Derick narrando
Olhando para Mari sentada a minha frente enquanto mantinha seu olhar preso no copo de suco sobre a mesa,sabia que estava incomodada por estar no mesmo ambiente que nosso pai,pois depois do que aconteceu nessa casa, nada voltaria a ser como antes,assim como sabia que Marina jamais o perdoaria por ter lhe agredido brutalmente. O silêncio naquela sala de jantar,está deixando minha mãe apreensiva,seu olhar demonstrava isso, mas havia algo que não concordava e jamais irei;ela estava esperando que a filha dissesse algo ao meu pai,e de preferência, queria ouvi-la se desculpar por ter dito a verdade, por ter dito tudo que está lhe sufocando,ter dito o que lhe atormentou por meses e que foi um dos motivos de tentar cometer suicídio. Podendo observar cada detalhe de minha menina,pude ver que seus olhos estavam vermelhos,sua respiração era sendo controlada,assim como o nó preso em sua garganta.
— Não tem nada para dizer Marina?
Olhando para minha mãe indignado,recebo um olhar reprovador do homem sentado ao lado. Era um absurdo aquela cena,aquela atitudes de minha mãe e seu desejo ao questionar Marina.
— Não... Se me derem licença,tenho mais o que fazer do que pagar de família perfeita...— se levantando da cadeira, Mariana faz menção de sair daquela sala,porém meu pai lhe segura pelo braço.
— Não lhe damos permissão de sair, então volta e se senta...— com a seriedade que sempre teve,aquele homem pronúncia suas palavras fazendo Marina sorrir debochada.
Acatando sua ordem, Mari se senta olhando somente para ele,o sorriso nos lábios demonstrava que ela lhe afrontaria,a forma que estava sentada indicava que não se importaria com o que ele poderia fazer e muito menos se seria agredida novamente.
— Quer conversar? Ok,vamos conversar... O que acha de começarmos por você,mamãe?— apoiando os braços cruzados sobre a mesa,Mari afronta a mãe — se está passando pela sua cabeça que irei pedir desculpas para seu marido, está muito enganada. Quer brincar de família perfeita,compre a p***a de uma casinha de boneca e faça a sua família...
— Olha como você fala comigo, Marina! Ainda está na minha casa,deve seguir as minha ordens, não sou seus amiguinhos que você trata da forma que quiser...— se pondo de pé, apoiando as mãos sobre a mesa fazendo Marina gargalhar enquanto seus olhos tomavam um brilho diferente,minha mãe a repreende.
— Volta para as merdas das suas viagens! Acha que só por estar na sua casa,dever respeito a você e ser sua filha,vou pedir perdão por dizer a verdade? Está totalmente enganada...— bebendo seu suco, Mari desvia seu olhar para meu pai — acha mesmo que sua mulher vai conseguir me fazer te perdoar? Acha que pode me controlar através de secundários?
— Marina...— minha mãe tenta repreender.
— Para você,disse tudo que tinha de falar! — me surpreendo com sua forma fria.
— Marina,deixa disso de lado e vamos dar uma volta na cidade...— lhe peço prevendo o que aconteceria se não saíssemos dali.
— Não,eles queriam conversar, é isso que faremos...— se desviar o olhar de meu pai,Mari respondi depositando uma força incrível no copo que estava em sua mão sobre a mesa.
— Você vai se calar, irá se levantar e sair da minha frente garota...— ficando irritado,meu pai ordena a fazendo negar.
Levantando-me da cadeira onde estava sentado,dou a volta a mesa e pego em seu braço a fazendo se levantar. Tentando fazê-la sair daquela sala de estar, Marina se solta de meu toque.
— Você não aceita a verdade, não suporta que digam o quão errado está,acha que por ser superior,pode controlar qualquer um ao seu redor,mas olha que interessante,eu não sou sua marionete...— irritando cada vez mais nosso pai, Mari se apoia na mesa mantendo se olhar preso ao do homem a sua frente — você não me causa medo com suas ameaças, não pode me controlar com chantagens ou com a merda de suas agressões. Não preciso viver com uma pessoa mesquinha e hipócrita como você, não vou aceitar que ao menos pense em tocar em mim. Disse uma vez e vou dizer novamente; o seu filho está aqui,ao meu lado e implorando para que me cale, está realizando o seu sonho e lhe causando a p***a do orgulho que você sempre imaginou. Então, esqueça de mim, não ouse a se aproximar ou até tentar usar a força a seu favor,pois meu pai está morto,ele morreu ao levantar a mão para mim,morreu quando passou a me agredir por diversão...
