Morgan Alonso:
Cresci em um mundo simples, a humildade e as dificuldades sempre se fizeram ali presentes no meu dia a dia, mas tudo ficou bem mais complicado quando minha mãe se foi, ela era muito protetora, quando mais nova ela dizia que eu tinha uma aparência encantadora, de acordo com o meu crescimento, ela me alertava sobre a maldade do mundo, a forma como as pessoas te olham, por isso ela preferiu esconder minha aparência de todos, todo dia antes de ir para a escola era o mesmo processo, até mesmo para sair ao mercadinho próximo a minha casa, ela fazia tranças em meus cabelos, olhos fundo de garrafa falso, e aparelhos, ah! Não pode falta o sinal no canto do olho, me aparência não ficava das melhores, de acordo com ela essa era a melhor forma de fugir dos olhos maldosos de homens aproveitadores. Não entendia sua obsessão, mas obedecia, isso afastou muita gente, inclusive meus colegas, não tive namorados, amigos apenas um, o Linlcon Lopez, esse é meu amigo pelo o que eu sou, sabe aquilo de pessoa que vem pela a alma, ele veio pela a minha, ele era bonitinho, e inteligente, eu também. Sempre usei roupas com dois números maior, para a minha mãe, curvas eram o problema, para mim também, afinal eu cresci com complexos, odiando o meu corpo por aparecer demais e ter que esconder, autoestima só tinha dentro de casa. Digamos que minha mãe tenha uma leve culpa nisso tudo, quando ela partiu, eu tive que me virar, sem nenhuma economia, vivia com pouco, mas com um grande sonho na cabeça, moda, uma empresa de moda! Eu não tive pai, não conheci, minha mãe odiava os homens, eu cresci fazendo eles o monstro do meu conto de fadas, e pela a loucura do mundo, tenho um melhor amigo, acredito que nem todos os homens são ruins como parecem, ou como eu cresci odiando.
Desculpe mãe.
Terminei o ensino médio já tem um tempinho, perdi todos as provas para entrar na faculdade, ou seja minhas chances de realizar o meu sonho, são mínimas. Estava passando pela a faculdade dos sonhos, quando vi um anúncio na frente, em que as inscrições para o segundo semestre estavam abertas, me enchi de felicidade. Mas meu coração se quebro ali, em saber que eu nunca teria o dinheiro para pagar aquela faculdade, mas me lembrei que posso ir até o banco pedir um empréstimo. Foi o que fiz, nem que eu me atrasasse para o trabalho, mas eu tentaria algo. Ao chegar lá, entro e sou recebida por um homem, ele olha os meus dados bancários mas nada, eu insisti mesmo assim para que ele fizesse o pedido do empréstimo afinal, não custava nada tentar. Ele fez o pedido do empréstimo e fui direto para a lanchonete, ao chegar lá o gerente me olha com cara de pouco amigos.
- Porque demorou?
- Estava me arrumando. Desculpe. - ironia falar, o melhor seria dizer que eu estava me desarrumando, pois esses troços que eu uso me deixam feia.
Ele sorriu e disse;
- Nada que faça, irá fazer você ficar bela.
Olhei para ele com muito sarcasmo, e fui para a cozinha, insatisfeita comigo mesmo, por ser uma pessoa covarde de não mostrar o que eu sou.
Dias se passaram…
Droga, hoje é o último dia da inscrição na faculdade, nada do banco, acordo sem ânimo algum, já insatisfeita da vida em que eu vivo, me arrumo, ou melhor me escondo atrás dessas porcarias, eu até tenho coisas bonitas no meu guarda roupa, mas eu sou uma covarde, por culpa da minha própria mãe.
Vou ao trabalho, ao chegar lá o dia é normal, estou tão cansada dessa normalidade, até que meu celular toca e eu atendo.
- olá senhorita morgan alonso, ligo para informar que você foi contemplada com o empréstimo estudantil, onde lhe encontro para lhe entregar os papéis e você assinar.
Acho bem estanho toda essa cordialidade, mas eu estou tão feliz, afinal eu vou estudar moda, então digo:
- Pode ser daqui uma hora na faculdade de moda.
- claro, posso sim.
