A Casa de Lucas

1512 Words
25 de fevereiro de 2015 Narra Lucas Ryan se deitou ao meu lado, o seu pelo era macio e quente e eu estava me sentindo confortável ao lado dele. Eu fiquei admirando ele, pois nunca achei ele tão bonito antes. Eu fecho os olhos e durmo, mas acordo no meio da noite, parece que algo duro está me cutucando. Nossa, isso é o m****o do tal. Ele me abraça com força e eu sinto seus músculos contra o meu corpo. Era uma sensação estranha, mas eu estava gostando daquilo, meu coração batia a mil. Eu começo a ficar duro também, sinto que uma gosma quente sai de dentro dele e ele está sentindo prazer. Eu perco o controle e ataco ele, subo em cima dele e começo a beijá-lo. Eu estava duro e latejante, eu estava gostando daquilo e ele também. Ele, de repente, baixou meu calção e começou a fazer movimentos para cima e para baixo. Nossa, aquilo era estranho, nunca havia sentido aquilo antes. Eu dei alguns gemidos de prazer, até que começo a vazar também e ele t**a a minha boca para meus pais não ouvirem. Ficamos olhando um para o outro, estávamos confusos. — O que estamos fazendo? — pergunto. — Desculpa — diz ele, saindo da minha cama e voltando para o colchonete. Uma confusão de pensamentos ficou na minha cabeça. — Será que sou gay? — perguntei a mim mesmo. No dia seguinte, Matheus, a hiena foi até a casa de Lucas durante a tarde para começarem a fazer os trabalhos. Narra Matheus Fui até a casa do Lucas, que fica um pouco distante da minha. Era uma casa bem bonita de dois andares, janelas de vidro e com um ipê-amarelo florido na frente. Cheguei lá e Lucas me levou até o seu quarto, me deu uns biscoitos e um pouco de Nescau. O quarto dele era um pouco maior que o meu. As paredes eram brancas, tinha uma enorme janela próximo à cama que estava no lado direito e no esquerdo, ficava uma mesinha com o laptop. Lucas era bom em história, mas se enrolava nas datas. Nós começamos a pesquisar sobre a colonização do Brasil e a exploração do p*u-Brasil. Fizemos a nossa parte em 2 horas e quando terminamos, Lucas me convidou para jogar um pouco de Minecraft. Eu até que estava gostando do jogo. Nós ficamos jogando e conversando, ele me perguntou onde era a minha casa e eu disse onde era. Ele me pediu o meu número e eu dei a ele. Ele perguntou se eu morava com meus pais, eu disse que morava só com o meu pai e ele perguntou sobre minha mãe. — Eles se separaram, não vejo ela desde que era criança — eu disse, meio triste. — Eu sinto muito — disse Lucas. — Por que você foi transferido de escola? — perguntou ele. — Porque eu estava sofrendo bullying e eu não tinha amigos lá. Eu estava começando a gostar da companhia dele. Ele me olhava com brilho nos olhos, parecia um pouco infantil. As horas se passaram voando e quando olhei o meu celular, já eram cinco horas. — Eu preciso ir — digo a ele. Lucas me acompanhou até a saída e eu me despedi dele. Narra Lucas Fiquei observando Matheus desaparecer lentamente no horizonte. Ele virou e acenou para mim antes de desaparecer totalmente. Ele estava com um olhar profundo, como se aqueles olhos verdes quisessem dizer algo. Narra Matheus Chego em casa e vejo que meu pai ainda não tinha chegado. Fiquei assistindo TV até o meu pai chegar, ele é bem intimidante, um lobo alto e forte, com olhos cor de âmbar. Quando chegou em casa, ele tirou a sua roupa, ficando só de cueca. Ele havia trago um galeto para o jantar. Começamos a jantar juntos e ele ficou com a maior parte da comida. Eu estava de cabeça baixa, não conseguia ver em seus olhos. Ele coloca uns pedaços de galeto na boca e começa a mastigar com aqueles dentes pontiagudos, ao mesmo tempo em que olhava nos meus olhos com aquele olhar intimidante. — Como foi o seu dia, Matheus? — perguntou ele. — Foi bom, pai — digo a ele. — Espero que continue assim, e o que aconteceu naquela outra escola não se repita novamente — diz ele. — Mas