Surpreendendo tanto eu como minha mãe,meu pai se levanta da carteira segurando o pescoço de Mari. Ao fazer menção de separa-los e ajudar minha menina,Marina apenas sinalização para não me aproximar.
— Você irá me obedecer garota, enquanto estiver morando debaixo do meu teto, é assim que as coisas irão acontecer...— com a vizinha baixa,porém demonstrando irritação,meu pai se pronuncia.
Em um movimento rápido, Marina lhe acerta um chute nos "países baixos" - o que até eu senti a dor - o fazendo lhe soltar e voltar a se sentar gemendo de dor.
— Você enlouqueceu, Marina?— mamãe se altera ajudando o marido.
— Foi bom conversar com vocês,mas se não se importam, tenho um passeio com meu irmão — abrindo um sorriso falso,Mari pega em minha mão de forma delicada — o aviso está dado, se tentar alguma coisa contra mim,lhe farei sofrer o dobro.
Sendo puxado em direção a sala de estar, Mari demonstra tranquilidade. Saindo pela porta,a viro em minha direção tocando em seu rosto a fazendo olhar em meus olhos.
— Está tudo bem? — assentindo,Mari deposita um beijo em minha bochecha bem próximo de minha boca.
— Melhor impossível!- sussurrando em meu ouvido,Mari morde fracamente minha orelha,o que me fez,por impulso,lhe acertar um tapa em sua b***a e toca em sua b****a coberta por sua calça jeans.
— Hoje,vamos passar a noite na casa de nossos avós! — sorrindo se afastando, Marina apenas assenti me puxando em direção ao meu carro.
Lhe abraçando por trás,a faço segurar no carro enquanto aperto sua cintura contra meu corpo a fazendo gemer baixinho. Olhando para a casa vizinha,pude ver Dona Carla nos observando confusa e com um olhar suspeito.
— Bom dia dona Carla! Tudo bem com a senhora? — a cumprimento fazendo Marina se assustar.
— Bom dia menino Derick! Namorada nova?— percebendo que ela não havia reconhecido Marina,por ela está com o cabelo cobrindo seu rosto, assinto.
— Encontrei o amor da minha vida!— digo dando um beijo no pescoço de Marina,o que a fez a arrepiar.
— Quem irá ficar com ciúmes será a menina Mari. Sua irmã te ama tanto que não deixa ninguém se aproximar, é tão lindo ver essa forma que ela demonstra te amar.— perdendo o riso, assinto.
— Vou dar tempo ao tempo,ou Marina surta com meu namoro.
— Ela vai entender. Mas agora, preciso terminar algumas coisas.— fazendo menção de voltar para casa,Dona Clara sorri — felicidades meus jovens! — agradeço a vendo entrar em casa.
Suspirando aliviada,Mari se vira em minha direção e me acerta um tapa fraco no peito, o que me fez rir. Abrindo a porta do carro, a morena entra e o liga me fazendo entender que desta vez,seria ela a dirigir. Dando a volta,me sento ao seu lado.
— Sabe que se aparecer com outra garota na minha frente eu te mato, não sabe? — saindo de frente a garagem,Mari se pronuncia me olhando de relance.
— Para quê tanta agressividade, gatinha? Nunca trocaria você por ninguém.— tocando em sua coxa,a sinto ficar tensa a medida que subia minhas mãos — não preciso de outra b****a além da sua, não precisa de nada além de você.— a fazendo arfar apertando o volante do carro,sorrio sabendo o efeito que lhe causo.
— Para ou eu vou acabar batendo o carro,amor — rindo,tiro minha mão de seu corpo e lhe dou um beijo no pescoço.
— Adoro quando te causo essas sensações.— sem me responder, Mari permanece atenta a direção.
Era isso que gostava no meu relacionamento com Marina,ele sempre correspondia a meus toques,meus beijos e o mais interessante,ao meus sentimentos. Eramos como fogo e gasolina,uma faísca ensendiávamos a casa inteira.