Primeira Vista

2020 Words
Toda a casa de Sofia estava em polvorosa com os preparativos para o noivado, menos ela, que estava sentada ao piano e tocava uma peça de Beethoven, a qual havia aprendido a tocar sozinha e desde então se apaixonara. Matilde se aproxima e Sofia para de tocar. -Parece melancólica menina. -E estou Matilde, tenho medo do que me aguarda. -O Dr.Medeiros é um homem muito gentil e agradável. Não há necessidade de ter medo. -Eu não o amo. -Tão pouco ama aquele rapaz. -Mas eu me sinto bem com Pedro, ele é legal e...tem a minha idade. -Sua mãe se casou com um homem bem mais velho. -Mas meu pai...era diferente. -Diferente como? -Eu...não sei. -Sofia, diga-me uma coisa...a companhia de Marcelo Medeiros é desagradável? -Não! De forma alguma. Ele é gentil e mesmo sendo mais velho que eu, é bonito e tem uma elegância que não se vê nos jovens da minha idade. -Então dê uma chance a ele. Melhor. Dê uma chance a você...ou diga a sua mãe que não se casa. -Isso prejudicaria Pedro. Sofia se calou e voltou a tocar. Mia caminhava nervosa pelo jardim, ela procurava por Pedro e o encontrou molhando as plantas dos fundos da casa, próximo a piscina. -Onde você estava? Te procurei por toda parte. -Eu estava trabalhando, não tenho quem me dê tudo. -Engraçadinho. Preciso falar com você. -Sobre? -Sobre Sofia, o noivado dela será amanhã. -Como amanhã? Eu estive com ela hoje cedo e ela não me disse nada. -Então ela está te enganando, você precisa impedir esse casamento. -Eu não vou impedir nada, se ela quer se casar com aquele velho eu não posso fazer nada. -Vai desistir então? -Vou falar com ela, mas não posso garantir nada. Mia saiu pisando duro e emburrada, Pedro precisava agir...e ela também. Pedro gostava de Sofia, mas não a ponto de enfrentar sua mãe, querendo ou não, ele precisava do trabalho e se Sofia, que era filha dela, tinha medo de enfrentar, como ele o faria sozinho? Mia entrou na casa grande e viu Sofia, que conversava com Marcelo, a morena ouviu a campainha tocar, mas não ficou para ver quem era. m*l chegou a seu quarto e resolveu voltar para falar com Pedro novamente, quem sabe se ela insistisse ele agiria logo. Quando ela passou novamente pela sala, uma mulher falava com Sofia e Marcelo. Quando chegou aos fundos, viu Pedro tirar a camisa e começar a se lavar na mangueira. Ele lavou as mãos, os pés e os cabelos. Quando ele sacudiu os cabelos, gotículas de água voaram para todos os lados e os olhares dos dois se cruzaram. O raoaz sorriu ao notar que a menina babava ao olhar seu tanquinho definido. -Gostou? -Muito. -Pode tocar se quiser. Pedro não soube ao certo porque disse aquilo. Mas queria mesmo que Mia o tocasse. Mia se aproximou e tocou a pele do abdômen de Pedro com as pontas dos dedos. Ela tremia e Pedro achou engraçado. -Você gosta? -Gosto. A menina então pulou sobre o garoto e o beijou, invadindo sua boca com a língua, de início Pedro ficou sem reação, mas não interrompeu o beijo. Mia era muito bonita e Pedro se sentia atraído por ela. Seu gosto era doce e viciante. Sofia o enganara, então o que tinha de mais? Os dois foram até a garagem e entraram no carro de Mia.No banco de trás Mia arrancou as calças de Pedro, que apenas levantou seu vestido e tirou a calcinha. Sua ereção pulsava dentro de sua boxer e ele a tirou, libertando-se. Mia o abocanhou com vontade e passou a acariciar. Pedro ofegava e se colocou entre as pernas de Mia. Fazia algum tempo que ele não fazia s**o, já que Sofia se fazia de difícil. Antes de o relacionamento dos dois ficar sério, ele transava com alguma peguete que surgisse, mas estando namorando sério com Sofia, passou a ser fiel. Mia gemia seu nome e os dois chegaram