Impulso delicioso ?

1182 Words
2021 Quero ser domando por você. Eu era fogo puro e palpável diante das palavras daquele homem que não demonstrou em momento nenhum estar brincando ou me obrigando a nada. O pecado e o pra.zer brilhavam nos olhos dele preguiçosamente e eu me vi sem ter o que responder. Quis gritar sim, mas aquela proposta sussurrada não era para o mundo, era somente para mim. - Quer sair daqui? - Eu apenas assenti, sem conseguir abrir a boca. Em um minuto a conta estava paga, e em dois estávamos caminhando na calçada. Não demorou para que eu visse um hotel, simples, mas que era na mesma rua. Um hotel que eu nunca reparei, mas que assim que o letreiro entrou na minha vista eu caminhei quase apressada na direção da porta e ele me seguiu, ainda sem falar nada. Um quarto imediatamente. Ele falou para o recepcionista que fez o cadastro e devolveu nossos documentos. Caminhei quase derretendo na direção do elevador. 13º andar, foi o que o rapaz falou. Assim que apertei o botão ele me moveu, finalmente colocando as mãos em mim enquanto me pressionava na parede do elevador. Ele colocou o corpo quente no meu de novo e me encarou nos olhos, uma pergunta silenciosa ali. - Assim que sairmos desse elevador, não vou conseguir parar, preciso que diga Anjo, que tem certeza disso. - A mão dele estava apoiada no meu pescoço, eu sentia o corpo dele pulsar desesperado. Pulsar por mim. A boca dele estava deliciosamente aberta, esperando a minha resposta, um doce vermelho e tentador ao meu alcance. - Eu tenho certeza. - Eu falei sem conseguir respirar direito. - Talvez a única certeza em muito tempo. A boca dele roçou levemente na minha e eu me movi, querendo mais. Eu puxei o lábio dele com os dentes e ele ge.meu na minha boca, se entregando ao meu toque. As minhas mãos estavam apoiadas no ombro dele e eu o abracei, com o lábio dele entre os dentes ainda. Ele não me beijou, como eu esperei que faria. Assim que soltei o lábio dele, ele passou a ponta do nariz na minha bochecha e desceu até a minha clavícula e o meu corpo pulsou mais forte. O cheiro dele me lembrou mais o verão, um verão cheio de alegrias e cores, cores intensas. Eu estava presa naquilo, completamente entorpecida contra o calor que aquele homem era. Um desconhecido que prometia me desbravar inteira. O apito do elevador foi o suficiente para ele me mover de novo, e dessa vez, quase corremos. Ele destrancou a porta rápido e me puxou para dentro. Joguei a bolsa e parei ansiosa pelo próximo toque, para o que viria a seguir e ele estava exuberante e emanando calor mesmo a poucos passos de mim. - Anjo… - Os olhos dele me devoravam, enquanto ele descia o olhar pelo meu corpo, se demorando nas minhas pernas. - Você é linda, e eu não quero destruir você. - Ele já tinha destruído, qualquer racionalidade possível no meu ser, foi para o espaço, fazia muitas palavras atrás. Vontade de ser domado (...) por você. - A voz dele voltou na minha cabeça e eu sorri. - Você disse que queria ser domado. - Ele fechou os olhos e respirou fundo diante do meu sussurro. - E se eu disser, que também quero? - Quando ele abriu os olhos eu vi, cada músculo do rosto dele pulsar enquanto ele trincava os dentes, lutando contra alguma coisa. - Você disse que sou um Anjo… - Ele assentiu e eu subi as minhas mãos pelos botões da minha camisa, sentindo pela primeira vez o tecido contra o meu corpo de verdade. Ele acompanhando as minhas mãos. - Talvez lá fora eu seja um anjo, aqui eu não sou. - Ele mordeu o próprio lábio assim que abri o primeiro botão. - Nós dois precisamos de controle na vida… Ou melhor… - Abri o segundo botão sentindo a necessidade de provocá-lo mais, de me exibir para ele. - Aqui não precisamos de controle. - Abri mais um botão e pude ver os músculos do ombro dele tensionarem contra a roupa. - Nada de anjos e heróis aqui, só eu e você. - Ele deu um passo na minha direção e eu abri mais um botão. - Só eu e você. - Ele repetiu quando eu finalmente abri o último botão e abri a camisa. E como se fosse possível, o olhar dele me queimou de expectativa e promessas. Ele deu mais um passo, agora muito perto. Puxei o cabelo e joguei para trás, levantando o olhar para o dele. Me faltava implorar, porque, de resto, não restava mais nada que eu pudesse fazer para exigir que ele avançasse contra mim e fizesse o que eu tanto necessitava. - Anjo, vou perguntar mais uma vez. - Um homem que alegou que as suas ordens se tornaram leis estava me dando uma escolha mais uma vez. - Matheus. - Ele arregalou os olhos, conforme eu o chamei, tentando usar um tom de ordem. - Eu quero isso tanto quanto você. - Eu dei um passo, ficando a poucos centímetros dele. - Quer que eu te mostre o quanto eu quero? - Ele avaliou a minha pergunta por um instante e negou com a cabeça. - Eu consigo ver nos seus olhos. - Eu confirmei com a cabeça e coloquei as mãos sob o ombro dele, encostando o corpo nele, e sentindo ele pulsar mais. - Eu vou te devorar. - Ele repetiu, mas ainda assim não se moveu. Ele queria que eu desse o primeiro passo? Desci as mãos pelo peitoral forte dele e depois alcancei os botões da camisa, mantendo o olhar fixo no dele. Um, dois, três botões. Três botões foi o que durou o autocontrole dele. No instante seguinte a mão dele estava no meio do meu cabelo e a outra me segurando pela cintura. - Eu vou te beijar agora Branquinha, e não vou parar. - O último aviso veio e eu não esperei, eu tomei a boca dele com a minha, finalmente provando aquele doce que me tentou pela última hora inteira. Choque, cores e verão. Foi o que eu senti. A língua dele procurou a minha e estremeceu ao encontrar, assumindo o controle absoluto do meu corpo e da minha mente. Ele era doce e salgado e me dominou com os lábios, pressionando o corpo contra o meu. Conforme a boca exigente dele saboreava a minha eu decidi que entregaria tudo a ele, desde o meu corpo como as minhas vontades mais secretas, se assim ele quisesse. Eu nunca senti nada assim, nada tão avassalador e destrutivo como aquilo. Éramos um só conforme nos beijamos e nos tocamos, puxando um corpo contra o outro, com as roupas nos provocando. Cada segundo eu quis mais, cada maldito segundo eu precisei de mais toque, mais calor, mais e mais. Eu queria ele inteiro. E quando os dentes dele puxaram o meu lábio inferior, geme.ndo e me fazendo tremer eu decidi, que ele me teria inteira.
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