Capítulo 14

1388 Words
João Miguel Fui até o escritório dos meus pais, mas só meu pai estava lá, perguntei pela minha mãe e ele falou que ela foi para casa mais cedo porque estava tendo um m*l-estar, depois de resolver alguns assuntos com meu pai, voltei para minha casa, tinha que tomar banho dormir um pouco, e depois voltar para o hospital. Estava passando pela sala e tomei um susto com a Lívia sentada no sofá, está que assim que me viu se levantou e veio até mim me abraçando. -Meu filho, como está a menina Maria? -Ela está internada Dona Lívia, mas logo, logo ela melhora e volta a fazer bagunça por aqui de novo. -João você não vai mesmo ligar para a moça que cuidou da nossa pequena? Sabe que é o certo a se fazer! Não espere as coisas se agravarem para tomar uma decisão… -Minha mãe te ligou não foi? -Ligou sim, mas todos estamos preocupados com a saúde da Maria, por favor deixe seu ego de lado e ajude sua filha meu menino. – Ela segurava minha mão enquanto olhava em meus olhos, caramba porque todo mundo quer que eu. Chame aquela mulher. -Eu vou tomar um banho Lívia, e depois eu olho isso está bem!? -Certo meu menino, vou deixar um lanche pronto para você. Dei um beijo em sua testa e subi para meu quarto, entrei no cômodo e tirei blazer jogando na cama, logo tirei o sapato, a gravata, a camisa social, o cinto… Encarei meu reflexo no espelho do banheiro, liguei a torneira e joguei uma água no rosto, e terminei de me despi, liguei o chuveiro e entrei, relaxei um pouco os músculos ao sentir a água fazer contato com minha pele. O tempo que gastei no banheiro usei para refletir se valeria a pena mesmo ligar para aquela mulher, e se não fizer diferença e minha filha continuar na mesma situação… E era isso que me deixava nervoso os “e se” existentes, depois de vestir uma box e uma calça moletom me deitei na cama e acabei dormindo tentando pensar em uma outra solução… Acordei e já estava de noite, devo ter dormido umas três horas, levantei, coloquei uma camisa preta, um tênis e peguei uma blusa moletom, vou correndo até o hospital, para não perder o costume das minhas corridas, desci e fui direto para a cozinha. -Luísa avisa a tia que eu estou indo lá no hospital. -Eu aviso, mas antes de você sair correndo que nem um delinquente, pode comer esse sanduíche é melhor tomar um copo do suco que a dona Lívia fez se não você já sabe como ela fica. Sem muito enrolar eu me sentei na bancada, e comecei a comer, eu sei muito bem como a Lívia fica furiosa se não comermos quando ela “pede” acredite você vai ficar escutando por mais de uma semana ela te falando que “despreza a comida dela” ou “quero ver quando eu for embora, aposto que só vai comer porcaria” e até mesmo já ouvi ela me falar que “Depois que aprende a comer lixo é difícil apreciar uma boa comida” enfim é um drama todo, mas eu a amo e sei que ela também ama a mim, a Charlotte, e a Luísa. -Terminei, eu estou indo, avisa ela para não ficar preocupada, qualquer coisa eu ligo! -Cuidado João, e manda notícias da Maria. -Pode deixar. Me despedi com um beijo na testa dela e fui a caminho do meu destino. Após Comic Sans MS correr um pouco em um parque eu fui para o hospital, aproveitei e passei em uma padaria, eu sei que tá na hora da janta mais como eu sei que a Charlotte ama um doce nada melhor do que levar uns bolinhos recheados, aproveitei e já comprei o café que ela gosta e um para mim também. Consegui subir sem problemas mas ao chegar no quarto da minha filha estava vazio, não tinha nenhum rastro das duas pelo lugar, já meio preocupado eu peguei meu celular e liguei para a Lotte que desligou a chamada mas me enviou uma mensagem dizendo que estava no quarto 278 eu estranhei mas fui até o local, ao