Primeiras impressões 2 parte

2450 Words
Raul Narrando Era mais um dia normal e chato ou pelo menos era o que parecia ser, todos já haviam se levantado, menos eu, estava muito cansado após ter ficado até tarde da noite jogando e não queria me levantar, eu só queria ficar dormindo. Minha mãe apareceu batendo na porta do quarto falando para me levantar e cuidar senão iria me atrasar para a escola e eu sonolento digo a ela só mais alguns minutinhos. Segundos depois escuto meu pai bater na porta e mandar eu me levantar da cama imediatamente. Sonolento e com mau-humor me levanto e estava praticamente andando dormindo. Quando me dirijo em direção a porta girando o trinco e a abrindo tenho uma surpresa. Mariana, a loba ou cachorra sei lá, estava lá me esperando para a gente ir junto para a escola. Quando ela viu que eu estava saindo do quarto, ela correu até minha direção me abraçando, lambendo meu rosto e balançando o r**o. Meu pai olha para aquilo e sorri com malícia, até minha mãe — Mariana para. — digo tentando me libertar dela. E ela só me abraçava e apertava cada vez mais e a calda não parava de balançar. Até que consegui me libertar dela e me sentei na cadeira — Agora tô todo babado, odeio quando você faz isso. — digo a ela que se sentou na cadeira e diz desculpa e começa a se servir sem ser convidada. Meu pai acha ela uma graça, existe um rumor por aí de que ela é uma mestiça — Só se for de cachorro e lobo, só pode. pensei. Pego uma xícara, coloco um pouco de café e pego uns biscoitos de chocolate com a pata e começo a tomar o café e observar ela comendo os biscoitos de forma. Apressada, tomara que você se engasgue. — diz John para Mariana de forma sarcástica e minha mãe o repreende e meu pai também. John não gostava muito dela, odiava o jeito dela de ser, o jeito cachorro dela. Mariana fica sem graça e John a encarava com os braços cruzados e garras de fora até que ele levou um cascudo do meu pai e ele guardou as garras de volta. John se levanta da mesa e se dirige para a escola dele, mas antes disso ele me dá um t**a na cabeça e me chama de baixinho, depois vai até a Mariana e esfrega a pata em seu focinho e dobra suas duas orelhas e por último ele passa por nosso pai passando um dos dedos em seu bigode e sai com um sorriso, enquanto nosso pai ficou sério. Termino de tomar café da manhã, depois só lavo o rosto, troco de roupa rapidinho, pego a mochila, peço a benção de meus pais e me dirijo para a escola. Mas antes disso meu pai ainda me chama de baixinho. Odeio isso, os apelidos começaram em casa e John espalhou eles na escola. Eu me dirijo até a parada de ônibus com Mariana e enquanto a gente caminha eu senti uma sensação estranha. Do nada eu não conseguia parar de olhar para o rosto dela, estava achando ela tão bonita. Nunca reparei nisto, suas orelhas, seus olhos, seu pelo amarronzado e acastanhado. Eu estava ficando duro e meu coração estava acelerando, meus pelos estavam ficando arrepiados e tinha a sensação de que ela estava pensando o mesmo com suas pupilas dilatando. Eu não consegui me controlar nem ela e então involuntariamente a mordi no pescoço dela, enquanto ela mordeu meu rosto. Quando a gente menos percebe, ela estava lambendo meu rosto e eu o pescoço dela e a gente estava abraçado. Eu estava gostando de sentir o pelo macio dela e não percebemos que havia cinco animais do outro lado da rua olhando para a gente com olhar de reprovação. A gente se afasta rapidamente e ficamos com sorrisos amarelos e com vergonha. O ônibus chegou na mesma hora e rapidamente entramos nele. A gente se sentou um ao lado do outro, porém a gente não conseguia trocar olhares e então chegamos na escola e nos sentamos longe um do outro. A primeira aula seria de matemática e eu estava muito cansado e não entendia nada que a professora explicava, o cansaço era tanto que acabei caindo no sono. Acordo com o sinal do recreio e todos estavam saindo da sala para merendar. Quando tento me levantar caio no chão, os meus cadarços estavam amarrados um no outro e todos ficaram zombando da minha cara. — Isso só pode ser coisa do Ryan. — pensei. Lucas, Mariana e Bianca não estavam na sala e Matheus não veio hoje. Desfaço os nós e me dirijo a cantina, eu me sento na mesa próximo a Lucas e fico observando que um pouco longe de nós, José estava procurando um lugar para ficar, mas todos os lugares já estavam