Ele Não Tem Culpa

1191 Words
Lailah - Ficar ignorando a minha existência não fará com que eu desapareça. Márcio Eu não aguento mais essa situação. - Se você quer me matar faça logo. Lailah olha para o homem que está parado olhando para o próprio corpo preso a cama de hospital e cheio de aparelhos. Lailah - Não é assim que as coisas funcionam. - Tudo tem a hora certa. Márcio - Eu odeio você. Lailah sorri de lado. - Não é a primeira pessoa que me diz isso e sei que não será a última. Antes que Márcio possa dizer ou fazer qualquer coisa. O anjo abre as asas desaparecendo rapidamente. A porta do quarto do amigo de Evelyn se abre e a médium e a esposa entram no local. Evelyn se apróxima do corpo do amiga na cama e segura a sua mão. Evelyn - Estou de volta e vou ficar aqui até que você saia desse maldito hospital. - Trata de melhorar logo pois, o café desse lugar é horrivél. Márcio sorri, tenta tocar no ombro da amiga mas sua mão atravessa o corpo da mulher. - Maldita projeção astral. Evely olha para a esposa que está atrás dela, a abraçando pela cintura. - Amor você ouviu isso? Carla levanta uma sobrancelha. - Não amor eu não ouvida nada, além do barulho desses aparelhos presos ao Márcio. Márcio. - Sou eu amiga. - Evelyn to aqui - Olha para mim. - Lailah! Lailah Ele grita o nome da anjo, que aparece atrás dele o assustando. Lailah - O que você quer? - E não grita por que não sou surda. Márcio - Por que a Evelyn não consegue me ver? - Ela fala com espíritos o tempo todo, mas não consegue falar comigo? Evelyn coloca as duas mãos nos ouvidos, os tampando. Carla olha para esposa com uma expressão de preocupação. - Amor o que está acontecendo? Evelyn - Eu não sei explicar, é como se um espírito tentasse se comunicar comigo e não conseguisse. Carla - Estranho! Você nunca teve problemas para falar com eles antes. Evelyn - Eu não faço ideia do que possa estar acontecendo. - Nessas horas queria que o meu pai estivesse aqui, ele saberia como me ajudar. Carla dá um abraço apertado na esposa, dando um beijo em sua testa e em seguida um selinho rápido. - Amor eu vou ter que voltar para a delegacia. Evelyn - Tudo amor, obrigado por ter me buscado na rodoviária. Carla beija a esposa apaixonadamente. - É o mínimo que faço pela minha mulher. - Tem certeza que ficará bem aqui? Evelyn - Sim meu amor. - Pode ir trabalhar sossegada, qualquer coisa eu te ligo. Carla acena para a mulher positivamente com a cabeça e depois sai do quarto, assim que a policial sai Lailah aparece na frente da medium a assustando. - Mas que merda Lalilah! - Quer me matar de coração? Lailah sorriu. - Esse é seu jeito de dizer que sentiu saudades de mim? Evelyn revira os olhos - Saudades de você? - Nunca, até porquê você só me traz problemas. Lailah se aproxima da mulher, tocando em seu rosto com as pontas dos dedos. - Não seja injusta. - Admita eu trouxe mais emoção para sua vida. Evelyn senti um arrepio subir por todo seu corpo ao ser tocada, pela anjo. Ela se afasta de Lailah. - Tem mas alguém aqui conosco? Márcio começa a pular na frente da amiga, igual uma pipoca. - Eu, eu tô bem aqui. - Olha para mim. Lailah começa a rir do desespero do homem, que se irrita e mostra o dedo do meio para ela. - Para de ser patetíco. - Não percebeu que ela não consegui te ver? Evelyn - Com quem você está falando? - Que espírito é esse que eu não posso ver? Lailah coloca uma mão no queixo e outra na cintura. - Essa é uma longa história. Então ela explica a Evelyn que Márcio está tendo uma esperiência extracorporal, a médium pisca os olhos algumas vezes tentando assimilar, tudo que acabou de escultar. Evelyn - Se o espírito do Márcio está aqui. Por que não consigo ve-lô? - E nem consigo entender o que ele fala? Pra mim é só ruído. Márcio - Eu também quero entender isso. Lailah - Isso acontece porquê o espírito dele está fraco, para conseguir se comunicar claramente com alguém que está vivo. - Bom eu consigo falar com ele, porque eu sou eu. Ela fala abrindo um sorri sarcástico vendo os amigos, revirarem os olhos. Márcio - Você bem que poderia me ajudar a falar com ela? Lailah - E lá tá achando que sou pombo correio por acaso? Evelyn - O que está acontecendo? Lailah - O seu amiguinho quer que eu intermedie uma conversa entre vocês. Evelyn - Você bem que poderia fazer isso? - Nos ajudaria muito. Lailah olha para Evelyn da cabeça aos pés. - Até parece não me conhece. - Não sou menina de recado de ninguém, nem mesmo de você senhorita Davis. Ela desaparece. Evelyn respira fundo. - Márcio, eu sei que você pode me escultar. - Eu prometo que não irei dessistir de você amigo, nunca. Ela toca na mão do homem e beija a sua testa. O espírito dele sente o toque da amiga e ele chora emocionado. Evelyn sai um pouco do quarto e começa a caminhar, pelos corredores do hospital quando vê o espírito de homem com um buraco feito por bala no meio da testa, ela se assusta e desvia o olhar. Ela vê o espírito de uma mulher jovem de aparentemente 19 anos, cabelos ruivos, pele clara, olhos verde. A garota está brava ela tenta falar com uma mulher, mas velha que não consegue vê-la. - Me esculta por favor, você está entendendo tudo errado! - Ele não é o culpado. Mas a mulher com quem a fantasma está falando não a esculta, o que a deixa bem irritada. - Mas que droga. - Será que ninguém consegue me ver? O espírito grita fazendo com que as luzes do hospital comecem a pesquisar. Então ela olha na direção de Evelyn que a encarava. Ela some e depois aparece na frente da médium que leva um susto, e caí sentada. - Você consegue? Evelyn acena positivamente com a cabeça. - Me chamo Priscilla, eu preciso que você me ajude. Evelyn sorri timidamente. - Eu só a Evelyn, e é isso que faço ajudo espíritos como você. - Que estão presos na terra, para que eles possam fazer a passagem para a luz. - Me diz como posso te ajudar? Priscilla - Aquela senhora com quem eu estava tentando, falar se chama Marisa Santos é a minha mãe. - Eu preciso que ela entenda que a minha morte não foi culpa do Julio. Evelyn - Preciso que me conte exatamente o que aconteceu? - E só assim saberei como te ajudar. Priscilla - Eu morri nesse hospital hoje de manhã. - Não lembro o que aconteceu comigo. - Como vim parar aqui, mas sei quem que o Julio não tem culpa. - Ele não tentou me matar.
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