APOLO: CONHECENDO E DESVENDANDO

2492 Words
Por muito tempo Magda ficou ali naquela festa para os calouros, encantada com a imensidão de pessoas que haviam acabado de chegar à Universidade. Algumas pareciam profundas; outras eram ocultas em sua superfície, mas barulhentos em seu interior; e algumas eram calmas e aconchegantes, mansas como animais domesticados e preguiçosos, que passam o dia dormindo. Ela costumava passar as noites olhando as pessoas nas festas da universidade, entre risos e sussurros, outras com movimentos agitados, que deixavam o campus com uma cor única: a cor do povo. Magda lembra que seu primeiro passo dentro da universidade foi quase solitário, por causa dos seus quarenta e cinco anos e também por estar realizando um sonho, que era o de ter um diploma de nível superior. Adentrou-se no campus, assim que um olhar curioso a arrebatou na festa. E lá ficou esperando que pessoas melhores surgissem. Enquanto aguardava, se relacionou por algum tempo com vários rapazes, para sentir o gosto e assim descobrir que bocas podem ter muitos sabores. Aquele olhar que a devorava, que de longe era selvagem, lhe pareceu tinta fresca de um quadro do jovem Odara, de pinceladas largas e combinações inusitadas de tons do pecado. Por lá, Magda ficou muito tempo seguindo o olhar que tanto a incomodava por dentro, até ver aqueles olhos, de quem sentado em um pequeno muro, sorria com a suavidade mulata de sua pele. Bastaram para ela aqueles olhos negros, para transformar toda aquela festa ao seu redor em um turbilhão. E caminhou feliz, dançando, se jogando para dentro da festa e querendo flertar com todos que por ela passavam. O jovem que a olhava era um homem completo e Magda deliciou-se com o olhar dele, que ia dentro de sua alma, que também mirava outras almas, mais distantes, obscuras, porém atrativas. Magda saiu do meio da festa, pegou uma bebida rapidamente e ficou sentada num banco ao longe, admirando a lua e a noite, que só estava começando. Por algum tempo, Magda e todos os que ali comemoravam sua entrada no mundo acadêmico, por muito procuravam caminhos mais fáceis, que não se esforçassem completamente, porque precisavam estar prontos para quando chegassem à universidade. Houve tropeços, pedras no caminho, problemas e empecilhos, mas eles queriam a universidade e estavam ali, comemorando a vitória, sem se importar com o dia de amanhã. Como uma criança que fica esperando ganhar o presente que tanto sonhou e quando ganha o deslumbra com muita calma, Magda ficou de olhos vidrados na universidade que a rodeava. Então o moreno veio até ela: vinte e três anos mais jovem, alto, robusto, cabelos cacheados ao vento, ronronando como um gato selvagem. Ele não teve dúvidas quando disse que estava procurando por Magda e se apresentou como uma poesia, uma pintura e uma música em forma de pecado: Apolo. Magda, que já estava na universidade há um ano e meio, acompanhou o jovem num passeio rápido. O jovem mulato conheceu todos os prédios e salas que aquela cidade acadêmica quase sem fim, oferecia. Entregues, longe da festa de recepção dos calouros e das loucuras que poderiam estar, os dois caminharam, riram, compartilharam cada prédio, cada corredor, cada sala, cada intimidade... Mas o tempo se tornou bravio. Uma forte chuva fez com que os acadêmicos começassem a correr na direção de Magda e Apolo. Assustada, Magda segurava o jovem pela mão, e Apolo a socorria, dava-lhe ar aos pulmões e assim podiam desfrutar daquele encontro ainda mais. Até que os seguranças do campus separaram aquele casal moderno e a universidade naquela noite para Magda, lhe pareceu triste demais para continuar nela. Ainda na mesma noite, assim que chegara na república mista em que mora, Magda ainda tinha a lembrança dos olhos de Apolo em sua mente, quando a dona da república a chamou e ela viu um sorriso, enchendo seu coração de alegria, que ao aproximar-se dela, parecia renovar todas as forças de sua alma: era o jovem, com a mesma camisa em tons verdejantes, os mesmos cabelos cacheados e soltos e o mesmo ar pecaminoso que encontrara na universidade. Entre ficar mirando os olhos de Apolo e ousar tomar uma atitude inesperada, Magda se ofereceu para acomodar o colega que havia conhecido na noite anterior e passou a noite na ânsia de quem queria encontrar um rumo definitivo na vida. A cada curva que observava em Apolo, aquela sensação de amizade era mais forte e a forçava para sentimentos que ela não queria ir. Eram sentimentos possessivos de alguém que se mostrava mansa e carente de um olhar. Enquanto conversavam no quarto, Magda ficou muito tempo lutando consigo mesma, não querendo trazer à tona os sentimentos que a estavam atraindo para Apolo. Mas as sensações de seu corpo eram na verdade, furacões que teimavam em querer em sua alma adentrar. Quando a conversa entre eles saiu de seu curso e começou a se aprofundar, e antes