paixão delinquente ( Morro)

Capítulo 2 - Eva

Conhecendo Eva

Oi gente, me chamo Maria Eva da Silva Medalha, tenho 23 anos e sou formada em Recursos Humanos.

Tenho pele clara, várias tatuagens espalhadas pelo corpo, tenho uma que vem da costela até o bumbumm, Essa é a minha preferida, foram várias sessões para deixar ela do jeito que eu idealizei. tenho olhos castanhos, 1,55 de altura. no momento o meu cabelo está ruivo, mas naturalmente Ele é preto. também já fui loira.

tenho um corpo escutural, seïos Médios, Bumbumm empinado e cintura fina. Já fiz alguns procedimentos estéticos, para ficar do jeitinho que eu sempre quis. meus lábios são grossos, e o nariz arrebitado.

Sou nascida e criada em São Paulo, mais precisamente na comunidade de Paraisópolis.

Mesmo estando na zona Sul, a gente sabe que é um bairro favelizado, e o dono da quebrada é o meu irmão Felipe o famoso LP, ele é alguns anos mais velho que eu, ele assumiu o morro quando nosso pai foi morto no presídio.

Vou contar minha história para vocês começando pelo meu belo nome. Maria segue a tradição da minha família, todas as mulheres têm Maria, como eu Não sou melhor nem pior do que nenhuma, segundo a minha santa mãezinha, que também se chama Maria das Neves. Temos Maria Lúcia, Maria das Dores, Maria Auxiliadora; tem Maria para tudo que é gosto nessa família da Silva.

E Eva, porque é a primeira criação de Deus como mulher. Mas minha mãe esqueceu que foi ela quem fez Adão pecar. Então, ela não podia esperar outra coisa de mim a não ser fazer a macharada pecar também.

Já questionei porque o nome do meu irmão é Felipe e não Adão, já que foi o primeiro homem que Deus criou. E segundo ela, o nome do meu irmão foi o meu pai que escolheu. Ele não poderia escolher algo melhor para mim, aí a gente já vê a preferência, nüa e crua.

Eu nasci e cresci na igreja, e meu irmão também. Meu pai foi um homem muito rígido e ruïm conosco, exceto com o Felipe. Íamos para igreja às 19:00 e tínhamos que voltar às 21:00 se passássemos pelo menos 10 minutos do horário marcado, meu pai ia nos buscar na rua e batia na minha mãe, arrastando ela para casa.

Não me lembro dele me bater, mas me recordo das vezes em que machucou a minha mãe, que só vivia orando e chorando pelos cantos da casa. Felipe era o único que intervía, até quando era criança, meu pai adorava ele; quanto a mim, era um verdadeiro tanto faz para o velho.

Algumas vezes questionei minha mãe por que ela continuava casada com um homem com esse comportamento e por que o pastor não nos ajudava. Eu era criança, não entendia o poder que meu pai exercia dentro da comunidade, e minha mãe sempre me disse para nunca me meter nem falar nada diretamente com ele ou com ninguém. Ela me proibiu de pedir ajuda.

Eu fui crescendo e vendo o tanto de barbaridade que o meu pai cometia, ele tinha outras mulheres na rua. Ficava beijando elas nas portas dos bares, às vezes eu passava para ir para o ensaio dos adolescentes, ou até mesmo para escola. E ele fingia que não me conhecia, eu fazia o mesmo e guardava tudo aquilo para mim. Nunca falei para minha mãe para não ver ela mais triste.

Sempre fui estudiosa, mas também sempre fui curiosa e astuta. Quando aprontava na escola, as professoras só chamavam minha mãe; graças a Deus, nunca chamaram aquele velho.

Quando eu tinha quinze pra dezesseis anos, houve uma invasão na favela, foi uma chacina horrorosa, e prenderam meu pai. Para mim, foi um grande alívio; eu queria que ele ficasse preso pelo resto da vida e nunca mais voltasse para atormentar minha mãezinha.

Até que chegou a notícia de que ele foi morto em uma tentativa de fuga, enterramos o corpo e eu respirei aliviada. Felipe assumiu o comando e mudou algumas coisas, meu irmão construiu outra casa e a gente mora com ele e até hoje.

Tenho uma melhor amiga Alexandra, que a gente chama ela de Alê, A gente cresceu juntos na igreja. Mas ela também se afastou, e Vevi por aí sentando pros cintura ignorante, e trabalha com a mãe dela, na sorveteria delas.

Depois que o Felipe assumiu o comando, ele investiu mais em ajudar as famílias, meu irmão pode até ser um bandïdo, Mas ele nos protege. E cuida de nós em todos os sentidos.

Eu sempre quis me Formar, trabalhar, ser independente, mesmo meu irmão sendo Rico. Eu estudei me formei e trabalho. trabalho no RH de uma empresa no asfalto, claro que o Felipe manda os vapor atrás de mim para fazer minha segurança. Ele tem medo que eu seja sequestrada ou algo do tipo graças a Deus nenhum mäl nunca me aconteceu por sermos irmãos.

Minha mãe cuida da limpeza da igreja, a gente já falou com ela várias vezes para parar com isso. Felipe já se ofereceu para pagar a faxineira, mas a minha mãe sempre diz que é algo dela com Deus E só cabe a gente respeitar.

Na nossa casa temos duas empregadas, elas cuidam da comida e da casa mas a minha mãe tá sempre de olho, a irmã Maria vulgo minha mãe é dirigente da consagração todos os dias de manhã e do círculo de oração que é uma vez na semana à tarde, ela também faz visita nos hospitais e nos presídios.

Mas sempre tem tempo para evangelizar eu e o Felipe dentro de casa, o meu irmão sempre diz a ela que filho de crente é cretïno por isso nós dois somos assim, eu só faço rir.

Eu me afastei da igreja quando tinha 17 anos, foi quando já estava terminando o ensino médio conheci uma galera mais velha, e conheci os prazeres da vida. na faculdade fui apresentada as baladas e ao sëxo no qual hoje uso isso para me preencher e sou feliz assim.

Adoro sëxo selvagem, quanto mais pegada forte o cara tiver melhor, sei várias técnicas e posições, deixo todos babando aos meus pés pedindo Bis. Mas ultimamente estou investindo bem no meu gerente Murilo, um cara lindo, legal e zero compromisso igual a mim.

Também tem o Tucano que é o sub do meu irmão, já o meu lance com tucano é diferente, a gente fica e ele sempre insiste em me assumir, mas é óbvio que eu não quero.

Só que agora tudo mudou, eu conheci o pastor Ivan o novo pastor da congregação que a minha mãe frequenta e eu já coloquei na minha cabeça que eu quero uma noite frenética com aquele homem quero ver do que o pastor é capaz de fazer com a sua ovelha.

Eu estava até desatualizada dos dias de culto, mas já coloquei minha agenda em ordem, com minha mãe diz, eu preciso ir mais vezes para igreja.