Nunca gostei que a minha mãe trabalhasse tanto, mas saber que naquela semana não ia ter jantares surpresa era de facto maravilhoso para mim, Clara e Diego não teriam motivo para cá vir o que me dava tempo para conseguir afastar-me dele e tirar da minha cabeça este sentimento inexplicável!
Encontro-me com Mel no pátio lá estava com Jim e Sam! Cumprimento a todos e ficamos na conversa enquanto acabo de comer a minha maça! Quando a campainha de sinal de entrada toca, despedimo-nos rapidamente uns dos outros.
Mel Não veio comigo pois resolveu experimentar moda esta semana, sinceramente acho que ela vai gostar e será mais a cena dela!
Quando entro Diego já está no quadro a escrever o nome dos deuses gregos, elos vistos hoje a aula vai ser interessante, adoro a história de cada um!
Sento-me disfarçadamente a um canto de forma a não ficar na sua de visão.
Passo imediatamente o que escreveu no quadro, oiço atentamente tudo o que ele explica com tanto entusiamo e alegria, reparo nos lugares a frente cheios de colegas minhas a babar pelo físico do nosso professor.
Diego prepara a tela, vamos ver um documentário, começa a subir na minha direção e é quando percebo que o sitio escondido que escolhi é onde o retroprojetor está instalado!
Passo a mão no rosto sentindo-me uma i****a quando Diego se senta ao meu lado enfurecendo as minhas colegas de sala e sorri para mim!
-Quanto mais foges de mim, mais o destino nos junta Petra!
-Quem disse que estou a fugir?
- O teu corpo...
Corei e estremeci por completo, o documentário continuava a passar mas a minha cabeça estava em todo lugar menos concentrada naquela tela!
Tentava disfarçar... mas Diego estava praticamente deitado na cadeira sempre com os olhos postos em mim, só pensava se aquilo ia demorar a acabar.
-Podes por favor parar- Sussurrei-
-O que é que estou a fazer?
-Estás a olhar-me fixamente e isso enerva-me.
-Enerva-te ou gostas e não sabes como me resistir?
Fiquei furiosa, aproximei-me , Diego endireitou-se para ficar mais perto, a sala estava escura o que nos permitia fazer o que quiséssemos sem ninguém perceber.
-Tenho raiva do género de homem que és.. onde está o teu caracter? Não vales nada, tens namorada e mesmo assim...
Olhei para a sua cara, estava magoado e isso via-se nitidamente, queria ter voltado atrás no tempo, queria mesmo muito, fiquei tão chateada que sentia o meu corpo tenso, os músculos rijos e os meus olhos em chama, Diego olhou-me assustado, olhei a volta e estava tudo parado, o documentário quieto ninguém se movia, o tempo parou naquele instante, Senti a mão de Diego na minha..
-Calma Bê... olha para mim, vá lá... olha para mim...
Senti uma descarga de energia , fiquei fraca e todo o meu corpo cedeu aquela pressão! Imediatamente as vozes voltaram ao normal, os burburinhos dos meus colegas apareceram, tudo estava bem...
Diego pediu-me para não sair da sala... fiquei ali a respirar enquanto ele tratava de terminar a aula, Tinha as restantes horas livres por isso não precisava de sair dali!
Quando todos saíram Diego sentou-se ao pé de mim.
-O que foi aquilo Diego?
-Calma, eu acho que sei... vais sair da escola e eu apanho-te na parte de trás da escola está bem? Vamos conversar sim?
-Mas onde nós vamos?
-Algum sitio calmo..
Saímos, cada um foi para o seu lado, minha mãe hoje estava de plantão por isso não corria o risco de ela notar a minha ausência!
Saí rapidamente e fui até ao local combinado, Diego estava parado em cima da mota, fez-me sinal para me sentar e deu-me o capacete, quando me sentei em cima daquela moto foi como se me sentisse completamente realizada, o ruido causava a adrenalina do meu corpo aumentar, o vento dançava com o meu cabelo, apenas apertei com força a cintura de Diego, e sem ser preciso dizer, como se ele mais uma vez lê-se os meus pensamentos acelerou e curvou pelo alcatrão como se fossemos um só!
