PRÓLOGO 01

1323 Words
PRÓLOGO MARIA CLARA CAMPOS Observo toda a movimentação estranha na sala do meu chefe, hoje está um dia estranho, depois da noticia de possíveis fraudes e envolvimento com lavagem de dinheiro, o CEO da Johnson Marketing, Edward Johnson vive trancado na sua sala com advogados e sinceramente, toda essa situação tem me preocupado, afinal, posso perder meu emprego e para conseguir outro na mesma área aqui em Nova York pode ser difícil já que no meu histórico de experiência, vai constar que trabalhei para um possível criminoso. Sai do Brasil a dois anos depois da morte da minha mãe, tinha acabado de me formar e com a ajuda de Mandy, uma amiga que conheci na faculdade no Rio de Janeiro, me ajudou com o trabalho fora do país. Tomei essa decisão já que ela iria voltar para seu país novamente depois de formada e como nunca soube quem era meu pai e com a morte da minha mãe, eu iria ficar sozinha, então resolvi vir com ela, seus país que moravam já em Nova York, ajudaram com o apartamento onde dividimos tudo. No inicio foi difícil pra mim, embora eu já tivesse um inglês fluente devido ao curso que minha mãe fez das tripas o coração para que eu tivesse essa vantagem no mercado de trabalho, porém, a única pessoa que sabia falar o português, era Mandy e quando me mudei, foi difícil falar somente o inglês, entretanto, agora para mim é como se fosse algo normal. — Atenção a todos.— saio dos meus devaneios quando meu chefe sai da sua sala com três advogados e o Vice presidente, Gael, seu irmão e o mesmo diz. — Infelizmente venho trazer noticias ruins, a Johnson Markenting, será fechada e decretada falência.— todos ficam surpresos com esse comunicado. — Senhor, o que vamos fazer?! Vão simplesmente nos jogar para escanteio?— indago preocupada. — Todos receberam recisões, mas infelizmente, com todas essas acusações que em breve vou provar que são falsas, todos os bens da família e o dinheiro da empresa, foi congelado, perdemos todos os clientes que tínhamos e até mesmo essa empresa está entre os bens congelados, ou seja, não poderá ter operações mais aqui neste prédio. Eu sinto muito a todos, prometo fazer carta de recomendações a todos, estão dispensados. Puta que pariu, o que eu vou fazer? ALGUNS MESES DEPOIS MASSIMO D'VACCHIANO — Mandy, essa última babá que foi contratada, é uma incompetente, eu exijo que veja melhor essas pessoas, ela tinha um antecedente criminal com drogas.— murmuro exasperado. — Foi quando ela era uma adolescente, e na verdade não foi drogas, e sim remédios que ela roubou de uma farmácia para a mãe que estava doente e ambas passavam dificuldade. — Não deixa de ser uma criminosa. — Massimo, já é a quinta babá em cinco meses, algumas pessoas estão com medo, sabem da sua fama de ser implacável. — Eu não gosto de incompetência.— ela semicerra os olhos. — Você fez com que uma das agências de babás, fechasse, somente porque a moça esqueceu de levar sua filha ao balé.— me recosto na cadeira. — As coisas tem que seguir seu cronograma, se não for assim, rua.— ela solta uma respiração pesada. — Me surpreende eu ser a única a conseguir conversa com você abertamente sem que me mande embora, já que falo o que penso. — Seu pai foi motorista a anos da minha família, sua mãe assistente pessoal da minha Amy, e conheci você ainda quando tinha quinze anos, conviveu na minha casa, a considero como se fosse da família, embora as vezes me questiono, você fala demais.— Mandy ri. — Olha, eu não estava aqui, quando ela se foi e sei que ninguém para você vai chegar aos pés da Amy. — Não quero falar disso.— ela levanta as mãos em sinal de rendição. — Eu conheço uma pessoa, é a minha amiga, Maria Clara, conheci ela no Brasil, ela se mudou pra cá e mora comigo, está precisando de emprego e como sei que a única vaga disponível é como babá no momento...— ergo uma sobrancelha. — Mandy, essa moça tem experiência com Marketing, não deve conhecer nada sobre cuidar de uma criança, não vou deixa minha filha na mão de uma doida. — Ela fez muitos trabalhos voluntários em orfanatos no Rio de Janeiro, ela fazia questão de ajudar as crianças, isso já não é algo? — Não.— respondo friamente. — Massimo, eu a conheço, só confia em mim, acho que ela será perfeita para o cargo e vai ajuda-la é temporário, até surge algo melhor para ela e uma babá profissional.— solto uma respiração pesada. — Ajudar pessoas, uma coisa que não faço e faço questão de não fazer. — Não tem opção de babás no momento, você precisa disso, e ela também. Eu ligo pra ela, e peço para vir após o almoço, vai conversar com ela e se sentir que ela não é boa, não a contrata. — Vou te dar esse voto de confiança, mas ela não vai tomar muito meu tempo e a peça para me encontra no restaurante de sempre próximo a empresa.— ela ri. — Ok senhor sou muito ocupado, as dez você tem uma reunião, já preparei tudo na sala de reuniões, a uma loja que quer a D'Vacchiano e o valor que estão dispostos a pagar pela parceria e fornecimento, é incrível, esses perfumes estão no top em primeiro lugar no mundo. — Isso é maravilhoso, agora pode se retirar, as dez em ponto na sala de reuniões.— Mandy bate continência e sai da sala. Fazia três anos que minha Amy havia morrido em acidente de carro, nossa menina estava com a sua avó, mãe de Amy e eu a estava esperando em casa com um jantar romântico, tinha deixado nosso quarto coberto por pétalas de rosas vermelhas, estávamos fazendo sete anos de casados, estava feliz e animado, porém ela nunca chegava, ligava para o celular dela, mas caia na caixa postal, liguei para a agência de viagem onde ela era a CEO e disseram que fazia tempo que ela tinha saído, comecei a me preocupar. Estava prestes a sair da minha casa, quando recebi a noticia de que ela estava no hospital e que já tinha chegado sem vida, seu carro subiu o meio fio e capotou, Amy foi arremessada para fora do carro e acabou batendo a cabeça com força, teve morte celebral. Quando recebi essa noticia, foi como se parte minha tivesse ido junto, conheci ela em um evento aqui mesmo em Nova York, não era para ser algo sério mas aquela mulher, me conquistou, me tinha na mão como um i****a, ela foi minha luz no meio da minha escuridão, tinha acabado de perder meu pai que era como um herói pra mim, tinha voltado da Itália, do enterro dele a pouco tempo quando a conheci. Nossa menina, é idêntica a ela, a única coisa que restou do que tínhamos e a protejo como se fosse minha vida. Nunca entendi o que de fato aconteceu, Amy sempre foi responsável ao volante, não tinha bebido, no laudo da perícia foi dito que ela somente perdeu o controle, mas nunca soube o que a fez perder o controle. Até um certo tempo, eu tinha mandado investigar, mas nunca foi achado nada. Olho para a foto dela segurando nossa menina em seus braços e logo sinto as lágrimas molharem meu rosto, respiro fundo e seco as lágrimas com a mão. — Nenhuma mulher chega a seus pés, você foi minha primeira esposa e será a única.— minha voz da uma vacilada.— Nossa menina está cada dia mais parecida com você, faço questão de falar da mãe maravilhosa que ela teve. Respiro fundo, e me recomponho antes de sair do meu escritório. Nunca vou deixar de te amar, meu amor.
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