ocupados. José se senta em uma mesa um pouco afastada sem ninguém e permanece lá. Observo que as duas hienas estavam encostadas em uma parede rindo e olhando para todos os lados. Bianca estava lá conversando com Mariana e às vezes olhava na direção de José e sorria e ele sorria também. Olho para Mariana e ela corava e desviava o olhar. Observo Ryan entrar pelo amplo salão sorrindo e vindo na nossa direção, antes dele chegar até nós, ele passa por José e dá um t**a na sua nuca e continuar caminhando sorrindo. Ryan se senta a frente de Bianca para bloquear a vista dela. Reparei que Lucas reprovou a atitude de Ryan e que José ficou irritadiço e para piorar as hienas foram até ele e se sentaram junto a ele. Ele se viu encurralado, era possível ver que elas estavam zoando da cara dele, Paulo mete a mão nas batatas de José levanto quase tudo para a boca e enquanto mastigava ria e falava algo enquanto pedaços de batata e saliva caiam na cara do gato e José não podia fazer nada e Ryan ainda estava se divertindo com a situação. Não sei o que deu na minha cabeça e acho que Lucas também pensou a mesma coisa. Lucas se levanta e eu também e nos dirigimos até a mesa onde José estava com as hienas. Ao ver a gente se aproximar dava para sentir que o clima estava ficando tenso e todos nos observavam esperando uma possível briga. Por algum motivo as hienas encaravam mais Lucas que eu. Lucas se aproxima e de improviso diz que o pai do José chegou na escola e que queria falar com ele e então Lucas estendeu a pata para José. José fica confuso e as hienas nos encaravam com gosto de gás — É verdade José — digo eu — teu pai quer falar com você. — José se levanta da cadeira e segura na pata do lobo Lucas que o tira dali comigo o acompanhando e todos ao redor observavam tudo. José ainda foi ingrato, gritou conosco na frente de todo mundo dizendo saber resolver os problemas dele sozinho e que a gente não precisava fazer aquilo e que não precisa da ajuda de um lobo e falou que não gostava do pai dele e quase chorou. A gente voltou para a sala porque havia terminado o intervalo e todos nos olhavam com cara de deboche. Eu e Lucas ficamos com a cara no chão e Bianca estava meio irritada com o Ryan e Lucas também. Mariana ainda não olhava nos meus olhos. E enfim estava lá sozinho, a aula a seguir foi de geografia, eu até que gosto desta matéria, eu estava prestando atenção pena que a aula foi breve e a professora só tinha um horário naquele dia. A aula a seguir seria de Ciências e eu e Lucas estávamos com sede e fomos até o bebedouro e depois ao banheiro. Quando estávamos saindo das divisórias do banheiro lá estava as duas hienas nos encarando e eu e Lucas nos assustamos. Lucas tenta caminhar, mas é bloqueado por Paulo que o prende contra a divisória, ele tenta se soltar, mas não consegue e diz para Paulo o largar. Cadê seus amiguinhos agora hein? — Pergunta Paulo mostrando seus dentes pontiagudos e balançando Lucas. Tento fazer ele soltá-lo, mas Luís me pegou por trás com uma chave de braço e fica sorrindo, dizendo — Calma bichano. — e bagunçava meu pelo todo. Vocês lobos são todos covardes, só se garantem quando tão em grupo, no x1 não guentam. — Ele dizia isso apertando Lucas contra a parede Lucas estava indefeso e eu também para nossa sorte, as hienas escutaram gente chegando e nos largaram. Então voltamos para nossa sala e lá ficamos até as aulas acabarem. O horário bateu e a gente estava preparando nossas coisas para retornar para casa e olho para Mariana e ela olha para mim, abaixando as orelhas e balançando a cauda com um sorriso. Bianca percebe e Guilherme, um lobo marrom, fica de olho e eu fico com um sorriso de gato dengoso. Sem jeito, coloco a mochila nas costas e saio da sala, acompanhando Mariana. Ryan parecia estar sério, pois Lucas e Bianca estavam com ele e Lucas estava com um pouco de dor no peito por ter sido colocado contra a parede por Paulo a hiena. Enquanto a gente caminhava em direção a saída, Mariana balançava a calda e eu estava meio duro. A gente ficou olhando um para o outro sorrindo e Lucas sorriu também percebendo o que estava acontecendo. Até que Mariana esbarra com Micaele, a raposa, a derrubando no chão, Mariana se desculpa e Micaele se levantando gritando — Olha por onde anda sua lerda, você e cega por acaso? Enfim chegamos na parada eram 12:40 e faltava cinco minutos para o ônibus chegar, havia