Parámos num miradouro de Picoto da Melriça, a vista magnifica, pinheiro é o elemento predominante da vegetação e os ares são puros, encontram-se aldeias que parecem conservadas no tempo, A cerca de 2 km do Centro Geodésico de Portugal .No alto desta serra, encontra-se construído um marco todo branco com cerca de 20 metros de altura, denominado de "Picoto", marcando assim o Centro a nível de coordenadas geodésicas.
Sentamo-nos no chão a ver a vista...
-Isto é lindo...
-Sim... mas não tão lindo como tu...
Corei novamente, porque eu não posso ser uma rapariga normal e fico vermelha por tudo e por nada?!
-O que se está a passar Diego.. tu sentiste o mesmo que eu naquela sala?
-É uma longa historia Petra..
-Por favor eu preciso de saber...
-Quando te conheci não sabia..
-Não sabias o quê?
Diego suspirou e baixou a cabeça, levantámo-nos , subimos umas escadinhas que levavam ao marco que se encontrava bem no centro, sentámo-nos e com as costas encostadas naquele cimento frio, percebi que ele ia começar e resolvi não o interromper em momento algum...
- Poucos sabem o que te vou contar, a maioria que me ouvisse contar esta história iam achar-me doido.. por isso ouve-me até ao fim, mesmo que queiras fugir, deixa-me acabar- senti medo- Não tenhas medo, eu não te faço mal...
-Mas...
-Ouve-me por favor... -Mantive-me em silêncio- há mais de 200anos atrás, 5 famílias descobriram que junto a todos os humanos viviam demónios escondidos entre eles, com medo de perder o que mais amavam, juntaram-se e criaram um conclave, invocaram poderes tão fortes que em troca da alma de um dos seus filhos teriam poderes nunca antes vistos! Assim, pegaram no ultimo bebé que tinha nascido e fizeram um sacrifício- a minha alma gelou- naquele instante 5 colares em forma de pentagrama foram criados - lembrei-me imediatamente do colar do meu pai- esses colares eram passados de pais para filhos para que nunca se esquecessem de que tinham de lutar contra o m*l que rodeava as pessoas que mais amavam! O pai da criança que tinha sido sacrificada nunca se perdoou e suicidou-se, o pentagrama desapareceu nesse instante. Outro nunca teve filhos por isso o colar perdeu o seu verdadeiro valor quando ele faleceu. O terceiro não aguentou os poderes que tinha e matou toda a sua descendência. Sobraram duas famílias ...
Todo o meu corpo estava arrepiado, continuava imóvel, Diego tirou algo das suas calças, parecia um relógio de bolso, virou ao contrario e mostrou-me, na parte de trás daquele relógio estava o pentagrama colado, tirei o meu de dentro da minha camisola e fiquei quieta sem saber o que fazer.. Diego continuou
- Dos dois que ficaram, a magia que tinham era passada de geração em geração unicamente aos seus primogénitos, no entanto, esses poderes só se revelavam depois dos seus 18anos até aos seus 19anos, e nesse período os seus pais ensinavam a usar toda a magia em si e passavam o que tinham aprendido até la, perdendo os poderes para os seus filhos. No entanto, algo se passou, um deles sempre fiel aos seus princípios e valores continuou a usar os seus poderes apenas para lutar contra o m*l, mas o outro obcecado com o poder que podia ter e o que conseguia conseguir, esqueceu-se do motivo pelo qual sacrificaram aquela criança. Assim os demónios perdidos no mundo juntaram-se e foram absorvidos pela sua alma. Daquelas duas famílias Um tornou-se o bem, o outro o m*l, estavam destinados a lutar um contra o outro até a eternidade pois de geração em geração aquele poder seria herdado... A família que herdou a magia n***a caiu numa maldição e para sobreviverem teriam de alimentar todos os seus demónios com sangue...
