MONIQUE — Me diga logo. Que trabalho é esse? — fiquei bem curiosa. Ele ficou rindo. — Você pode ser minha contadora... — Contadora... contadora de quê? Seu doido? — Ué! Eu ganho muita grana, você não sabe contar? Você parece inteligente. — Sim, eu sou bem inteligente, mas contadora? Você tá falando sério ou tá brincando? — Eu tô inventando essa profissão para você, já que você tá desempregada. — ele deitou a cabeça na moto. Ok. Isso é bem fofo, ele se preocupou comigo porque eu estou desempregada. Não vou me comover. Já me comovi. — Não precisa se preocupar comigo, viu? Eu vou trabalhar em outras coisas. A Gabi vai abrir a clínica dela, aí disse que eu posso fazer a arte e também daqui uns dias eu vou embora, né... — voltei a varrer a calçada. Ele ficou me encarando com os