Capítulo Três

1000 Words
A festa das meninas foi um verdadeiro sucesso. Por causa disso, Ana Cláudia fez vários contactos com as mães que lá estavam, e até recebeu pedidos de encomendas para casamentos e batizados. Algumas das mulheres presentes não esconderam o seu desagrado quando a viram tão próxima de Vitório. Uma delas se aproximou quando Ana Cláudia estava a servir alguns salgados. - Olá Ana Cláudia. Sou a Teresa dos Reis. - Eu sei quem és. Está tudo bem? - Digamos que ainda não. Eu gostaria de saber qual é a tua intenção ao te aproximares tanto do Vítor. Eu o conheço há anos, e nunca o vi sorrir tanto para uma mulher. - É mesmo? Vocês são amigos? - Não. Apenas temos alguns negócios imobiliários em comum. - Que pena. Porque se fosses amiga dele, eu teria o maior prazer em te responder. Com licença. A mulher ficou com raiva e foi embora da festa sem dizer nada. Vitório percebeu o que houve e foi falar com Ana Cláudia. - O que a Teresa disse para você Ana? - Nada importante. Ela teve a resposta que merecia. - Deve ter tido mesmo. Acabou de ir embora e nem se despediu. - Não fará falta. Ela disse que têm negócios no ramo da imobiliária. - É verdade. Mas nunca estamos juntos em reuniões. Eu sou o sócio maioritário, e ela tem apenas 2 porcento de acções e pouco poder nas decisões. - Me desculpe Vitório. Ela me tirou do sério. - Não te preocupes. A Teresa sempre foi insuportável. Tu só a fizeste entender isso. Os dois riram e foram ter com as meninas. Por outro lado, Alice e Flávia também tinham se dado muito bem. As duas tinham perdido os seus parceiros e criado seus filhos sozinhas. Eram mulheres muito fortes. - Sabes Alice! O meu Vitório só voltou a sorrir depois que conheceu a Ana Cláudia. Antes disso, ele pensava demais em trabalho. - Ser pai solteiro não é fácil para ele amiga. Mas ainda bem que estás aqui. - Sim. A Melissa é uma menina especial. Só lamento que ainda sinta falta da mãe que a abandonou sendo tão pequena. - Não é fácil para ela também. Mas, eu acho que ela poderia ter sim o amor e carinho de uma mãe. Olha só como ela adora a minha filha. E a Pérola já a considera sua irmã. - Eu também a considero minha neta. E o facto de terem nascido no mesmo dia só ajuda. Sabes! Acho que os nossos filhos estão destinados a ficarem juntos. - Eu penso o mesmo. Mas, a Ana Cláudia é teimosa como o pai, e se depender dela as coisas não vão acontecer tão cedo. - Então precisamos agir. Por causa do que houve com a mãe da Melissa, o meu Vitório acha que todas as mulheres o vão abandonar. E ele não quer que a filha passe por isso novamente. - Não te preocupes amiga. Eu tenho um plano, e sei de duas pessoas que são as mais indicadas para nos ajudar?. - E quem são elas? - A Pérola e a Melissa. Elas não se separaram mais desde que se conheceram, e aposto que o pedido de aniversário delas foi ter uma família. Uma pediu um pai e a outra pediu uma mãe. - Nossa Senhora! Como não percebi? Por isso estavam cheias de segredos uma com a outra. - Isso mesmo. Elas vão nos ajudar a juntar o Vitório e a Ana Cláudia. Mas, eles não podem desconfiar ou vão ficar bravos. - Tudo bem. Falaremos com as meninas quando eles não estiverem tão atentos. - Mamãe! - Oi Filha! Está tudo bem? - Sim. Mas vocês sumiram da festa. - Não somos mais jovens filha. Este é um dia especial para as meninas, e eu precisava de conversar mais com a Flávia. - É verdade Ana. A Alice e eu temos muito em comum. - Eu sei disso. E fico feliz que se tenham dado tão bem. A vossa amizade será uma inspiração para as crianças. - Com certeza. Alice eu já volto. Tenho que dizer uma coisa ao Vitório. Ana Cláudia sentou ao lado da mãe. - Você me parece feliz filha. - Eu estou muito feliz Mamãe. Mas, também estou com medo. - Falas do Vitório? - Sim. Ele é um homem tão bondoso, lindo e inteligente. Sem citar que é um óptimo pai, mas eu temo não servir para ele. - O quê? Mas filha que pensamentos são esses? Você é maravilhosa. Linda por fora e por dentro também. E tens o enorme coração que tinha o teu pai. Por isso o amei tanto e não pude amar mais ninguém. - A Senhora também é linda Mamãe. Ainda podes ser muito amada e amar novamente. - Quem sabe.Mas, eu prefiro ver você vivendo um amor imenso. Como o que tive com o teu pai. Diz me uma coisa, você acha mesmo que o Vitório só te vê como uma amiga? - Sim. É o que nós somos. - Exacto. Mas, ele não olha para você como amiga, e sim como mulher. Porque não começam do básico? Quero dizer, podem sair para jantar, ir ao cinema, mas sem as meninas. - A Senhora fala sério Mamãe? - É claro que sim. Vocês são jovems e livres. E sendo amigos, qual é o m*l de saírem para jantar? - m*l nenhum. A Senhora está certa. Eu vou fazer o convite a ele. Será óptimo termos uma noite sendo apenas nós. - Exactamente filha. Aproveite bastante. O Vitório é um homem jovem e muito bonito. Não ficará solteiro por muito tempo. Sabendo que a sua mãe estava certa. Ana Cláudia decidiu agir. Ela ainda não sabia o que sentia por Vitório, mas tinha a certeza que não o poderia ver sorrindo e olhando para outra mulher, do mesmo jeito que olhava para ela. Mas, viver este amor não seria nada fácil para o casal que redescobrir o amor.

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