Prólogo

1377 Words
_  ERICK   MILLER   _   Observando meus companheiros prestarem suas últimas homenagens,me mantenho da mesma forma desde que cheguei aqui pela manhã. Há uns meses atrás, decidi me aposentar dessa área repleta de perigo e aventura,mesmo estando apenas com meus 34 anos. Optei por viver uma vida onde possa ter tempo, o que se tornou impossível desde que me tornei militar e havia se tornado uma das coisas que passei a desconhecer.           Ao fim das homenagens pelos homens que um dia seguiram minhas ordens à risca, agradeço batendo continência e me retiro do enorme campo de treinamento repleto de soldados muito bem treinados. Acho que meu tempo como militar havia chegado ao fim muito antes de pedir minha saída.    Entrando na sala onde ocupei por muitos anos,vejo tudo que um dia foi meu maior orgulho, tudo que fez parte da minha vida desde a adolescência e agora ficaria apenas na mente como lembranças. Meu pertences organizados em duas caixas assinadas com meu nome seriam mandadas para minha casa em Londres. —  Tenente Miller? -  ao ouvir a voz de meu melhor amigo, pude deixar o sorriso se formar em meu rosto por saber que não o verei em minha frente tão cedo e não teria que aguentar suas piadinhas de merda durante seus horários livres dos treinamentos -  acho que terei chances de ocupar seu cargo. Não via a hora de te ver longe desta aconchegante sala -  gargalhando, me viro em sua direção o encontrando parado em frente a porta fechada, seu olhar de divertimento era uma das muitas coisas que sentirei falta.    — Vejo que terei um novo tenente no meu lugar. Apesar de muitas vezes ser o motivo de meu nervosismo diário, sentirei falta de suas piadinhas,a maioria sem graça, Lucas - ao lhe ver  bater continência, soube que era hora de partir rumo a minha mais nova vida.         A uns dois anos que minha vida se resumia nesse lugar, o que ocasionou o fato de não ter notícias de minha filha e minha ex mulher. Porém, com minha nova decisão e aposentadoria do meu cargo, verei se consigo uma aproximação de pai e filha com a garotinha que um dia foi considerada minha marrenta.   Ao cruzar aqueles portões de treinamento, sinto a liberdade em meu corpo, era como se fosse um presidiário que havia sido condenado por um crime que não cometeu e tivesse pagado pelo erro de outra pessoa. Liberdade sempre seria a mesma, independente da circunstância em que nos encontramos... malia miller -    Ouvia o motor do meu carro abafar os outros,sentia meu corpo pesado e  cheio de adrenalina, sob efeito de alguns entorpecentes que utilizamos a uns minutos atrás. Ao ouvir o disparo da arma que indicava o início da corrida, arranco com meu carro deixando aqueles amadores para trás. A gargalhada que ecoava de minha garganta junto com os gritos de euforia ao ultrapassar os dois únicos carros a minha frente eram ouvidos pelas pessoas que assistiam a todo espetáculo,a euforia entre ambos faziam meu corpo ter reações de euforia extrema.   Antes de ter sido convidada para participar dessa corrida, minha mãe havia me castigado por ter batido em uma das garota que me infernizaram no colégio,mas mesmo com o fim das aulas e ter sido aprovada no terceiro ano do ensino médio,a filha da p**a me dedurou para a mamãe v***a, que no caso era a diretora,o que me causou uma bronca de minha mãe que pouco está se fudendo para o que faço da vida. Ela e meu pai, que para mim é um desconhecido, ligaram o f**a-se para os caminhos que sigo. O merda do Erick é um filho da p**a que desapareceu da minha vida como se não fosse importante; mesmo quando o tinha por perto,era como se fosse nada. Agora, minha querida mamãe,vive em salões de beleza gastando o dinheiro do corno do meu padrasto. m*l sabe ele que aquela ali, fode - transa - com todos os seus sócios na empresa.      Minha vida não é perfeita e está longe de ser,o único que merece e sempre irá merecer meu respeito será Ricardo, aquele é o melhor padrasto que alguém possa ter.    