CAPÍTULO 6

2440 Words
Dentro do carro, Levi continuou em silêncio, só observando os carinhos que faço no meu gato. — Posso perguntar uma coisa, senhorita? — Claro Levi, não precisa me chamar de senhorita me chama apenas de Leane. Sou apenas uma empregada como você. — Você já pensou como o Sr. Montenegro irá reagir diante o Snow ? – Snow era o nome que nos dois havíamos escolhido, sua pele branquinha parecia a neve e Levi que já havia visto a neve disse que esse era um bom nome. Mas merda ainda não tinha pensado nisso, aquela casa não é minha, nunca vi um animal lá e sei que nem eu sou bem-vinda naquela casa, imagina o meu gato. Mas eu não poderia deixá-lo na rua, ele é muito pequeno e iria morrer. — Ah... aquela casa é grande ele nem irá percebê-lo e além disso o meu Snow vai se comportar. Não é meu, Fofinho? — falo fazendo carinho na cabecinha dele. — Se você está dizendo senh... Leane – ele dá um sorriso e eu retribuo. Depois de quase duas horas chegamos em casa. Levi leva as compras para dentro e se despedi de mim, ele é um rapaz muito divertido. Coloco o Snow no chão e começo a guardar as compras, as vezes me distraindo com meu novo bebê , termino de guardar tudo e passo a fazer os serviços da casa, arrumo tudo em baixo e passo lá para cima, sempre levando o Snow comigo, entro no quarto de Felipe e observo tudo tem uma cama enorme, as paredes são cinzas assim como os lençóis e cortinas, tem duas portas que não faço a mínima ideia de para onde vai ou o quê há atrás delas. Abro a primeira e vejo tantas roupas que é como se eu tivesse entrando em uma loja. Inúmeros ternos, sapatos, gravatas... tantas coisas que parecia impossível alguém necessitar de tudo aquilo. O closet dele com certeza é maior que o quarto que estou. Fecho a porta e abro a outra, a curiosidade me levando a descobrir tudo nessa casa, o banheiro é coberto de azulejos azuis e brancos tem uma banheira, uma pia linda e um vaso. Tudo organizado, até mesmo o banheiro ele não parece o homem organizado, mas me surpreendi. Talvez alguém fizesse tudo o que agora eu era designada a fazer. Arrumei tudo e saio o mais depressa dali. Limpei os corredores. Essa casa imensa era bem mais fácil de cuidar do que o da minha tia. Estava faminta, mas antes tomei um banho vesti uma regata preta e uma saia branca, fiz um coque em meus cabelos peguei minha sandálias. Gosto das roupas que o Senhor Júlio conseguiu. Snow estava deitado no sofá sorri e fui para cozinha. Teria que deixar tudo organizado, queria mostrar para essas pessoas que eu posso fazer esse trabalho. Estava fazendo o almoço quando o telefone tocou, corri e atendi. — Alô. — Oi Leane. —Oi Sr. Júlio aconteceu algo? — Não querida só liguei para dizer que não iremos almoçar em casa, Leane será que você consegue preparar um jantar para o amigo do Felipe que irá jantar hoje com a gente. — Ham... — Já teve muito trabalho, posso pedir para outra pessoa fazer se for o caso. — Não é isso Sr.Júlio é que... — O que foi querida? — Não sei fazer muita coisa. — Ah... não se preocupe tem um livro com muitas receitas na segunda gaveta do armário. Prepare o que gostar do livro. — Humm... Está bem então tchau, Sr. Júlio. — Tchau querida qualquer coisa me ligue meu número é o primeiro da agenda. — Sim Senhor. Merda e agora espero que esse jantar seja maravilhoso não quero problemas com o Sr.Nervosinho, fui até a cozinha e encontrei o livro que o Sr. Júlio disse, eu sei ler apesar de ter cursado até o sétimo ano, eu era uma garota dedicada aos estudos gostava de lê, mas o meu único livro ficou na casa da minha tia . Olho algumas receitas enquanto almoçava, tudo que contém no livro é muito complicado. Olho para a enorme geladeira e sei que tudo o que eu possa precisar encontrarei. Terminando o meu almoço me apressei em fazer o jantar. Arroz com lulas em vinho tinto como prato principal e uma salada verde como entrada, como sobremesa teve algo que me chamou, brigadeiro o doce preferido da minha mãe, alguns dias antes do falecimento dela, nos duas preparamos o doce juntas. Eu mesma faço o doce, antes mesmo de preparar o prato principal, os únicos confeitos eram os coloridos. Coloquei todas as bolinhas em umas taças etiquetadas para sobremesa. Como uma estava muito curiosa, me surpreendi o gosto está fantástico. Isso melhoraria o humor de Felipe. °°° Terminei tudo já era quase