto com minha própria visão! Se ontem estava meio amarelo e roxo hoje esta roxo e preto, eu estou horrível!!!
Vou para o Box e abro o chuveiro e entro na água, sinto meu corpo ficando leve me lembrando de ontem, suas caricias e seu roçar em meus lábios, espero que seja algo já que Christian disse que mais tarde iria vir me ver.
Desligo o chuveiro, me seco e me enrolo na toalha, pego uma saia preta social e uma blusa azul aberta nas costas. Olho para o relógio e consto que tenho que me arrumar correndo.
Saio do quarto arrumada e vou para a sala e não vejo Kate, deve ter ido dormir com o namorado. Pego minha bolsa saio atrás do meu amado carro desmantelada e rezo para ele não dar problema hoje.
Chego na G e entro no saguão, varias pessoas me olhando e não é para minha roupa.
Pego o elevador para ir para o escritório do meu chefe que é no terceiro andar.
Chegando bato na porta do meu chefe, então ouço o famoso entre.
Entro e meu chefe se assusta com minha visão.
– querida Anastácia, o que houve com você?!
No meu primeiro dia de trabalho ele me deu aquela pilha de email para responder, eu achei que meu chefe fosse durão do tipo não mecha comigo, mas ontem ele veio conversar comigo, ele é bem legal e divertido e em nossa conversa ontem eu conclui que meu chefe é gay.
– eu estava fazendo exercicos e estava distraída- apenas digo.
– você caiu da esteira?- ele me pergunta e tenho vontade de rir, quando começo a abrir um sorriso minha parte esquerda do meu rosto dói e desisto.
– não, eu faço luta livre, eu estava distraída e resultou nisso.
– bem , então tome cuidado!-
– então senhor, o que vamos fazer hoje?- pergunto.
– hoje nos temos duas reuniões, uma as nove e meia e outra as onze, quero que você me acompanhe e faça anotações.
Olho no relógio de sua sala e vejo que é nove horas, o horário que chego para trabalhar.
– pegue um café para nós dois Ana.
Pego café para mim e para ele e discutimos o que iríamos fazer depois do almoço.
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A duas reuniões era para receber dois novos autores, fiquei fascinada enquanto eles falavam de seus livros e por que escolheram essa editora, a segunda reunião foi com o autor chamado Sebastian, e logo percebi de cara que ele olhava para mi algumas vezes apesar do meu rosto estar horrível.
A reunião acabou na hora do almoço, meio dia em ponto!
Pego minhas anotações e vou em direção a saída da sala de reuniões quando sou barrada pelo Sebastian.
– sim?- quero sair rápido dali, pois estava morrendo de fome por não ter comido ontem.
– Anastácia não é?- assinto para ele.
– agora é o horário que você sai para almoçar?- assinto novamente, já sei o que ele iria pedir e não estava afim.
– você gostaria de almoçar comigo?- iria recusar educadamente, mas ouço uma voz forte atrás de mim.
– ela não poderá ir pois tem um compromisso comigo.
Viro para trás e vejo Christian mais lindo do que nunca em sua cadeira de rodas.
Sebastian olha de mim para ele umas três vezes.
– me desculpem interromper então- dizendo isso ele vai embora rapidamente.
Olho interrogativamente para Christian mas ele nada fala.
Sigo para minha mesa e ouço sua cadeira movimentando atrás de mim, me sento e viro para ele.
– o que você esta fazendo aqui Christian?
– se você não se lembra Anastácia essa empresa é minha- ele diz com a sobrancelha erguida.
Droga, eu sempre esqueço que agora eu trabalho para ele.
– então eu vou almoçar com você- lhe pergunto com certa esperança.
– eu disse que iria vê-la hoje, e por coincidência agora é hora do almoço, então sim, vamos.
Pego minha bolsa, estou ansiosa para falar com ele, tenho perguntas.
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– você ia almoçar com aquele homem.
Paro de cortar meu bife, por que será que ele fez essa pergunta?
– não, eu já estava pronta para recusar, você apenas apareceu na hora.
– bom.
Como assim bom?
Olho confusa para ele mas Christian não fala nada então resolvo perguntar o que eu perguntar desde ontem.
– o que foi aquilo ontem?
– aquilo- deus, um homem tão inteligente se fazendo de e******o.
– sim, o beijo e o roçar dos lábios.
– posso te fazer uma pergunta Anastácia?
– você sabe que sim Christian.
– mas espero que você seja honesta.
Me dói imaginar que ele pensa que alguma vez, de todas as nossas conversas eu não fui honesta com ele.
– sempre fui honesta com você.
– o que você vê quando olha para mim?
– eu vejo um homem em uma cadeira de rodas- digo brutalmente sincera, vejo dor em seus olhos mas mesmo assim continuo- eu vejo um homem que passou muitas coisas na vida mas que venceu, vejo um homem que não é seguro de si mesmo- eu vejo que ele não vive, e preciso dizer isso a ele- você precisa viver Christian, você é muito jovem, sua vida não acabou quando você sofreu aquele acidente, ela apenas mudou de rumo- vejo uma emoção forte em seu olhar e paro de falar, tenho medo de que talvez eu tenha falado demais.
Sua mao cobre a minha e sinto a eletricidade passar de mim para ele, acho que ele também sente pois extremece.
– obrigado Anastácia, ninguém foi sincero comigo por medo de machucar meus sentimento- dou um aperto em sua mão- você quer jantar comigo depois do trabalho.
Sinto que estou começando a sentir seu coração se abrir para mim.
– é claro.
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Pov Grey
Anastácia esta certa.
Ela sempre esta.
Eu tenho que começar a viver, apenas vivo para minha família e empresa, mas nunca para mim.
Vejo ela sair da minha empresa e vir direto para meu carro, Taylor abre a porta para ela e Anastácia se acomoda bem próxima a mim.
Fomos a um restaurante de frutos do mar.
Começamos a conversar sobre minha empresa e como vai seu novo trabalho e ela diz que esta gostando muito.
– Anastácia, faz muito tempo que não tenho um relacionamento, na verdade eu nunca tive, mas eu gostaria de tentar com você!- eu consegui dizer o que quis desde a primeira vez que a vi, ela abre um sorriso tão grande como se tivesse ganhado um premio. Anastácia se aproxima de mim e da um beijo em meus lábios, um beijo simples, carinhoso.
– obrigado por ter falado o que eu queria ouvir Christian- então ela também me quis desde a primeira vez!
Roço meus lábios no dela ate que ouço uma voz que me assusta, uma voz que fazia cinco anos que eu não ouvia.
– Christian – é Elena mesmo, fazia anos que eu não a via,e eu não queria vê-la nunca mais, ainda menos com Anastácia aqui!
– Elena