Ao voltar a realidade para a pista de corrida,vejo que estava parada em frente o cara que se responsabiliza pela transferência do dinheiro das apostas. Os gritos de euforia ao me verem sair do carro fizeram meus ouvidos doerem, porém, era a melhor sensação do mundo. — Qual foi Harley? Ferrou com o Murilo -  a cara de Dgson esboçava ironia com um toque de seriedade. Ele sabia que comigo a resposta era na ponta da língua.         Adorava ser chamada pelo apelido adquirido por mim desde o primeiro ano e a primeira corrida vencida. Desde meus quinze anos que participo dessas aventuras fora da lei. —  Qual foi digo eu Dgson! O cara parece criança,se não sabia dos perigos de correr comigo,por que apostou uma quantia absurda e ainda entrou na banheira que ele chama de carro? - Seu olhar sobre mim era de puro orgulho. Dgson sempre soube que comigo é oito ou oitenta, não vinha de enrolação para meu lado que era o termo  “porrada e bomba ". Se não sabe correr, por que entra? Quero mais que se f**a.   —  Tem todo meu respeito, princesa! - Ao fazermos o nosso toque de sempre,um saquinho de cocaína é deixado em minhas mãos,o que me fez sorrir abertamente em agradecimento.         Ao vê-lo se afastar indo em direção ao ganhador do segundo lugar, faço uma carreirinha sobre o capô do meu carro me preparando para cheirar aquele tranquilizante pouco usado por mim.   A dois anos atrás, com meus quinze anos, Digson começou a me ensinar tudo que sei hoje, desde a dirigir à  lutas clandestinas. As drogas começaram a fazer parte da minha vida a uns três a quatro meses atrás, porém não era nem um vício que eu tinha ou que mais fazia parte de mim, sempre usava nos fins de corrida.   Ao ouvir as sirenes do carro de polícia, nem me preocupei em sair daquele local, pois não seria a primeira nem a segunda vez que iria presa. Portanto, sentada no capô eu estava, sentada eu fiquei. Se tentasse fugir, estaria cometendo dois crimes de uma só vez,então  deduzi ser melhor continuar em meu lugar e aguardar os queridos cumpridores das leis.   — Vejo que fará companhia ao delegado mais uma vez, Malia - Roger,meu querido tio postiço e irmão de Ricardo,me algemou enquanto os outros dois policiais faziam a vistoria em meu carro. Não negaria estar sob efeito de drogas e muito menos faria isso, não tinha nada a esconder de ninguém e pouco me importava se as pessoas iriam comentar.  — Nada que você e o seu peguete de p*u pequeno não saiba - sabia que Roger e Jonas eram gays e se pegavam, porém, nunca comentei com ninguém e muito menos com eles. E, como se fosse para se vingar das minhas palavras, Roger me empurrou com brutalidade dentro da viatura, fazendo-me bater com a cabeça na porta. A gargalhada que deixei escapar por entre meus lábios o fez desejar minha morte - Quando chegarmos,se quiser,deixo vocês a sós para pagarem um boquete um no outro. Quem sabe assim,o seu mau humor não desapareça!      —  Ao olhar de relance para os outros policiais,os vejo segurando alguns saquinhos pequenos de cocaína e alguns cigarros de maconha. Mas o que me fez rir descontroladamente, foi olhar para suas caras e os ver segurar um riso pelo o que havia sido dito por mim. — Reza para meu querido irmão pagar a sua fiança, pois se isso não acontecer,farei questão de te colocar na linha de uma forma que esse seu corpo de v***a irá ficar todo roxo - conseguia enxergar o ódio em seu olhar.      Roger nunca me suportou e não será desta vez que ele tentaria se fazer de boa pessoa. Sem conter a gargalhada enquanto os outros polícia entravam em meu carro para ser aprendido, Roger entrou na viatura seguindo caminho para a delegacia.    Minha mãe iria me matar ao receber uma ligação em plena uma da manhã dizendo que a filha está na delegacia, e pior,com ela pensando que eu estava em casa cumprindo meu castigo.
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