que arrebentassem todas as defesas dela, Magda saiu do quarto e procurou refúgio em suas próprias ideologias. Quando tudo parecia acalmar-se novamente, feito a calma que segue adentra nas madrugadas, sem que outro sentimento a saciasse, Apolo aproximou-se com cuidado e sentou-se ao lado dela. Feito tatuagem, aquele jovem moreno foi subindo o braço pelas costas de Magda e a puxou para seus disfarçados ombros. Ao julgar-se possuidora de seus atos, Magda teve tempo de segurar-se no braço do sofá e não se permitir tal i********e, levantando-se e indo para outro lugar da república, para longe de Apolo. Algo dentro de Magda diz que esse novo sentimento é traiçoeiro. Mas como iria ter de conviver com Apolo pelos dois dividirem o mesmo quarto, ela acabou aceitando o delírio da amizade com aquele jovem mulato que parecia ser bem mais velho que ela, pois era mais alto e também aceitou a tranquilidade daquele jovem acolhedor, que conseguiu quebrar todos os medos e superstições que existiam dentro de Magda. Ficaram amigos, como deuses havaianos, no alto de uma montanha tropical, onde a vista é larga e encontraram uma nova maneira de dançar até mesmo nas mais torrenciais chuvas, vales vazios ou pântanos, rachados do sol. Durante o ano em que se conheceram, viajaram para vários lugares com sorrisos largos, mas com a alma preenchida, pelo mais puro sentimento de amizade. Ambos perceberam que encontraram no outro um porto, onde soltaram as âncoras, sem importarem se ambos tinham sentimentos de rio, lago ou mar, pois eles eram sempre calmos, tranquilos e só saiam juntos, quando eram convidadas a darem saltos em altos trampolins, mostrando toda a graciosidade de seus saltos ornamentais e não mais em pranchas de navios piratas, onde pulavam rumo ao desconhecido.   DESVENDANDO   Já havia se passado um ano e meio que se conheceram, era tarde da noite, e Magda estava trabalhando em um artigo da faculdade em seu computador. Ela não aguentava mais escrever sobre o mesmo assunto (Antropologia era o forte dela), muito embora gostasse do que estava fazendo. Com as costas na mesma posição por muito tempo, se espreguiçou na cadeira. Ela estava com uma tremenda dor nas costas, depois de três horas sentada naquela escrivaninha olhando para uma tela. Pelo menos ela já estava acabando. Foi quando perto do fim, seu colega de quarto, Apolo, entrou sem bater. - Oi. Já acabou esse seu artigo? - Quase. Estou toda quebrada! - Bom... Se você não me encher o saco, com aquelas histórias de política, esquerda, etc., te faço uma massagem. Ao contrário do que se possa pensar, não havia nada de malicioso no convite. Apolo sempre foi bom em massagens nas costas. Todo mundo da república pedia uma. Por isso Magda deixou que ele a massageasse, porque depois de tanto tempo sentada na mesma posição, qualquer um se sente um caco. Tanto que Magda nem hesitou em soltar o sutiã para que as alças saíssem de seus ombros e a massagem fosse mais efetiva. - Hum... Eu precisava mesmo disso - disse Magda. Quando ela deu por si, percebeu que com a massagem e muita conversa jogada fora, já haviam se passado 40 minutos. - Acho que vou deitar. - disse Apolo - Tá muito tarde. Como sempre faz, Magda abraçou Apolo como uma mãe e lhe deu um beijo na bochecha, dizendo-lhe boa noite. Entretanto, desta vez, Apolo ficou ali parado, começando a ficar vermelho. Magda se afastou um pouco e olhou nos olhos do colega de quarto, num daqueles momentos intermináveis. Apolo deu um passo à frente e lhe deu um selinho na boca. Primeiro Magda tomou um susto por ter sido beijada por um jovem que tinha idade para ser seu filho, ficou chocada e depois notou que havia gostado. Tomada pelo impulso de devolver o beijo, quando os lábios dos dois colegas se encontraram, Magda escorregou a língua para dentro da boca de Apolo. Ficaram ali por dez minutos, entrelaçando as línguas, abraçados, experimentando aquele novo prazer. Até que Magda interrompeu a descoberta do novo, respirando fundo. Ela nunca havia estado tão excitada. Seus m*****s estavam duríssimos por baixo da camiseta e ela não pode evitar olhar para o pênis de Apolo, que parecia querer rasgar a bermuda de algodão. - Acho que é hora de dormir, não é? - disse Magda se afastando, sem saber o que fazer. Magda, atordoada com a mistura de sensações se trancou no banheiro da suíte do quarto da república onde dividia com Apolo. Lá dentro, apoiou as mãos na pia e nem sabia o que pensar. Escovou os dentes e tirou a roupa para colocar a camisola. A calcinha estava extremamente ensopada. Ela tirou e a jogou no cesto de roupas sujas. Olhou-se no espelho. Viu ali naquele instante, uma mulher de 46 anos, quase formada, corpo bem feito para a idade, m*****s eretos, mas com o rosto enrubescido de se lembrar do que havia acabado de fazer há poucos minutos. Porém, juntamente com o remorsos, Magda estava também extasiada com aquele