Isabela (Lombardi) De Lucca
A presença daquelas pessoas me incomodava ao extremo. Eu odiava cada segundo com aquelas pessoas ali e podia voar em Anna a qualquer segundo.
Ela era atirada demais, e me jogava olhares de deboche o tempo inteiro — me perguntava o que ela estava esperando quando fazia todas essas coisas —. Vicent parecia sempre assustado quando essas coisas aconteciam e eu estava a ponto de chamá-lo de frouxo na frente de todas as pessoas ali presentes.
Eu sei que posso estar sendo má, mas sinto que ele não está se impondo e me colocando em uma situação que me dá nos nervos a cada minuto. Dormimos emburrados um para o outro na noite passado, exclusivamente por ele não ter me avisado.
Agora, ele saiu a trabalho e eu tenho que aguentar pessoas folgadas na minha cabeça, reclamando sobre algo o dia inteiro.
“Odeio manga”, “não gosto do pão”, “bolo engorda”, entre outras mil coisas que parecem ser feitas para me tirar do sério.
Eu sei que pode parecer loucura o que estou dizendo, mas inferno… eu me sinto incomodada.
Dos três, Ronald é o que menos me incomoda. Ele só bebeu doses grandes de whisky — o que faria vicent ir a loucura, diga-se de passagem —, me lançou olhares nojentos e deixou sua esposa e sua filha serem duas insuportáveis.
O pior disso tudo era que, se eu estava irritada, Matteo ficava irritado também, e se meu filho fica irritado é natural que Lily, nossa cachorra de estimação barra segurança, fique atenta e em situação de defesa o tempo inteiro.
Eu torcia pelo dia em que ela morderia aquelas canelas de Anna ou de Melissa, além de abusadas, elas eram duas mocreias insensíveis.
Matteo estava choroso, enquanto andávamos de um lado para o outro pela sala de estar da casa. Eu tentava acalmar-ló de todas as maneiras, mas ele parecia muito insatisfeito e chateado com algo.
Grunhi, a babá permanecia dormindo ao lado dele — uma decisão que tomamos ontem —, ela disse que sem problemas e montamos toda uma estrutura no quarto do pequeno para que ela ficasse confortável. Ela amava o meu filho também e não queria que ninguém o tocasse, assim como eu.
Por isso eu a mantinha aqui comigo, vinte e quatro horas diárias. A noite foi tranquila, revemos todas as gravações do quarto juntas, então não conseguíamos identificar o motivo do choro. Andei mais um pouco com ele pela sala e coloquei um dos meus s***s para fora, ele tomou rapidamente e começou a sugar, enquanto mamava.
Ele mexia sua mãozinha com curiosidade, tocava o polegar e pressionava, observando os outros dedos esticados na frente do seu rosto. Dei um pequeno sorriso.
— Não deveria amamentar na sala quando tem visitas. — A voz de Melissa ecoou pelo ambiente. — Ronald pode ver.
— Vocês não teria esse problema se não estivessem na minha casa. — Comentei, dando-lhe um sorrisinho’.
— Você é bem abusada. — Ela grunhiu.
— Hunrum. — Murmurei.
Nesse momento, Matteo deu um tapa forte em meu peito, me fazendo pular. Ele continuou me encarando.
— Ei, não pode, meu amor. — Murmurou.
Eu entendia que essas atitudes eram somente um reflexo que ele estava aprendendo a ter e que, provavelmente, ele não queria me machucar. Provavelmente não, ele não queria me machucar.
— Ele é muito m*l educado, eu duvido muito que minha filha faria isso. — Ela cruzou os braços na frente do peito. — Você deveria ensinar que isso machuca e dar um tapinha nele também.
— Eu não vou bater no meu filho. — a olhei, indígnada.
— É só uma forma de educação. — Ela deu de ombros. — Fiz e a Anna continua viva.
— Seu marido não está educando você o suficiente então, para estar se metendo na vida dos outros. — Resmunguei.
— Isso é um ultraje. — Ela abriu a boca, chocada.
Eu não suportava homem que batia em mulheres e esperava que Ronald não o fizesse, mas a resposta precisava ser a altura. A mulher era insulportavel.
— Bater em criança é crime, não sei se você sabe. — Naná, como Matteo aprendeu a chama Nala a nossa babá, advertiu.
— Empregados tem voz nessa casa? — Ela começou a dizer, revoltada. — Esse lugar é pior do que imaginei.
Matteo soltou o peito e fez força para se levantar, Nala se levantou no mesmo momento e pegou-o do meu colo, guardei meu seio, enquanto ela o ajudava a arrotar.
— Olha, Melissa… — Eu a encarei, colocando as duas mãos na cintura. — Eu sou uma pessoa muito legal, mas eu estou chegando a conclusão de que você não quer ser bem tratada.
— Você não deveria estar me tratando assim, meu marido é o capo da cosa nostra. — ela levantou o queixo.
— Meu marido é o capo da Máfia De Lucca… — Respondi. — Seu marido ainda é aliado do meu e sinceramente, eu sei o tamanho e magnetude que temos.
Ela resmungou e andou, batendo os sapatos no chão, subindo a escada.
— Você não deveria deixar essas coisas subirem a sua cabeça. — Nala disse, balançando Matteo.
— Não deixo, Nala! — Eu suspirei. — Mas essa mulher… sabe quando alguém te irrita ao máximo? Te deixa no seu limite?
— Sei, sei sim! — Soltei um longo suspiro. — A senhora tem que ser calma não deixar ela irritar você, é isso que ela quer.
— Sim, eu sei. — Sussurrei. — E como eu sei.
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