dezenove horas, peguei o Snow do chão e corri para o quarto tomei um banho relaxante , não sabia o que vestir olho o guarda roupa, tantas roupas agora. Escolho um vestido preto de alças finas, ele é justo até o meio da minha barriga, a parte de baixo é mais solta, uma renda transparente cobria o vestido, achei prefeito . — Agora os sapatos. – Falo em voz alta. Escolho um de salto alto vermelho muito bonito. A questão agora era o cabelo resolvo fazer uma trança escamada, adorava quando minha mãe fazia tranças em mim, sem perceber já estava chorando. Para que eu estava me arrumando ? Nem sabia se poderia jantar com eles hoje. Guardo tudo no guarda roupa, peguei uma camisola branca e uma lingerie rosa de renda. Olho minha roupa pendurada no cabide, a única que é verdadeiramente minha. Visto-me com as roupas que me foi dada pelo Senhor Júlio e me deito, chorei até que apaguei. — Querida acorde ... — Ah. – acordei assustada com o Sr.Júlio me sacudindo, tenho que lembrar–lo de não me acordar assim. Snow estava deitado ao meu lado, ele também se assustou, o mesmo cambaleava pela cama, procurando um bom lugar para voltar a dormir. — Desculpe. Não queria te assustar. — Ele que parece assustado agora. — Não foi nada, Sr.Júlio precisa de algo? que horas são ? — São 20:00h, você ainda não se arrumou? — Ele pergunta olhando o jeito que eu estou vestida. — Acho que não será preciso a minha presença. — Espero que não, devo estar horrível. — Claro que será preciso. Você não deve falar nada sobre como veio para cá. Faça isso por mim, tenho mais culpa do que qualquer pessoa nesse assunto . O que é isso ? — ele aponta para o Snow . — Este é o Snow, meu gato. Está bem não falarei nada. — espero que o Sr. Júlio não se incomode com o Snow. Seria uma troca, ficaria calada e ele também sobre meu novo animal. E julgando por sua expressão ele havia intendido. — Ele é muito bonito, você quer que eu compre algo para ele ? — Ele acaricia o animal que parece ter encontrado o céu nas mãos do Senhor. — Não. Já comprei com o dinheiro que o senhor me deu. — Você tem que se arrumar, deixe que eu termino lá em baixo. — Ele não deu tempo para que eu pudesse protestar, me deixando sozinha com o que quer que eu pudesse falar, levanto e vou ao banheiro lavo o rosto e penteio os cabelos, a única coisa capaz de disfarçar a o inchaços do meu rosto é deixando meus cabelos soltos Visto a roupa que já havia escolhido, agora usando um pouco de maquiagem. O batom vermelho é convidativo demais para não usá-lo. Saio do quarto e fui em direção as escadas, imaginando o momento exato em que eu seria a dona da minha vida. Que poderia ter uma casinha e ir ao parque. Sorrio diante ao pensamento de não imaginar ninguém ao meu lado, nada de príncipes encantados, apenas eu e o meu gato. Felipe está de costas para a escada, caminho o mais lentamente possível, desejando apenas que ele não me visse ir para a cozinha. Um rapaz alto um pouco musculoso, cabelos pretos, olhos cor de chocolate, vestindo uma blusa azul e calça Jens branca e sapa tênis. Ao contrário de Felipe esse rapaz emanava paz e sorrisos, ele entrega a bebida para Felipe, mas seus olhos se mantém presos aos meus e eu fico parada apenas o olhando também. — Que linda! – depois do que pareceu uma eternidade ele fala, no mesmo instante os olhos de Felipe estão sobre mim. — p**a que pariu! Felipe Estava revisando alguns processos quando a porta se abre, ninguém podia entrar na minha sala sem antes ser avisado, olho e vejo meu amigo Pedro já faz três anos que eu não o vejo. Pedro é como um irmão para mim, ele morava na casa ao lado da minha, nos conhecemos desde que tínhamos onze anos. — A seu desgraçado! Não vai me dá um abraço? – o sorriso nunca abandonando seu rosto. — Graveto, que saudades, como você está ? – Ter meu amigo aqui me faz sentir uma felicidade que a muito tempo não sentia. — Não sou mais aquele moleque. Eu estou muito bem como pode ver. – Ele da uma volta, exibindo o quanto havia mudado. Antes era um garoto magricela, parece que alguém havia se dedicado a prática de esportes. — Já encontrou a mulher que amoleceu seu coração ? — ele sempre falava de Mari, ele me ajudou a procurar por ela por alguns meses, depois que soube o que realmente havia acontecido eu me senti envergonhado e não contei nada a ele. Abraço forte meu amigo e indico para que se sente. Minha secretária está parada a alguns metros de distância parecendo prestes a chorar. Aceno para ela e a mesma entendi que já não estou mais disponível hoje. Fecho a porta. — Você ainda acredita em papai Noel e coelho da Páscoa e você já encontrou alguma mulher, graveto ?