-Diego o que é que tu estás a querer dizer?
-Eu sinto o que tu sentes, eu oiço o que tu pensas, eu sei que o teu coração está acelerado e a tua pulsação a mil, sei como o sangue dilata nas tuas veias, porque o meu poder é superior ao teu.. porque eu sou o m*l, eu sou o herdeiro do monstro que começou toda esta ruina!
-Tu és doido... eu quero sair daqui...
Tentei levantar-me mas não conseguia, as minhas lagrimas corriam pelo meu rosto, Diego estava calado a olhar para mim mas eu ouvia o que ele dizia apenas na minha mente..
-Quando estou contigo todo o m*l que há em mim parece que se esconde, quando te beijo deixo de ter qualquer poder de controlar-me, eu desejo-te como nunca desejei ninguém! Eu não escolhi ser um monstro Petra.. eu não escolhi isto para mim.. eu tenho as memorias de todos os meus antepassados na cabeça, tal como tu vais aprender a ouvir os teus... as vozes que não se calam quando tenho de me alimentar é insano! Foi aqui que tudo começou por isso vim até cá com esperança que fosse aqui que tudo terminasse, procurei todos estes anos uma cura, um feitiço mas não encontro, só o teu pai sabia como termina tudo isto, por isso eu acho que ele foi morto pelo meu...
-NÃAAAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOOOO
Toda a minha raiva explodiu, como se saíssem sondas do meu corpo uma ventania levantou-se imediatamente e algumas arvores naquela serra caíram...
Diego tocou-me suavemente...
-Olha para mim Bê... olha para mim...
Conseguia ver o reflexo dos meus olhos nos seus, tinha os meus completamente brancos sem a íris a aparecer! Assustei-me com a visão que tinha de mim e abracei Diego com força, perdida e afundada naqueles seus braços senti-me segura, ele não podia ser um demónio...
Perdi-me no tempo, mas quando vi o por do sol a cair larguei-o, Diego não deixou, apenas segurou-me com força, levantou o seu queixo com o dedo, acariciou os seus lábios nos meus, esperou que lhe desse permissão para continuar, sentei-me com uma perna de cada lado no seu colo sem me desencostar dele, acariciei o seu rosto com os meus dedos, e beijei-o. aquele beijo levemente intenso, que prende dois corpos , dois rostos, duas almas. Aquele seu sabor doce percorria os meus lábios, a sua língua brincava com a minha divertidamente enquanto um sorriso encantador despertava a minha atenção. Até quando me beijava era safado. Pensei que não precisava de super poderes para saber que ele me desejava, afinal o m****o dele mostrava bem o quanto estava interessado através do alto que se formava nas suas calças, e foi ai que me lembrei, ele consegue ler a minha mente, afastei-te aturdida e só abri um olho e logo o vi a sorrir descaradamente com aquela sua cara de gozão e com as sobrancelhas arqueadas.
Tapei a minha cara agora bem rosada com as duas mãos... que vergonhaaa...
-Hey, vá lá... qual vergonha, adoro saber o quanto me queres, mas quem devia estar envergonhado era eu, afinal o alto nas calças é meu...
Sorriu imediatamente enquanto tira as mãos do meu rosto e impede-me de lhe dar golpes no peito.
-Vem cá, quero sentir o teu cheiro bem perto de mim αγάπη μου.
-O que isso quer dizer?
-Humm.. vais ter de descobrir...
-Será que consigo ler a tua mente?
-Não...
-Então o que é que eu faço?
-Tu proteges todos os outros de mim..
A sua feição mudou e outrora feliz agora cabisbaixo e triste..
-Não acho que ninguém precise de proteção contra ti...
-Quem achas que é o animal do parque?
Tentei não mostrar que me sentia apavorada, mas sabia que ele ia sentir de qualquer forma. Tentei disfarçar..
-Então quais são os poderes que eu herdei?
