capítulo 39

1287 Words
Marina narrando Sentada naquela sala de espera aguardando o resultado de meu exame de sangue,me sentia feliz por saber que Derick estaria longe mais sempre pensando em mim,estava feliz por saber que independe do que possa acontecer conosco durante esse período de um ano,o que sentimos um pelo jamais irá se esvair. Embora sinta que teremos de passar por muita coisas, acreditava que sempre estaríamos juntos,seja como marido e mulher ou como os irmãos que somos e nunca deixaremos de ser. — Marina... Olhando para a médica em minha frente,me ponho de pé sentindo a batidas de meu coração acelerar ao olhar para suas mãos podendo encontrar meus exames feitos a duas horas atrás, pois assim que sai do aeroporto após me despedir de Derick, decidi que viria a uma clínica mais próxima e faria o exames para tirar esse sentimento dentro de mim. — Qual foi o resultado dos exames doutora? — por mais que estivesse insegura,a ansiedade estava falando mais alto. A vendo sorrir gentilmente,soube que ela não havia o aberto e muito menos sabia o que constava naqueles papéis, apenas os pegou e trouxe até mim. Os entregando em minhas mão,a médica apenas sorri como se e desejasse “ boa sorte” e se retira voltando para seu consultório. Com os exames em mãos, saio daquela clínica e entro no carro de Derick que deveria voltar para a garagem da casa de nossos pais,pois assim como não considero meu Carlos como meu pai,aquela deixou de ser minha casa,na verdade nunca havia sido. Olhando para meu celulares sobre o banco do carona,o pego encontrando uma mensagem do amor da minha vida, uma mensagem que me fez sentir as lágrima caírem com facilidade enquanto um sorriso nascia em meus lábios. “ No momento em que sorriu em minha direção,senti meu corpo se arrepiar. No momento em que se aproximou,meu coração acelerou. No dia em que demonstrou interesse,meu mundo se alegrou. Você é a minha luz em meio a escuridão e o caos. Como pode alguém mudar uma vida com um simples “ sim”? Amores como os de outras pessoas são fáceis de encontrar pois estão a qualquer esquina,mas amores como o nosso estão em extinção... Eu te amo daqui até a lua,Marina! Espero poder passar o restante da minha vida com a mulher perfeita que você é. Não será alguns quilômetros e horas de viagens que irá nos separar. Você é minha amiga,minha esposa e quem sabe alguns anos...a mãe dos meus filhos! Eu te amo e estarei contando os dias para te ter em meus braços novamente. Juízo minha linda e qualquer coisa,me liga que pego o primeiro vôo de volta! ” Derick era perfeito em todos os sentidos,era minha razão de viver e meu insentivo todas as manhãs ao despertar para mais um dia conturbado e difícil,sua falta não é nada,pois mesmo longe ele permanece presente. Secando aquelas lágrimas de emoção,saio com o carro daquele estacionamento indo em direção a casa que me faria desejar que os dias passassem cada vez mais rápido. Embora tenha me negado a dizer a verdade,tenha lhe impedido de simplificar nossa vida juntos,as vezes pensava se realmente fiz certo em fazer algo assim,me perguntava se as coisas seriam mais simples e menos confusas,porém sabia que se tivéssemos dito sobre essa nossa união,nossos pais teriam feito o possível para nos manter distantes, acredito que me mandaram para um colégio interno onde não sairia sem sua autorização,pois esses que se titulam nossos pais podem comprar qualquer pessoa. Amo Derick com todas as minhas forças,faria de tudo para lhe ver bem e feliz,mas enfrentar nossos pais dessa maneira seria o mesmo que declarar guerra ao Afeganistão. Estacionando o carro de Derick na garagem de casa, suspiro profundamente olhando para aquele envelope que poderia mudar minha vida por completo,que poderia por um fim em meu casamento,pois desde a discussão em nossa casa fora da cidade,pude entender que dar essa notícia para Derick seria o mesmo que pedir a separação. Ele me ama com a mesma magnitude que o amo,mas ter a possibilidade de ser pai por agora o fará me odiar e né desprezar,o fará se afastar de forma que nos machuque. Ele não quer isso,assim como me atormentava por deixar isso acontecer. Entrando em casa pela cozinha,deixo minhas chaves sobre o balcão seguindo para sala de estar e me jogando no sofá enquanto deixava meus exames sobre a mesinha de centro enquanto tentava ter coragem para abri-los. Havia chances disso acontecer,pois havia esquece de manter meu medicamento em dia,mas também havia chances de estar né martirizando sem motivos, não faz muitos dias que estou sem meu anticoncepcional. Ouvindo o telefone da casa tocar, suspiro profundamente e me levanto voltando até a cozinha atendendo sabendo que era minha mãe,pois por algum motivo ela estava bancando a mamãe preocupada. — Marina falando. — Filha, pensei que não atenderia — com uma voz entusiasmada, mamãe se pronuncia. — Pensei nessa possibilidade,mas decidi fazer caridade — reviro os olhos enquanto me apoiava ao lado do telefone. — E seu irmão? O acompanhou até o aeroporto? — com a vizinha baixa,Dani pergunta. — Como os pais dele não estavam aqui para isso,o acompanhei e me despedi...— sentindo meus olhos arderem, suspiro engolindo o choro. — Você sabe que precisávamos fazer essa viagem,sabe que não poderíamos perder um novo investidor — justifica me deixando irritada. — Esqueça suas justificativas e volte para seu marido dominador...— sem lhe permitir dizer mais alguma palavra, encerro a ligação. Voltando para a sala de estar, afasto as lágrimas que se formaram ao mencionar Derick e pego meus exames subindo aquelas escadas com o objetivo de ir para meu quarto. Abrindo aquela porta fechando-a atrás de mim,me sento em minha cama pegando meu celular em meu bolso e discando o número de Piter,pois além de ser meu melhor amigo ele também é meu confidente e a pessoa que mais confio. — Minha musa,a que devo a sua ligação? — com carinho que sempre teve por mim, Piter pergunta. — Preciso de alguém para me acalmar... — O que está acontecendo Mari? Você está bem? — interroga preocupado. — Estou, apenas estou com medo do que possa acontecer...— suspiro pesadamente. — Como assim? O que você fez? Você está me assustando Mari — ouvindo um barulho no fundo da ligação, deduzo que ele esteja se deslocando de lugar. — Acho que estou grávida Piter! O silêncio permaneceu na linha,podia ouvir apenas sua respiração. Piter sabia e sempre soube como meus pais são, ele sabia que se realmente estivesse esperando um filho do meu namorado que ele não conhece,aquele homem que se diz meu pai poderia fazer algo contra mim e esse possível bebê. Piter ficou com medo por mim. — Você confirmou isso Marina? Pelo amor que você tem a sua vida,diz que não está confirmado e podemos ter a esperança de ser apenas uma suspeita — implora preocupado. — Não confirmei mas estou com os exames em minhas mãos... Estou com medo de abri-lo — confesso sentindo meu peito se apertar. — A merda está feita, agora você precisa confirmar essa sua suspeita. Não que diga que ter um filho seus r**m, porém vi e está vivendo algo perigoso para um gestação. — Sei disso... Vou abrir o exame,fica na linha ok? — peço deixando meu celular sobre minha cama com a ligação no viva voz. Com as mãos trêmulas e meu peito se apertando,tiro aquela folha do envelope e me coloco a lê-la com precisão e um único pedido em mente: não poderia estar grávida. Olhando para a palavra em negrito no fim da folha,sinto minhas lágrimas molharem meu rosto. — O que diz o exame Marina?

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