ao clímax juntos. Não ficaram ali por muito tempo,saíram e foram cada um para seu quarto.Quando Mia entrou, uma mulher estava dentro do carro, a mesma que estava na sala conversando, e Marcelo saia porta a fora. Algum tempo antes... Marcelo se levantou cedo, ele visitaria uma paciente. Havia anunciado na cidade que quem precisasse de um médico podia contar com ele, se fosse família pobre ele nem cobrava. O médico havia sido chamado para trabalhar no hospital da cidade por meio período e no seu tempo livre, se dedicava a atender quem o chamasse. Sem Erin, ele não queria ficar em casa, então as vezes, quando não tinha ninguém para atender fora, ficava no hospital até tarde e ia para casa apenas para dormir. Numa dessas noites, ele parou e se sentou no piano, lembrando o quanto Erin gostava de tocar. Ele havia lhe dado aquele piano de presente de aniversário e seria uma lembrança eterna de sua amada. Marcelo foi tirado de seus devaneios por sua irmã. -Não vai tomar café? -Estou sem fome. -Não tem comido muito. -Não tenho apetite. -Ela se foi, meu irmão e não há nada que faça que a trará de volta, se ficar sem comer, ficará doente. Não havia preocupação na voz de Elisa, ela falava aquilo por falar. -Eu não me importo. Marcelo se levantou e saiu, entrou no carro e dirigiu até a casa de uma antiga amiga de sua família. Aquela mulher o havia visto crescer. Ele chegou a casa e entregou a chave de seu carro ao motorista dali para que ele estacionasse. Foi recebido por Célia. -Oi Marcelo, faz muito tempo desde que te vi pela última vez. -É eu era apenas um garoto. -É agora é um homem feito. Eu soube de sua esposa, sinto muito. -Muito obrigado. -falou chateado com a menção a Erin. -Vamos, Mia está em seu quarto. -O que ela está sentindo? -Tem febre e dor no corpo. -Vamos lá ver. Marcelo examinou Mia e disse a sua mãe que se tratava de um resfriado, mas que iria medicar a garota. -Eu preciso resolver algumas coisas, fique a vontade Dr.Marcelo. -Obrigado. A mulher saiu e fechou a porta atrás de si. -E aí mocinha,como se sente? -Esse remédio me deu sono. -Isso é normal. Durma um pouco e se sentirá melhor. A porta se abriu e uma moça idêntica à Erin entrou no quarto. Marcelo se surpreendeu por não se levantar e beijá- Ficou ali, olhando para ela por um tempo e quando ela disse que era melhor voltar depois, ele percebeu o quanto havia sido inconveniente e encerrou a consulta, saindo trópego dali. Foi até a sala, onde Célia estava e rabiscou um receituário. -Ela deve tomar...um comprimido, três vezes ao dia. -Sim, obrigado Marcelo. -Eu...eu tenho que ir. -Calma, você parece nervoso. O que aconteceu? -A moça que entrou no quarto de Mia, se parece muito com Erin. -Deve ser Sofia, minha filha mais velha. -Eu me casaria com ela. Marcelo não soube de onde surgiram essas palavras, mas quando ouviu a resposta, parte do vazio que se instalou em seu peito sumiu. -Eu lhe daria a mão dela de bom grado. -Daria? E ela aceitaria? -Claro. Falando nisso, olha ela ali. A mulher chamou a filha e os dois se apresentaram formalmente. A mais velha deixou os dois para que conversassem. Sofia foi rude, mas Marcelo nem notou. Ele ia todos os dias para vê-la, com a desculpa de que estava cuidando da saúde de Mia. Ele tocou a campainha da casa e a porta foi aberta por Célia, que pediu a Matilde para lhe servir um café enquanto ia atrás de Sofia. A menina que estava no jardim apareceu. A irmã de Marcelo queria conhecê-la e ele iria perguntar a ela quando seria conveniente. - Olá. - cumprimentou a garota. - Olá Sofia. Como está? - Estou bem. O que o traz aqui? Além do casamento, claro. -Minha irmã quer conhecê-la e eu queria saber se é conveniente