-Não sei... mas sei que é na tua cabeça que deverá estar a solução para acabar com toda esta maldição..
-Como assim?
-Nós ficamos com as memórias de todos os nossos antepassados, mas como o teu pai não te pode ensinar e dizer tudo está escondido dentro de ti, e vai aparecendo em momentos de fúria ou medo... mas nunca te esqueças que ninguém pode saber, pois ninguém aguenta o peso desta maldição acabando por morrer!
-Achas que o meu pai sabia o que tinha de ser feito?
-Tenho esperança que sim, ou isso ou arranjou uma forma de "me matar".
O meu corpo arrepiou-se todo e a minha barriga roncou...
-Não é preciso ter-se poderes para se saber que estas com fome... que tal jantar em minha casa?
-Di... e a Clara?
-A Clara e eu terminámos esta manhã, esperei sair da tua casa para falar com ela... depois do que aconteceu connosco não havia maneira de continuar...
O meu coração pulou de alegria, mas tentei esconder toda a minha alegria, estava realmente feliz, será que foi por mim que ele acabou tudo?! Também não vou perguntar..
-Sim.. foi por ti.. e pelo que sinto quando estou perto de ti...
Mordisquei os lábios timidamente estava completamente embaraçada.
-Adoro quando ficas assim.... vamos, vais conhecer a minha casa..
Subimos para aquela bela maquina de duas rodas, e seguimos em direção a sua casa, não consigo descrever a euforia e felicidade que percorrem todo o meu corpo ao sentir aquela moto a acelerar e abrir caminho em cima do alcatrão!
Subimos até ao apartamento de Diego, era simples mas de uma forma elegante, tudo arrumado com alguns pósteres em molduras de motos e frase inspiradoras, m*l entramos deparei-me com vários livros abertos na sua mesa da sala que se encontrava em frente ao sofá, do meu lado direito de frente para a televisão uma porta que dava para o quarto e a casa de banho. A cozinha ficava por trás do sofá e foi para onde Diego se dirigiu m*l entramos. Antes disso descalçou-se e tirou o casaco, poisou as chaves na prateleira a direita da porta da entrada. Descalcei-me e coloquei a minha mala no sofá segui-o para a cozinha, pegou em duas pizzas e pós no forno, voltei para o sofá, tirei o bloco de folhas de desenho e enquanto ele fazia uma salada desenhei-o enquanto o ouvia a falar animadamente de como gosta de comida Italiana.
Quando terminou já tinha um desenho perfeitamente delineado e seria um crime esconde-lo como a todos os outros que tinha feito. Como este homem é lindo!
Percebi que desta vez não estava a ler a minha mente, fui ter com ele, mostrei-lhe o meu desenho...
-Uau, és mesmo muito boa..
-Posso saber como me lês a mente?
-Há alturas que estou tão descontrolado que não consigo..-sorriu-
-Que alturas?
-hummmm queres mesmo saber quais?
-Sim..
-Bem para te ler tenho de estar concentrado na tua mente, mas a maioria das vezes o teu corpo dá-me outros sinais e dico desconcertado com o que estás a senti, por isso perco-me a não consigo recuperar a minha concentração rapidamente..
-Ahhh.. ok... não tinha percebido...
Diego sorriu... pusemos a mesa e sentamo-nos a comer...
-Então e que idade tens tu?
-29.
-Como dás aulas a três disciplinas diferentes e sabes tudo de cor e salteado?
-Bem isso é porque me especializei nas três usando os meus poderes claro, tenho memoria fotográfica, sei tudo o que aconteceu ou as matérias que existem, não te sei explicar, mas está dentro de mim,é natural...
O que é que mais gostas?- Perguntei-
-Motos
-Qual o teu maior sonho?
-Ser normal...
Diego baixou os olhos e levou um pedaço de pizza á boca.... desculpei-me mentalmente, sabia que me ia ouvir, ele olhou-me nos olhos e ouvi a sua voz na minha cabeça" Não faz m*l"!
-Como fazes isso??'