abrir a porta me deparo com a Cecília mamando, aquela mulher que cuidou dela estava deitada na cama da minha filha enquanto cantava e fazia carinho nos cabelinhos da minha pequena, de relance pude ter a breve alucinação de ver a Luana lá… entrei cauteloso e me sentei no sofá com a Charlotte que também olhava a cena apaixonada para não dizer hipnotizada, ao olhar novamente reparei na outra criança deitada junto a elas, o garotinho, realmente pareciam ser mãe e filhos. -Se você abrir essa boca para estragar esse momento sugiro que saia agora! – Charlotte sussurrou no meu ouvido, a garota é doida, sempre me ameaçando. Olhei para ela com uma das sobrancelhas arqueada e a mesma deu de ombros voltando a admirar o que acontecia à nossa frente. -Mamãe, quando eu acordo você vai tá aqui também né? – A minha filha perguntou a moça. -Claro que vou meu amor, mas antes de vocês dormirem lembrem-se de dar boa noite a mamãe estrela tá bom. – A mulher falou enquanto mostrava a janela para as crianças. -Boa noite mamãe estrela, obrigada pela mamãe Lana. – Maria falou e voltou a se aconchegar na moça que pelo que a Cecília falou chama Lana. -Boa noite mamãe estrela, obrigada pela mamãe que você deixou na terra. – o garotinho falou e também voltou a se deitar. -Muito bem meus amores, jamais deixem de dar boa noite as mamães que moram no céu, elas sempre vão proteger e estar com vocês… toma Cecília sua pepeta, León a sua. – Ela entregou a chupeta para as crianças e beijou a cabeça de cada uma delas. -Mamãe… -Oi amor, pode falar. -Fica com Maria… -Eu vou ficar minha princesa, vem cá deixar eu abraçar vocês… se eu pudesse colocava vocês dentro do meu coração! -Não mamãe! -Por que León? -Porque se você coloca León e Maria no coração a gente não vai poder abraçar mamãe. -Tudo bem, agora os dois anjinhos tratem de dormir. – Ela deu mais um beijo nas crianças que estavam rindo. -Maria ama mamãe e Leo. – Escutei a voz baixa da minha princesinha. -Eu amo Maria e mamãe. – O León beijou a bochecha da minha filha e da Lana. -E eu amo meus dois filhos! Pode não ser de sangue, mas o amor que eu sinto por vocês é enorme. -Galacia? - Cecília perguntou meio embolado. -Sim amor maior que a galáxia! Durmam bem. Ela fazia cafuné na Cecília e o León parecia já estar dormindo. -Vamos conversar lá fora. – Minha irmã falou e saiu de fininho, olhei mais um pouco e acabei observando que até a própria Lana dormiu, tirei minha blusa e coloquei por cima dela, para não acabar adoecendo, sai do quarto e a doida já estava lá me encarando como se eu fosse um bicho de sete cabeças. -Ainda bem que você não fez barraco lá dentro a Maria ficou tão feliz. -Por que chamou ela? -Não chamei, se levar em consideração que ela já estava aqui porque o Leon também estava internado. -Me explica isso direito porque não entendi -Mas é lerdo Meu Deus! É que foi assim… - Ela me explicou tudo o que aconteceu e eu notei que realmente estava arriscando a vida da minha filha por nada, não só a vida dela a daquele garotinho também pelo visto. Conversei a Charlotte e ficou combinado de quando eles saírem daqui irem lá para minha casa isso é se a tal da Allana aceitar, e depois que tudo estiver ok, eles podem se encontrar no apartamento da Charlotte, na minha casa comigo lá ou Lívia, e depois eu teria uma conversa com a Allana a respeito de a Cecília ir para a casa dela, porque eu imagino que ela vai querer pedir para ir então já deixar tudo resolvido para não ter mais nenhuma criança doente. Após a pequena reunião eu entrei no quarto dei um beijo na minha filha e fui embora, pedi para a Charlotte me avisar se qualquer coisa mudar no caso das crianças.
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