para você. Nesse momento o telefone de Marcelo toca, é Elisa, que ao contário do que disse, já estava chegando lá. -Pode ser - respondeu Sofia sem saber que a mulher estava chegando. -Desculpe o inconveniente, mas ela já está aqui. -Era ela ao telefone? -Era. -Bom, já que é assim, que seja. Sofia já não era tão rude e o tratava com cortesia. Via-se que sua presença não a desagradava como no início. A irmã de Sofia passou pela sala ao mesmo tempo que a campainha tocou, Elisa entrou quando Matilde abriu a porta e Mia saiu. -Boa tarde. -Boa tarde, aceita um refresco? -Por favor. -Matilde traga um refresco para nós. -Então é essa a garota? -Sim Elisa. Esta é Sofia. -Ela tem um terço da sua idade, pelo amor de Deus! -Elisa por favor... -Por favor o que? Ela só deve estar interessada no nosso dinheiro. -Elisa, mais respeito, ela será minha esposa. -Eu estou aqui sabiam!?-disse Sofia nervosa. -Desculpe minha querida. É que minha irmã as vezes sabe ser desagradável. -Não se preocupe, eu também sei. -Alguém já lhe disse que é insolente menina? -Muitas pessoas. Quer saber? Eu não vou ficar aqui ouvindo você. Sofia ia sair, mas Marcelo a segurou pela mão. -Olhe, Elisa, eu não preciso da sua permissão. Eu estou te comunicando e não te pedindo. -Depois não diga que não avisei. -Fique sossegada que eu não direi. Agora é melhor irmos. -Eu te espero lá fora. A mulher saiu e Marcelo se dirigiu a Sofia. -Não se preocupe, não permitirei que ela te destrate novamente. -Assim espero, ou não respondo por mim. Marcelo saiu e Sofia foi ao quarto de Mia. Queria desabafar com a irmã. Chegou batendo a porta e a irmã se sobressaltou. -O que é isso? -Aí Mia, não quero me casar... -Por que? -Sei lá, ele é agradável mas eu não gosto dele. E aquela irmã?Aff como é chata. -Não case então. -Sabe que a mamãe não me deixou opções. -Enfrente - a, ela não vai te mandar para a Inglaterra. -Não é só isso, é que... -O que? -Nada... -Não diga que é pelo Pedro que eu sei que o que você sente por ele não é amor. -Não, não é, mas a gente se entendia. Mia ficou quieta, ela gostava de Pedro, mas tinha dúvidas se deveria levar a diante o que aconteceu, se tivesse significado algo para ele, claro. Ela ainda queria a independência que casar-se com Marcelo traria, além do mais, sua mãe nunca permitiria que ela ficasse com o jardineiro. Não estava permitindo que ele ficasse com Sofia, com ela não seria diferente. -Faça o que ele te disse então. -E como você sabe o que ele me disse? -Ele me contou, oras. -Eu não sei... Sofia se despediu da irmã e foi para seu quarto, pensou nas palavras dela durante toda a tarde e resolveu ir atrás de Pedro, dependendo do que ele dissesse, ela enfrentaria sua mãe. Mesmo que tivesse que ir com ele para outra cidade, mas não fugiria. Mia esperou que Sofia saisse e fez seu caminho até o quarto de Pedro. Ela não conseguia tirar o que aconteceu da cabeça. Duas batidas na porta e ele autorizou sua entrada. Ele havia acabado tomar banho e estava com a toalha enrolada na cintura. Ela ficou olhando para ele e esqueceu o que veio fazer. -Oi. -Oi. O que faz aqui? Não conseguiu esquecer o que houve hoje de manhã? -Não. -Veio atrás de mais? -Não, mas se tiver eu quero. -Você é danadinha. -Você não viu nada. -Então me mostre. Pedro pegou Mia pela cintura e a jogou em sua cama, arrancou sua roupa e deixou a toalha cair. Mia subiu sobre ele e foi preenchida com seu comprimento. Ela sorriu e continuou se movimentando sobre ele. Sofia procurou por Pedro em todo lugar, pelo horário, chegou a conclusão de que ele estaria em seu quarto e seguiu até lá. Ela falaria com ele e decidiria o que fazer.
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