poucas pessoas na parada, eu resolvi comprar dois sorvetes e para nós dois e quando dou a ela, ela o devora quase todo numa só lambida e depois lambe o meu. Acabei ficando só com a casquinha olhando nos olhos dela — Desculpa, não resisti. — diz ela lambendo os beiços que estavam rosados e eu falo que ta tudo bem. O ônibus chega e todos entramos no ônibus, eu queria sentar perto dela, mas Guilherme foi mais rápido e Bianca sentou perto de mim, e assim foi a viagem inteira. Antes do ônibus partir da parada notei do lado de fora da janela Paulo, a hiena, ele parecia está meio triste, quase chorando enquanto Luis estava falando algo a ele. Enfim o ônibus deixa a parada e eu estava rumando em direção a minha casa. Mariana e eu descemos juntos quando o ônibus chegou na parada perto de nossas casas eu me despeço dela e ela faz o mesmo. Ela diz que voltará para me ajudar com matemática e eu digo sorrindo que ficarei esperando ela. Entro em casa e lá estava John tirando um cochilo no sofá, passo por ele o ignorando totalmente, troco de roupa e coloco o meu almoço, depois tirei um cochilo e John me acorda dizendo que vai a um encontro e que ficarei sozinho, ainda diz sorrindo para mim não trazer ninguém para cá. Eu estava quase pegando no sono de novo quando escuto alguém bater na porta é a Mariana. A gente vai para o quarto para estudar lá, mas a gente estava mais jogando conversa fora do que de fato estudando — Me desculpe pelo que aconteceu hoje — eu disse. Tudo bem. — ela falou sorrindo e balançando a cauda — Isso não vai acontecer de novo. — falamos simultaneamente, e ficamos rindo. Precisa ver a cara das pessoas como ficaram. — eu disse. É proibido, nós somos de espécies diferentes — disse ela séria e depois caímos na gargalhada. A gente devia fazer isso mais vezes — disse ela sorrindo Fazer o quê? — Perguntei confuso. Essas mordidas no pescoço. — disse sorrindo. Não sabia que lobos gostavam disso. Ela ficou sorrindo vermelha e disse — Ah, também não sabia que felinos gostavam disso aqui. — disse ela que começa a me lambendo todo, ela lambia meu rosto, meu pescoço e depois minhas patas. Eu estava sentindo muitas cócegas e ficava falando em meio a risos para ela parar. Ela chega até meus pés e fica lambendo enquanto me segurava e eu não conseguia me libertar — Hmm sabor chocolate. — dizia ela. Eu estava rindo demais e involuntariamente minha garra arranhou o focinho dela, aí ela me largou e colocou a mão em cima do ferimento — Desculpa — disse a ela com cara de preocupação. Ta tudo bem… — disse ela um pouco séria e tirando a pata melada de sangue de cima do ferimento, enquanto uma lágrima escorria, mas logo para de sangrar — Meu deus — pensei — e se pegasse no olho dela? Vamos lavar o ferimento. — digo a ela e ela me acompanha até o banheiro e lava o arranhão com água e sabão — Tem álcool em gel. — digo a ela. Eu iria passá-lo, mas ela não confia e diz que é melhor ela colocar. Então ela coloca um pouco de álcool em gel em cima do ferimento. Depois voltamos a estudar e quando terminamos, ela retorna para a casa dela. Eu ainda estava preocupado com ela, porém ela afirmou estar tudo bem. A Mariana é meio emotiva, e se fere com facilidade. Quando ela se foi, eu voltei para o sofá e liguei a TV para assistir algo, alguns minutos depois a Bianca chega. Ela se senta do meu lado e ficamos conversando sobre os filmes que iriam lançar, quando sinto que tô ficando duro e e******o de novo. Tento disfarçar e ainda bem que ela não percebeu nada. Bianca começa a ronronar e a esfregar o corpo e os bigodes em mim, ela estava com a cabeça apoiada no meu pescoço e eu estava sem reação. Digo a ela que meu irmão pode chegar a qualquer hora e ela ficou sorrindo e deu uma mordida em meu pescoço e eu escutei ela rosnar um pouco e as unhas delas estavam a mostra e as minhas também, mas logo ela se recompôs e pediu desculpas e ficou sorrindo. Ela diz que tá se sentindo estranha ultimamente, eu digo o mesmo e depois ela diz que todos estão se sentindo desta forma. Depois de alguns minutos ela volta para a casa dela e já estava anoitecendo e meus pais chegam. Meu pai preparou o jantar foi peixe cozido, uma das minhas comidas favoritas, eu estava feliz porque estava indo tudo bem, até escutar alguém bater a porta. Minha mãe atende e era a Marina com o pai dela.
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