beijo. Apolo era ainda mais bonito que ela. Aos 23 anos, tinha um curso inteiro de Economia atrás dele. Ainda pensando em Apolo, Magda sentiu sua v****a tremer. Colocando um dedo nela, percebeu o quanto molhada estava. Com medo daquele novo sentimento, vestiu apressadamente a camisola e voltou para o quarto. O lugar agora estava escuro, iluminado somente pela luz dos carros que passavam do lado de fora da república. Apolo já estava na parte de cima do beliche. Então tomada pelo momento, Magda disse: - Sorte a sua, que você está aí em cima, - Magda ia falando enquanto se enfiava embaixo dos lençóis, na parte de baixo - senão você ia ver uma coisa. Assim que deitou, Magda tomou um susto. Apolo não estava em cima, como costumava dormir, mas sim a esperando na cama de baixo. - Mas... Apo... Como resposta, Apolo deu um beijo no rosto de Magda, que logo deslizou para a boca da mesma. Começaram com a guerra de línguas novamente. Nesse momento, Magda não quis mais nem saber e puxou o colega de quarto para bem perto dela, começando a acariciar o pênis de Apolo. Ele gemeu baixinho e colocou as mãos por baixo da camisola de Magda, passando a procurar os s***s dela. Magda sentiu um furacão passar em sua alma, quando Apolo lhe tocou o mamilo. Ensandecida por aquela nova forma de amar, Magda acendeu o abajur, para que ela pudesse ver Apolo tirar a roupa, enquanto ela também se despia. Magda já tinha visto Apolo seminu algumas vezes. Mas o sentimento naquela hora a fez ficar maravilhada com a beleza daquele jovem mulato. Sem pensar demais, Magda puxa o colega de quarto em direção aos s***s dela, para que ele os chupasse. Apolo mamou com força, até que Magda o puxou de volta para a boca da nova mulher moderna, onde se encontraram num violento beijo, que acabou com Magda deitando em cima de Apolo. - Hoje eu vou dormir em cima - brincou Magda, passeando a língua pelo corpo do colega de quarto. Ao chegar ao pênis do colega, Mary acariciou os pelos rasteirinhos com o rosto e começou a lamber toda a extensão do mastro de Apolo. Ela, que já tinha o costume de praticar sexo oral nos meninos desde a adolescência, nunca tinha sentido aquele gosto antes. O proibido somado aos gemidos indefesos de Apolo, estava enlouquecendo Magda cada vez mais. Desde que começaram a dividir o quarto, ela sempre percebeu que Apolo é aquela jovem todo decidido e teimoso, mas, que no final das contas, só quer mesmo um bom colo. Magda sempre o amou muito como amigo, mas nunca pensou naquele tipo de contato. Magda subiu novamente pelo corpo do colega e o beijou, dividindo com Apolo o próprio gostinho do sexo do jovem. Ele deu uma risadinha cínica, dizendo: - Nossa... Magda! O que foi que a gente fez? O tom da voz de Apolo, porém, não mostrava arrependimento algum. Tanto que com a mão direita, ele começou a acariciar a v****a de Magda, dizendo baixinho: - Também quero... Experimentar o seu sabor. Apolo colocou o pênis dentro de Magda, e começou mexer nela em vai e vem, para que aquele pênis ereto, quase empedrado de t***o a penetrasse cada vez mais fundo. Olhavam um nos olhos do outro e sorriam maliciosos. Estava tão prazeroso que Magda começou a gemer. Aquilo estava bom demais. Apolo fazia movimentos junto com Magda, para que as estocadas fossem ainda mais deliciosas. - Não acredito que estamos transando! Porque nunca transamos antes? - Magda perguntou. - Vai ver estávamos muito ocupados com outras pessoas - riu Apolo, olhando fixamente para os pelos pubianos da colega subindo e descendo no pênis dele -  e esquecemos de experimentar o verdadeiro prazer! Ainda ensandecida pelo momento, quem tomou a atitude dessa vez, foi Magda. Ela se agachou na cama, colocando a v****a dela sobre o rosto de Apolo que, baixinho, continuava rindo muito, mas nem por isso deixou de, com as mãos, separar os lábios vaginais da colega e enfiar a lingua fundo. Ele lambia Magda freneticamente, enquanto Magda se segurava nos pilares do beliche para se equilibrar direito. Com as mãos livres, Apolo começou a se masturbar enquanto satisfazia a colega, sentindo o orgasmo chegar à medida que ficava mais e******o. Os dois mexiam os quadris de prazer, num ritmo tão lindo, tão perfeito e tão gostoso, que só pararam quando ambos gozaram juntos, cada um da sua maneira. Exaustos com tudo aquilo, relaxaram abraçados, enquanto a respiração e pulsação dos dois voltavam ao normal. Magda olhou para Apolo. - Eu te amo muito, Apolo. - Eu também te amo, Magda. Um singelo e suave beijinho na boca aconteceu e ambos dormiram como bebês. Eles agora estavam em outro lugar, e já não pensavam mais como alunos universitários, menino ou mãe de família. Agora Magda e Apolo pensavam apenas em gozar. Pensavam também em como estavam sentindo-se livres, libertos da sociedade que proibia enormes diferenças de idade e adoravam sentir-se assim.
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