Lailah
- Ficar ignorando a minha existência não fará com que eu desapareça.
Márcio
Eu não aguento mais essa situação.
- Se você quer me matar faça logo. Lailah olha para o homem que está parado olhando para o próprio corpo preso a cama de hospital e cheio de aparelhos.
Lailah
- Não é assim que as coisas funcionam.
- Tudo tem a hora certa.
Márcio
- Eu odeio você.
Lailah sorri de lado.
- Não é a primeira pessoa que me diz isso e sei que não será a última.
Antes que Márcio possa dizer ou fazer qualquer coisa. O anjo abre as asas desaparecendo rapidamente.
A porta do quarto do amigo de Evelyn se abre e a médium e a esposa entram no local. Evelyn se apróxima do corpo do amiga na cama e segura a sua mão.
Evelyn
- Estou de volta e vou ficar aqui até que você saia desse maldito hospital.
- Trata de melhorar logo pois, o café desse lugar é horrivél.
Márcio sorri, tenta tocar no ombro da amiga mas sua mão atravessa o corpo da mulher.
- Maldita projeção astral.
Evely olha para a esposa que está atrás dela, a abraçando pela cintura.
- Amor você ouviu isso?
Carla levanta uma sobrancelha.
- Não amor eu não ouvida nada, além do barulho desses aparelhos presos ao Márcio.
Márcio.
- Sou eu amiga.
- Evelyn to aqui
- Olha para mim.
- Lailah! Lailah
Ele grita o nome da anjo, que aparece atrás dele o assustando.
Lailah
- O que você quer?
- E não grita por que não sou surda.
Márcio
- Por que a Evelyn não consegue me ver?
- Ela fala com espíritos o tempo todo, mas não consegue falar comigo?
Evelyn coloca as duas mãos nos ouvidos, os tampando. Carla olha para esposa com uma expressão de preocupação.
- Amor o que está acontecendo?
Evelyn
- Eu não sei explicar, é como se um espírito tentasse se comunicar comigo e não conseguisse.
Carla
- Estranho! Você nunca teve problemas para falar com eles antes.
Evelyn
- Eu não faço ideia do que possa estar acontecendo.
- Nessas horas queria que o meu pai estivesse aqui, ele saberia como me ajudar.
Carla dá um abraço apertado na esposa, dando um beijo em sua testa e em seguida um selinho rápido.
- Amor eu vou ter que voltar para a delegacia.
Evelyn
- Tudo amor, obrigado por ter me buscado na rodoviária.
Carla beija a esposa apaixonadamente.
- É o mínimo que faço pela minha mulher.
- Tem certeza que ficará bem aqui?
Evelyn
- Sim meu amor.
- Pode ir trabalhar sossegada, qualquer coisa eu te ligo.
Carla acena para a mulher positivamente com a cabeça e depois sai do quarto, assim que a policial sai Lailah aparece na frente da medium a assustando.
- Mas que merda Lalilah!
- Quer me matar de coração?
Lailah sorriu.
- Esse é seu jeito de dizer que sentiu saudades de mim?
Evelyn revira os olhos
- Saudades de você?
- Nunca, até porquê você só me traz problemas.
Lailah se aproxima da mulher, tocando em seu rosto com as pontas dos dedos.
- Não seja injusta.
- Admita eu trouxe mais emoção para sua vida.
Evelyn senti um arrepio subir por todo seu corpo ao ser tocada, pela anjo. Ela se afasta de Lailah.
- Tem mas alguém aqui conosco?
Márcio começa a pular na frente da amiga, igual uma pipoca.
- Eu, eu tô bem aqui.
- Olha para mim.
Lailah começa a rir do desespero do homem, que se irrita e mostra o dedo do meio para ela.
- Para de ser patetíco.
- Não percebeu que ela não consegui te ver?
Evelyn
- Com quem você está falando?
- Que espírito é esse que eu não posso ver?
Lailah coloca uma mão no queixo e outra na cintura.
- Essa é uma longa história.
Então ela explica a Evelyn que Márcio está tendo uma esperiência extracorporal, a médium pisca os olhos algumas vezes tentando assimilar, tudo que acabou de escultar.
Evelyn
- Se o espírito do Márcio está aqui. Por que não consigo ve-lô?
- E nem consigo entender o que ele fala? Pra mim é só ruído.
Márcio
- Eu também quero entender isso.
Lailah
- Isso acontece porquê o espírito dele está fraco, para conseguir se comunicar claramente com alguém que está vivo.
- Bom eu consigo falar com ele, porque eu sou eu.
Ela fala abrindo um sorri sarcástico vendo os amigos, revirarem os olhos.
Márcio
- Você bem que poderia me ajudar a falar com ela?
Lailah
- E lá tá achando que sou pombo correio por acaso?
Evelyn
- O que está acontecendo?
Lailah
- O seu amiguinho quer que eu intermedie uma conversa entre vocês.
Evelyn
- Você bem que poderia fazer isso?
- Nos ajudaria muito.
Lailah olha para Evelyn da cabeça aos pés.
- Até parece não me conhece.
- Não sou menina de recado de ninguém, nem mesmo de você senhorita Davis.
Ela desaparece. Evelyn respira fundo.
- Márcio, eu sei que você pode me escultar.
- Eu prometo que não irei dessistir de você amigo, nunca.
Ela toca na mão do homem e beija a sua testa. O espírito dele sente o toque da amiga e ele chora emocionado. Evelyn sai um pouco do quarto e começa a caminhar, pelos corredores do hospital quando vê o espírito de homem com um buraco feito por bala no meio da testa, ela se assusta e desvia o olhar. Ela vê o espírito de uma mulher jovem de aparentemente 19 anos, cabelos ruivos, pele clara, olhos verde. A garota está brava ela tenta falar com uma mulher, mas velha que não consegue vê-la.
- Me esculta por favor, você está entendendo tudo errado!
- Ele não é o culpado.
Mas a mulher com quem a fantasma está falando não a esculta, o que a deixa bem irritada.
- Mas que droga. - Será que ninguém consegue me ver?
O espírito grita fazendo com que as luzes do hospital comecem a pesquisar. Então ela olha na direção de Evelyn que a encarava.
Ela some e depois aparece na frente da médium que leva um susto, e caí sentada.
- Você consegue?
Evelyn acena positivamente com a cabeça.
- Me chamo Priscilla, eu preciso que você me ajude.
Evelyn sorri timidamente.
- Eu só a Evelyn, e é isso que faço ajudo espíritos como você.
- Que estão presos na terra, para que eles possam fazer a passagem para a luz.
- Me diz como posso te ajudar?
Priscilla
- Aquela senhora com quem eu estava tentando, falar se chama Marisa Santos é a minha mãe.
- Eu preciso que ela entenda que a minha morte não foi culpa do Julio.
Evelyn
- Preciso que me conte exatamente o que aconteceu?
- E só assim saberei como te ajudar.
Priscilla
- Eu morri nesse hospital hoje de manhã.
- Não lembro o que aconteceu comigo.
- Como vim parar aqui, mas sei quem que o Julio não tem culpa.
- Ele não tentou me matar.