5 de novembro de 2015
Narrador Narrando
Era novembro de 2015 e Lucas estava indo para sua casa, quando chegou lá, Ryan estava à sua espera na porta.
— Onde você estava? — pergunta Ryan.
— Na casa do Matheus — respondeu Lucas.
— Eu mandei mensagem o tempo todo, por que você não respondeu? — Ryan questionou, enquanto encarava Lucas com um olhar meio ciumento.
— O celular estava descarregado — disse Lucas.
Ryan ficou olhando Lucas e disse:
— Você tem passado tempo demais com aquela hiena.
— Eu tô só ajudando ele — respondeu Lucas.
— Você passa o tempo todo com ele! — disse Ryan.
— Você tá com ciúmes? — perguntou Lucas.
— Nãaao, imagina. — diz Ryan, meio sarcástico.
Lucas entra na sua casa e Ryan segue ele.
— Você esqueceu da nossa amizade. — disse o guaxinim.
— Não esqueci não — retrucou Lucas.
— Então por que não responde mais as minhas mensagens? — pergunta o guaxinim novamente.
— Eu já disse que meu celular estava descarregado! — respondeu Lucas.
Ryan ficou encarando ele, sem acreditar muito na história.
— A gente precisa ajudá-lo, ele é nosso amigo — disse Lucas.
— Pensei que com “a gente”, queria dizer eu e você — disse Ryan.
— Deixa de ser egoísta, você só pensa em você! — disse Lucas.
— Não penso não! — disse Ryan, e ele já estava ficando irritado. Lucas sobe as escadas e Ryan o acompanha.
— Por que você não pode ser como antes? — perguntou Ryan.
— Pra quê? Para ficar vendo você e a Micaele se beijando? — retrucou Lucas.
Narrador
Ryan se apaixonou pela raposa Micaele e eles estavam namorando. Por conta disso, Ryan acabou se afastando um pouco de Lucas, e Lucas se aproximando de Matheus, mas Ryan ainda gostava muito de Lucas e de vez enquanto eles se pegavam. Ryan estava confuso com a sua sexualidade, pois gostava de dar uns amassos tanto em Micaele quanto em Lucas.
O namoro com Micaele foi piorando cada vez mais, ela era muito possessiva e estava colocando Ryan contra os seus amigos. Micaele como uma raposa esperta, agia nos bastidores, colocando um aluno contra o outro. Ela se divertia em ver o circo pegar fogo. Ninguém percebia nada. Uma vez, um caderno de Guilherme sumiu e ela o tinha pego e colocado na bolsa de Matheus.
Ela sugeriu que todas as bolsas fossem revistadas e o caderno foi encontrado na bolsa de Matheus.
Matheus apanhou de Guilherme e os dois se tornaram inimigos mortais. Outra vez, cartas misteriosas surgiam com desenhos, com o nome de uma pessoa que havia escrito ou bilhetes com fofocas como: “Tá vendo aquele gato ali? Tal pessoa disse isso dele”. O circo pegava fogo e Micaele aparecia como uma garota mediadora, portadora da paz.
Ryan até desconfiava um pouco dela, pois toda vez que havia uma confusão ela estava sempre por perto.
Mas Ryan se recusava a acreditar que ela era responsável, porque estava cego pelo seu amor.
De volta para a discussão de Ryan e Lucas.
— Qual é Lucas, você sabe que eu gosto de você — diz Ryan.
— Não é o que parece, você só tem olhos para ela — disse Lucas, com o rosto irritado.
— Olha só, Luquinha com ciúmes fica tão fofinho — disse Ryan.
— Eu não tô com ciúmes! — disse Lucas, que estava com o rosto vermelho de raiva.
— Tá sim — disse Ryan, provocando.
— Não estou! — diz Lucas, agora com a voz bem grossa e olhar bem penetrante.
Ryan fica meio assustado com aquilo.
— Desculpa — diz Lucas.
— Desculpa, digo eu — falou Ryan — Não devia ter me afastado de você, vamos manter o nosso segredo.
— Mas até quando? — perguntou Lucas — Não sei se meus pais aceitariam um filho gay, e afinal, o que nós somos? — perguntou Lucas.
Na mesma hora, Ryan o beija na boca, o colocando contra a parede e os dois ficaram se pegando.