pai, não fui eu, aqueles garotos diziam que eu era gay, mas não sou. — Eu espero, Matheus! — falou ele, gritando — Filho meu, não é gay! — Pai, deixa de ser chato, você vive reclamando de tudo. Você me odeia, vive me tratando m*l, apaga as minhas músicas e odeia como eu me visto. Você é chato pra c*****o — digo a ele. — Olha como fala comigo, garoto! — diz ele. — Por causa disso, minha mãe foi embora — disse a ele. — Cala a boca, Matheus! — diz ele. — Eu não calo! — digo a ele. Ele mostra as presas para mim e eu as minhas. Ele bate a mão na mesa, fazendo-a virar e os pratos caírem no chão e se quebrarem, me pega pela camisa com as suas garras e me encara com seus olhos cor âmbar. Eu me encolho todo na cadeira e minhas orelhas se encolhem, eu tinha muito medo dele. Ele me sacode. — Quem manda nesta casa, hein Matheus? RESPONDE! — pergunta ele, gritando. — O senhor. — eu disse, com medo. — Quem te dá as suas coisas, Matheus? — O senhor. — eu disse, com mais medo. — Quem te colocou na p***a daquela escola, Matheus? — O senhor — eu disse, com ainda mais medo e quase lacrimejando. — Quem comprou a p***a deste celular? — O senhor — eu disse, já lacrimejando. Eu já estava chorando e ele mandou eu ir para o quarto, ficando na porta da cozinha. Eu passei por ele de lado e ele me deu um soco nas costas, e disse: — Nunca mais grite comigo, Matheus. NINGUÉM grita comigo na minha casa. Eu corri para meu quarto e ele disse: — Isso, corra! Corra como o covarde que você é! Eu fiquei com o meu celular, fui ver e tinha uma mensagem do Lucas. Ele havia mandado um “Oi” e eu disse “Oi” de volta. Ele disse que queria conhecer a minha casa e eu digo que não ia dar porque meu pai não gostava de visitas, mas ele insistiu. Eu acabo cedendo e digo “Ok”, vai ser uma visita rápida. Ele concorda e eu digo “Boa noite”. Naquela noite, sonhei com a minha mãe de novo. Ela era uma gata branca e eu estava chorando muito. Ela me abraçou e me deu um ursinho de pelúcia de presente. — Fique aqui, querido, eu já volto — ela disse e me deu um beijo na testa. Ela entrou dentro de um carro e se foi. De repente, o sonho mudou, eu tentava abraçar meu pai e ele me empurrava. Eu chorava enquanto pedia para ele me abraçar, mas ele mostrava os dentes e rosnava para mim. Eu fiquei insistindo e ele me pegou pelos braços e me deu um abraço. Acho que foi a única vez que ele demonstrou algum tipo afeto por mim, e o sonho se acaba. Tinha alguém batendo na porta, fui atender e era o Lucas. Eu convido ele para entrar e mostro a casa para ele, ele fica impressionado. — Matheus, a sua casa parece um museu — disse ele — Seu pai tem bom gosto, que vaso é esse? — perguntou Lucas, enquanto mexia nele. — Cuidado! — digo a ele. Ele quase derruba o vaso, mas eu consegui segurar a tempo. — Desculpa — disse Lucas. Eu faço um tour pela casa e mostro onde fica a cozinha. — O que aconteceu aqui? — pergunta Lucas ao ver a mesa virada com pratos quebrados. Eu abaixo um pouco a cabeça, me lembrando de ontem e digo que não era nada. Lucas fica me vendo com cara de dúvida. Eu subo as escadas e mostro o resto da casa para ele. — Que quarto é este? — pergunta ele. Eu digo: — Não entra aí, meu pai fica puto quando entro nesse quarto. Aqui é o meu quarto — digo a ele. O meu quarto era um pouco menor que o dele, tinha uma foto da minha mãe na frente da minha cama em cima de uma prateleira com o ursinho que ela me deu. Lucas ficou observando a foto e o ursinho, eu fiquei meio triste e estava com as orelhas baixas. — Por que seus pais não estão mais juntos? — ele perguntou. — Eu não sei, ela nos deixou e disse que ia voltar, mas nunca mais voltou — eu disse, enquanto uma lágrima escorria de meus olhos. Lucas me abraçou. — Não fica assim — disse ele, eu abraço ele e começo a chorar — Pode contar comigo, nós somos amigos — Lucas diz.
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