Diego soltou uma gargalhada rápida e contagiante..
-Sei lá eu.... se quisesse mostrar-te tudo o que sei fazer não saiamos daqui hoje...
Sem pensar corei e pensei imediatamente em sexo, tentei rebobinar a minha mente, não pensar naquilo, mas quanto mais fugia daqueles pensamentos mais imagens dele comigo apareciam... Diego simplesmente fazia aquela cara de gozão e soltava pequenos gemidos enquanto comia a divertir-se com a situação!
-Ia adorar experimentar tudo isso contigo.... - mordiscou os lábios e sorriu- é quando quiseres....
-Para de entrar na minha cabeça... eu não penso nisso.. quer dizer, não quero... nem sei porque acontece tudo isto..
Tentava disfarçar e cada palavra que saia da minha boca gaguejava e ele sorria loucamente, sabendo que o desejava de uma forma ardente e não conseguia pensar noutra coisa desde o primeiro momento que o vi!
Falámos, conhecemo-nos melhor e por momentos esqueci-me de toda a loucura de demónios, da luta do bem e do m*l, apenas eramos duas pessoas apaixonadas e desejando-se como se fossemos um capricho impetuoso na vida de cada um! As horas passaram tão rápido que quando o seu relógio de parede deu a badalada da meia noite me assustei.
-Já é tarde..
-O que se passa Di, porque estás com essa cara...
-É melhor levar-te a casa sim?
-O que tens? Porque mudas-te de repente?
Diego olhou-me e os seus olhos estavam fundos, mais negros do que o normal.. sabia exatamente o que se estava a passar mesmo sem lhe perguntar, estava a ouvir as vozes dentro dele ...perdi o medo e tentei parecer segura de mim...
-Como sabes que tens de te alimentar?
Diego olhou-me fixamente...
-Todos os dias eles veem lembrar-me, quando são meia noite ouço as suas vozes a pedir comida, lutam entre eles dentro de mim..
-Alguma vez tu..
-Não, nunca matei ninguém, não preciso de carne, apenas do sangue , como se fosse um vampiro, consigo beber o sangue sem matar humanos, mas os animais não consigo, pois a fome é tanta que tenho de continuar até estarem secos por dentro...
-Tens de te alimentar todos os dias?
-Ao inicio sim, depois fui controlando a fome, dominando os monstros que tenho dentro de mim, e sei quando estou no limite...
-O que acontece se não te alimentares?
- provavelmente o mundo acaba.. todos os demónios se soltam e comem o que estes anos todos estiveram sem comer... por isso isto é uma maldição, pois não cumpriram o que prometeram, o meu antepassado usou os seus poderes para o m*l, mas inicialmente quis os poderes para o bem, então assim se formou a maldição, todo o m*l numa só pessoa e o seu melhor amigo destinado a mata-lo!
-Tu não és um monstro... e se nunca tiveres filhos ou..
-Isso não pode acontecer.. os demónios não desistem... vamos vou-te levar a casa... de todas as pessoas com quem estive perto o teu sangue é o mais apetitoso e garanto-te que é difícil controlar-me..
Diego cerrou os punho e percebi que sentia dor em recusar fazer-me algum género de m*l. Não insisti e preparei-me para ir embora.. Quando me sentei na moto e o abracei o seu corpo arquejou com o meu toque, devia ser árduo e cansativo lutar contra a sua essência! Tinha de me lembrar rapidamente de algo que o ajudasse!
Chegamos a casa, Diego levou-me a porta, disse um adeus e virou-se para se ir embora, segurei-lhe a mão, olhou-me fixamente e vi os seus olhos negros com a sua esfera vermelha... era assim que ele ficava, ao contrario da minha que ficava branca..., aproximei-me dele, tentou afastar-se de mim, dei-lhe um beijo na face, um rugido sai da sua boca, sinto medo mas digo-lhe ao ouvido:
-Sei que nunca me farás mal...
Diego abraçou-me com força e saiu..