CAPÍTULO 5

1420 Words
— Para onde eu vou? – Pergunto minha voz já está chorosa por causa do medo. —Pouco me importa só quero você fora da minha casa. Sinto meu rosto molhar com as lágrimas, eu já morei na rua e não quero repetir esse acontecimento novamente, eu pensava que morar com uma prostituta era r**m até eu ir para rua, foi humilhante ter que voltar para casa da minha tia, vai ser humilhante ter que implorar para ele não me expulsar ou me vender novamente. — Por favor não. Eu vou me comportar, desculpe ter te agredido... por favor me deixe ficar. – Eu já chorava descontroladamente, pelo medo e pôr a humilhação que ele estava me fazendo passar. — Senhor, podemos conversar? – Disse o Sr. Júlio. — Não tem o que conversar, Júlio. – Ele disse sem desviar seus olhos raivosos de mim. O choro só aumenta. — Felipe – desta vez o Sr. Júlio usou um tom autoritário que fez Felipe olha-lo e abaixar a cabeça como se estivesse concordando com algo. Esse Senhor tinha um poder incalculável sobre esse homem. — Venha até o meu escritório. – Ele se virou e saiu. — Fique calma, vou conversar com ele e não chore mais. – Ele limpou o meu rosto e saiu da cozinha. Meu Deus, por favor não deixe que ele me expulse. Repeti essa frase umas mil vezes. Eu queria sair daqui, mas me lembrei dos dias que eu passei na rua e não posso sair daqui sem ter outro lugar para ir. Estava muito inquieta pela demora deles, resolvi começar a limpar a bagunça que eu e Sr. Júlio tinha feito. Depois de quase uma hora terminei de arrumar tudo. Termino de colocar a mesa, tentando me lembrar de todas as instruções do Senhor Júlio, estava terminando de arrumar a mesa quando o Sr. Felipe e o Sr. Júlio entraram na sala, fiquei imóvel diante do olhar de Felipe. — Você pode ficar, mas aviso que esta foi a primeira e última chance, na próxima eu mesmo te jogo na rua. Há e você não é ninguém para me dar lições de moral e muito menos me agredir. – Me senti humilhada. Entretanto não podia contrariá-lo simplesmente confirmo com um leve aceno. — Que bom que entendeu, agora sente-se e poderemos começar a jantar. – Não entendi o que ele estava falando, olhei para o Sr. Júlio e ele confirmou com a cabeça se sentando , fui até a cozinha e peguei mais um prato e talheres. Começamos a comer, sem trocar uma palavra. — Júlio, amanhã eu vou até a empresa preciso que você me acompanhe. — Sim senhor. Você ficará bem Leane? – Júlio pergunta eu levanto a cabeça e fito seus olhos. — Sim, Sr. Júlio – digo baixinho. Quando estávamos terminando o jantar, escutamos um barulho de vidro se quebrando. Nos abaixamos e o Felipe puxa uma arma que não faço a menor ideia de onde saiu. — Felipe, você não deve ir deixe que os seguranças cuidem disso. – Não entendia nada do que o Sr. Júlio estava falando. — Olha para mim e me diz se tenho cara de homem que se esconde. – Ele fitou o Sr. Júlio por alguns segundos com uma sobrancelha levantada e um sorriso de lado. Tudo aquilo parecia deixá-lo e******o. — Foi isso que eu pensei, agora fique atrás da parede e leve-a junto com você. Volto em alguns minutos. – dito isso ele saiu devagar até perdemos de vista, o que está acontecendo aqui? — O que está acontecendo, Sr. Júlio? — Nada que você deva se preocupar, Leane. — Como não me preocupar, escuta esses barulhos são de tiros não são? – Pergunto me encolhendo com som horrível. — Fique calma, querida está tudo sob controle. – Ele me abraçou e ficamos em silêncio só ouvido o som de tiros e coisas se quebrando. escuto gritos agonizantes e fiquei em alerta. Depois ficou um silêncio total como se não existissem uma única vida no quarteirão. — Ele sempre foi assim ? — Quem ? — O Senhor Felipe. Ele se senta à mesa com os empregados ? – Aponto para nós