— digo me lembrando de um papo que ele dizia de mulher perfeita. — Já sim. — O que! É sério? — ele recebe toda a minha atenção agora. — A minha mãe. Depois sou eu que acredito em conto de fadas. — Atiro uma caneta em sua direção, o mesmo ri e desvia do objeto. Pedro sempre foi alguém com quem contar, ele é meu único e melhor amigo. Uma única coisa ele não sabia sobre mim ou não sabia tudo. Já que ele conheceu Mari, todas as pessoas importantes para mim sabia dela. Antes ela era o meu mundo, tudo na minha vida começava e terminava naquela mulher. — Você não mudou nada. Você é infantil e mimado, Felipe. — Acho que você se auto-descreveu, graveto. – Ele mostra o dedo do meio. O assunto agora é como foi sua viagem à Itália. Minha mãe morava lá e sempre gostou muito de Pedro o mesmo conseguiu abrir um escritório lá. Fomos a um bar, nossa conversa girando em torno de trabalho, não queria entrar no assunto Mari, se surgisse teria que contar tudo à ele e sei que não seria agradável. — Cadê suas malas ? — Já mandei para sua casa. — Vamos para casa então. No caminho para casa instruir Júlio a manter a garota longe e orientá-la a manter a boca fechada. Pedro não precisou que eu o ajudasse ou mostrasse a casa, ele mesmo foi na frente indo para o quarto que já o pertencia. Não costumava vir para casa cedo, então vou direto para o meu quarto. Olho para o meu quarto, tentando encontrar o que estava errado. Abro meu armário e o mesmo continua intacto, uso o código para abrir o cofre e não encontro nada errado. Aquela garota não se atreveria, tiro a roupa e vou para o banheiro a primeira coisa que vejo na pia é um grampo. O grampo que ela estava usando na noite passada. O impulso de ir até lá e exigir saber o que ela estava fazendo no meu quarto me consome, no entanto coloco o objeto novamente sobre a pia e começo o meu banho. Visto algo informal, tudo o que queria era bater na porta do quarto dela e exigir explicações. Ela sempre fica assustada quando estou perto, seu rosto angelical não é e nem muito menos vai ser um empecilho para quando eu quiser falar. Prometi a Júlio que seria paciente com a jovem. Ando rápido pelo corredor ignorando a porta sem uma tranca do quarto, ela estava aqui em cima por ser impossível de fugir, seu quarto era o último do corredor, as janelas e sacada foram trancadas, para sair pelo portão principal precisaria passar pela segurança e a saída dos fundos teria que passar por Júlio. Uma merda quando concordei com esse plano, agora essa garota poderia levar tudo isso a mídia e eu poderia até ser preso, sem contar que estaria exposto e acabaria matando a minha mãe enfartada. Felipe Montenegro compra um ser humano, e a manteve em cativeiro... — Venha beber comigo? – Pedro me tira dos meus devaneios. Me sento ao seu lado no sofá, e aceito a bebida que ele me oferece. Uísque, quando éramos adolescentes fingíamos que já éramos adultos, eu sempre roubava a garrafa de uísque do meu pai, nos dois bebíamos no quintal, uma dose cada um. Nunca fomos descobertos, nem mesmo quando Pedro ficou tão bêbado que tive que carregá-lo até sua casa. — Sua mãe quer que você vá até ela no Natal, jurou que se não fizer isso ela irá da a surra que você nunca recebeu. Ela puxou a minha orelha. Imaginar Rose, uma mulher de um metro e cinquenta e cinco, puxar a orelha de um marmanjo de quase dois metros, me faz rir. Não eu gargalho, minha mãe é capaz disso e muito mais. — Já acabou ? Estou morrendo de fome. Ele se levanta e antes que ele possa ir até a cozinha e encontrar aquela menina eu o paro. — Estamos com uma nova funcionária, uma ajudante para o Senhor Júlio. Não sei se vamos comer aqui. Pensei em jantarmos fora. — Que gata! Me viro para ver Leane, ela estava alguns passos de nós, vestindo um vestido preto com alças finas, o vestido é muito curto mostrando muito das suas coxas, saltos vermelhos, seus cabelos caindo em cascata sobre os ombros, ela não usava sutiã, está com um batom vermelho que estava me deixando louco, a única coisa que saiu foi. — p**a que pariu!
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