Estou tão feliz pela a chance que o banco resolveu me dar, então saio do serviço indo direto a faculdade, assim que chego lá tem um homem bem engravatado, terno fino, estranhei a princípio. Ele se aproxima de mim, e fala:
- Morgan Alonso.
- Isso sou eu mesma. - ele aperta as minhas mãos, e meus Deus eu vim na faculdade de moda com essas tralhas. Aí mãe!
Entramos na faculdade, estou morrendo de vergonha, eu não podia entrar na faculdade de moda desse, aqui eu tinha que deixar todos os meus preceitos e ir correr atrás de meus sonhos. Afinal, vou fazer moda, tenho que fazer jus a minha futura carreira, eu entro toda recatada no local, que é luxuoso. Entramos na sala do diretor, e finalmente tudo concluído, nem li os papéis tudo, assinei. Vou fazer moda!!!
Sai da faculdade com o coração transbordando, liguei para Linlcon, que me atende rapidamente.
- Alô, menina.
- Oi amigo - falei empolgada.
- O que foi? Diga as boas novas.
- Vamos comemorar, hoje eu vou te mostrar a minha outra versão, pois a minha nova vida se inicia. Vou fazer moda.
- Ebaaaa, fico feliz por você.
Vou para minha casa, tirou todas aquelas tralhas, pego um vestido vermelho que já tinha comprado, economizei muito para comprar, e nunca tive coragem de usar, óbvio que eu sabia me arrumar, sou apaixonada por moda, toda vez que eu queria usar uma maquiagem minha mãe me fazia tirar, dizia que os homens eram maus, eu vivi como ela quis a vida inteira, mas não vou abandonar o meu sonho por causa dela, ela tem os seus motivos ela viveu, agora é a minha chance de viver o mundo da minha maneira.
Vicenzzo Muñoz:
Estava no meu limite da impaciência com aquele velho, eu precisava apenas de sua indústria, preferencialmente a de Madri, para fabricar as minhas drogas, esse acordo não só me levaria a bilionário, eu seria multibilionário, ele nem tinha esses poderes todos, tentei fazer de tudo, minha fórmula era boa, mas ele era muito rabugento, o meu pai, apenas se aposentou, mas ainda não posso liderar tudo, a máfia exige casamento. Estou tendo que resolver vários problemas, e esse velho chamado Manuel Diaz, não melhora nada para mim, se eu conseguisse esse acordo me livraria da merda de um casamento, afinal eu seria umas das maiores potências na máfia. Mas, creio que David, que é o meu melhor amigo, e racker vai encontrar algum podre do velho, fazendo ele comer na minha mão. Meu amigo passou dias procurando algo dele, até que encontrou uma filha, que nem ele mesmo sabia que tinha, ouvi dizer que sua aparecia não é nada boa, mas ela precisava de um empréstimo estudantil, sei que o velho é esperto, se eu falar da filha, ele pode não comprei o acordo, ou só fazer isso por um curto prazo, então eu consegui isso da maneira mais difícil e repudiosa, não queria me casar, ainda mais com um patinho feio. Eu não tive nem coragem de olhar, então eu mandei preparar um papel para que ela assinasse o nosso contrato pré-nupcial e bingo. Compartilha de bens, oficialmente vou ser dono de tudo aquilo, já que aquele velho não vai viver por muito tempo. Ela assinou, mandei para o congresso na máfia, meu pai não me procurou ainda mais sei que isso vai acontecer…
Resolvi comemorar, minha vitória de hoje, eu vou ter aquele galpão nem que seja por m*l, eu tentei acordos, o velho tem a fica limpa demais, então porque não prender a arma feia dele. Que horror. Eu não tive nem coragem de ver ela, David apenas me afirmou que ela não é nenhum pingo bonita. Mas em breve eu me livro dela, só devo esperar uns seis vezes para que esse casamento vala, e ela tenha que compartilhar os bens dela comigo.
Chego na minha boate Dance Pink de Madri, já que moro na Itália, pego uma cabine para mim, sou servido com meu whiskey, e logo as dançarinas chegam, fazem o show delas para mim, são muito gostosas, mas hoje não… quero carne nova.
Ao sair, ando pela a boate, e vejo uma mulher de vestido vermelho na pista de dança chamativa, suas curvas, fazem minha boca salivar, caminho até ela e …