dois. — Corre para o meio de um tiroteio e grita? — Não. Ele está nervoso com sua presença por esse motivo ele grita. Ele não gosta de fazer suas refeições sozinho. Não questione sobre isso, Felipe é uma pessoa boa e se fizer o que ele pedir vai ser melhor para todos. Depois de quase meia hora de silêncio total escutamos a porta se abri. — Júlio – Felipe chama sua voz grossa bem perto de onde estamos. — Aqui. — Pode se levantar agora, estão seguros. – Ele sacode levemente o Sr. Júlio que já estava dormindo. Estava terminando de vestir o meu pijama, quando escuto uma batida na porta. — Entre. – pelo espelho vejo o Senhor Júlio entrando no quarto, continuo a escovar o meus cabelos. — Oi. — Oi Sr. Júlio, está tudo bem? — Claro. Só vim te deixar esta lista para que você possa ir ao mercado amanhã. – Não consigo disfarçar a emoção que sinto ao saber que vou sair. Não posso fugir sem ter outro lugar para ir, até agora não tive problemas se ele fosse mesmo me violentar já teria feito, o Felipe já sabe o que terá se tentar algo comigo novamente. — Sr. Júlio eu não sei ir sozinha a lugar nenhum nesta cidade. – O alívio em sua voz é nítido. Esse senhor por alguma razão decidiu me proteger. — Não se preocupe. Mandarei que um dos seguranças da casa te acompanhe. – As lembranças de Sérgio o segurança que foi me buscar, me causa choque. Minha cabeça não estava se recuperando bem. — Não. Senhor Júlio... Ele não ! – Não estava conseguindo falar, os olhos daquele homem demostrava toda a sua frieza. Estava a ponto de ter uma crise, fui trazida à realidade pelo toque gelado das mãos do senhor atrás de mim. — Fique calma. Não será o Sergio que irá com você. — Então quem será? — Você pode não ver mais aqui tem outros seguranças. — Então deixe a lista, que amanhã sairei para compra o que for preciso. O Sr. Júlio me explica como funciona tudo e que não será preciso que eu levante tão cedo. Diz que é necessário que eu coloque as coisas do andar de baixo no lugar, assim como um dos quartos. Ele me dá um envelope com bastante dinheiro e me entrega outras notas. — Compre algo para você. •+•+•+• Acordei as nove tomei um banho vesti um vestido azul com pequenas flores brancas. Não tinha ninguém em casa, a casa ficava muito estranha sem ninguém ali. Sem a presença imponente do Senhor Felipe. — Oi. – Alguém fala atrás de mim. — Ahhhh... – grito assustada. — Calma, só vim te acompanhar para irmos ao mercado. – Disse um rapaz alto e magro de um metro e setenta e cinco mais ou menos, ele vestia um paletó feito sob medida, os cabelos loiros cortado de um jeito militar. E um sorriso incrível. — Desculpe. – Ele levantou as mãos se rendendo, o rosto ganhando um tom de vermelho. — Não foi nada... Vamos? Espere só vou pega a minha bolsa há... — Levi. Esse é o meu nome... Levi. — Leane – estendi minha mão e ele a aperto. Fomos ao mercado e compramos tudo o que estava na lista, estávamos voltando para o lugar onde o Levi havia deixado o carro quando vi algo se mexendo dentro de uma caixa. Dentro da caixa está a coisa mais fofa que já vi, tão lindo. Ele estava encolhido sobre um pano sujo, peguei ele na minha mão, seus miados são altos ele é tão peludo parecia uma bolinha. — Senhorita? – Levi me chama, já se aproximando de onde estou. — Vamos voltar e ir até o mercado e comprar coisas para ele – estava decidida e ia levar ele para casa. — Acredito que lá não venda muita coisa para animais.– Olhei para ele e sorri. — Você sabe onde posso compra algo para ele ? Hum será que é uma fêmea ou um macho? – Viro o gatinho mais não sei diferenciar. — Vamos colocar as compras no carro e vamos até o pet shop da esquina. – Ele sorri e me simpatizo com o rapaz.
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