Oto Capone.
Eu sentia que precisaria ver ela, eu precisava pelo menos do cheiro dessa mulher não sei o que ela fez comigo não consigo esquecê-la eu não dormi a noite e meus pensamentos iam somente naquele beijo.
- Quero que me leve até a casa de Alessa. Entro no carro assim que saio do Hotel.
- Mas senhor!!
- Mas senhor não! faça o que estou mandando e aproveita vá buscar Matias na empresa quero ele na casa de show pra ontem.
- O senhor é quem manda.
Estava olhando pela janela quando vejo Alessa na praça.
- Para o carro! grito e o motorista freou logo, desci do carro e fui até ela.
- Alessa! a chamo e ela vira mas logo vejo uma criança no colo dela.
- Ah...Bom dia Oto- percebi que o rosto dela ficou corado.
- Eu queria falar contigo.
- Senta aqui- ela disse com aquela voz que me fode, me sento do lado e vejo aquela criança me olhar com os olhos brilhando o mesmo olhar dela, estava com algo no nariz.
- Ah Oto, esse é meu filho Gabriel- ela fala mostrando a criança para mim.
- Gabriel! fiquei surpreso por isso que Henrico falava muito que ela precisava do emprego por causa do filho, até então deixei passar.
- Muito bonito você dar a ele o nome do seu irmão- digo.
- Sim! Gabriel é o Amor da minha vida, ele foi meu ponto de equilíbrio por muitas vezes.
- Isso é lindo, Alessa queria te pedi desculpas novamente por ter te beijado eu não consigo me controlar- digo de cabeça baixa e vejo o sorriso de Alessa tímido.
- Eu... na verdade gostei- ela solta disse corada, envergonhada, e a olhei surpreso.
- Só peço que tenha paciência comigo- espera! ela está me aceitando?
- Alessa eu...ela me interrompeu.
- Não diga nada Oto, na verdade eu gosto muito de você.
- É bom saber disso Alessa- eu disse tentando dar um beijo nela e ela colocou a mão na boca fazendo com que eu beijasse sua mão, ela ainda estava envergonhada.
- Eu espero o tempo que for- digo dando um beijo na bochecha dela, mas logo a criança começou a tossir e se engasgar, começou a sufoca, e ela ficou desesperada e chorava muito.
- Tem algum médico aqui- começo a gritar e na hora surgiu um cara.
- Eu sou!- ele disse colocando a bolsa no chão e pegando a criança no colo, fazendo os primeiros socorros, tirou aquele acesso que ele tinha no nariz.
- Precisamos ir para um hospital urgente- ele disse correndo e eu e Alessa fomos mais atrás, ela chorava e então eu peguei na mão dela e pela primeira ela aceitar. Chegando no hospital todos correram com o garoto nos braços.
- Calma, tudo vai ser resolvido- digo abraçando a mesma.
- Eu não posso perder meu menino Oto, eu não posso- ela falando chorando.
- Olha para mim! você não vai perder ele isso eu te garanto- enxuguei as lágrimas que escorriam no seu rosto, ficamos ali na recepção e logo chegou outra mulher chorando.
- Onde está ele? ela perguntou vindo abraçar Alessa.
- Ele é...- ela perguntou olhando para mim e Alessa confirmou com a cabeça. Eu não disse nada até o médico vir.
- Bom! as notícias não são boas, essa criança precisa fazer a cirurgia o quanto antes se não ele não vai resistir- ele disse olhando para Alessa e ela mas a amiga se desesperou.
- Eu ainda não tenho nem a metade desse dinheiro- ela disse desesperada.
- Alessa calma! deixa que eu falo com ele- digo.
- Alessa, eu vi os históricos de todas as consultas que seu filho teve aqui sou especialista no caso- ele disse me ignorando.
- Pode falar comigo! estava com raiva daquele cara.
- Sim! senhor? qual sua graça mesmo?- Graça vai ser o que vou fazer com você se olhar para Alessa dessa forma.
- Quanto é a cirurgia? eu vou pagar- eu disse e Alessa me olhou surpresa.
- Não! você não pode fazer isso- ela disse.
- Quero que aceite isso como um presente- eu disse beijando a mão dela que negava com a cabeça.
- Alessa ele está sem tempo não podemos esperar mais- A outra amiga dela disse e ela olhou para mim ainda em lágrimas.
- Tudo bem! mas eu vou te pagar cada centavo Oto.
- Você pode ir na recepção que todas as documentação vai estar lá e ele vão te explicar todo o processo- o médico disse e eu me dirigi para a recepção, estava assinando os papéis e olho para o lado e vejo o cara tocando no ombro de Alessa, suspiro assinando os papéis, entrego para a moça e assino o cheque.
- Bom Alessa qualquer coisa que você precisa se tiver alguma dúvida pode me ligar- ele diz entregando um cartão para Alessa e eu automaticamente peguei da mão dele.
- Sim, sim vamos ligar sim!- digo para ele e ele me olha surpreso e sai.
- Eu nem sei como te agradecer- ela diz alegre e chorando ao mesmo tempo.
- Eu faço tudo para ver um sorriso no seu rosto- digo beijando a testa de Alessa que me abraça forte. O garoto ia ficar no hospital até o dia da cirurgia mas Alessa se recusava a sair do hospital.
- Amiga você já trabalha se quiser posso ficar com ele aqui- A outra moça disse.
- Não! eu não vou deixar meu filho sozinho.
- Você deve descansar- digo.
- Eu fico aqui! e amanhã cedinho você vem.
- Eu vou sair do emprego não posso deixar meu filho- Alessa disse cabisbaixa.
- Meu Hotel é perto do hospital você pode dormir lá e pela manhã vir para cá- digo.
- Não quero que se encomode!- ela disse envergonhada.
- Vamos e de manhã venho te deixar- ela olha para a Amiga e ela confirma.
- Tudo bem! só porque está longe da minha casa.
- Não confia em mim Alessa?
- Claro! mas...
- Eu não vou fazer nada que você não queira.
- Não é isso...é que eu, tá bom vamos- ela partiu na frente e eu fui atrás dela sorrindo descaramento, abri a porta do carro e ela entrou.
Chegando no Hotel, entramos no Hotel sob o olhar de todos, entramos no elevador ainda sob silêncio porém de mãos dadas.
- Entre! digo assim que abro a porta, e ela entrou olhando cada canto do quarto.
- Poxa eu não trouxe roupas- ela disse.
- Você pode tomar banho que eu providenciarei isso.
Ela entrou no banheiro e eu então procurei uma camisa minha camisa, então coloquei em cima da cama até ela aparecer somente de toalha e eu virei de costas para que a mesma pegasse a camisa ela saiu do banheiro vestida no com a minha camisa logo deitou na cama cobrindo-se com a coberta, então entro para tomar banho.
- Vou dormir aqui- digo preparando me preparando na poltrona que tinha no quarto.
- Não! eu não posso tomar sua cama- ela tenta se levantar.
- Não fique ai- digo a mesma se levanta e pega a coberta e me cobriu.
- Pelo menos fique aquecido- ela disse.
- Como não te achei antes?- pergunto puxando ela e ficamos cara a cara, e ela me olhou timida e se afastou de mim deitando na cama e eu sorri vendo ela envergonhada.