Maldição do Meu Próprio Sangue

Capitulo 15

Allana

Acordei, olhei em volta e não encontrei a Charlotte, levantei e caiu uma blusa moletom peguei a mesma e não reconheci eu sei que não era minha, não lembro de ver Charlotte com ela ontem, e como a blusa é um pouco maior imagino ser de homem e pelo perfume tenho certeza, caramba que cheiro bom, esse tem bom gosto para perfume. Fui até ao banheiro do quarto, lavei meu rosto, tomei uma ducha rápida, e coloquei a blusa moletom porque realmente estava fazendo frio hoje, vesti minha calça e quando saí do banheiro encontrei duas crianças chorando, ai meu coração…

-O que aconteceu?

-Mamãe!!! – Eles falaram juntos, meus dois amores.

-Por que estão chorando? Estão passando m*l? Eu vou chamar o Dr. Felipe. – Falei preocupada e pronta para sair do quarto.

-Não mamãe calma, a Maria achou que você tinha ido embora. – León explicou um pouco da situação.

-Meu amor eu não disse que estaria aqui quando você acordasse? -Me aproximei sentando na cama e a colocando no meu colo.

-Disse. -Me respondeu encostando a cabecinha no meu peito.

-Eu só fui tomar um banho, ontem eu acabei ficando sem banhar, estava preocupada com vocês. – Falei deixando um beijo na sua cabeça e segurando a mão do Leon.

-Mamãe… você tá com cheirinho do papai. – Cecília disse se aconchegando mais a mim, e eu paralisei, então quer dizer que a blusa é do i****a do pai dela… mais que merda podia ser de outra pessoa não, agora também não devolvo não, deixou comigo perdeu, sem falar que apesar de ele ser um i****a é um cheiroso e convenhamos é um gostoso, MAS ele não precisa saber o que acho a respeito.

-Bom dia vocês acordaram! – Charlotte chegou toda alegre.

-Bom dia! – As crianças ficaram animadas ao verem a tia Lotte.

-Onde você foi? Acordei e você não estava aqui.

-Ah eu fui trocar de roupa e tomar um banho, eu deixei autorizado na recepção que você também era responsável pela Maria então deu para sair rapidinho, espero que não se importe… - Ela pareceu preocupada ou com receio de eu brigar pelo que ela tinha feito.

-Não precisa ficar nervosa, está tudo bem, só estranhei você não estar aqui, mas fica tranquila. – Justifiquei logo minha pergunta, e levantei indo abraçar a irmã do carrasco.

-Como passou a noite? – Ela perguntou com um sorriso largo.

-Muito bem, eles são uns anjos. Deixa eu te perguntar uma coisinha… - Ela apenas me esperou continuar. -Seu irmão esteve aqui ontem?

-Ah sim ele passou aqui de noite, e isso me lembra que tenho umas coisas para falar com você e tenho quase certeza de que vai adorar.

-Tudo bem, assim que as crianças comerem a gente pode conversar lá fora já que o Médico vai estar aqui para verificar como eles estão.

Como combinado depois das crianças tomarem o café da manhã o Felipe foi examiná-las e enquanto isso fui conversar com a Lotte no corredor, e ela me explicou o breve combinado que seu irmão sugeriu, eu acho que ficou bom assim e como ele comentou depois conversamos sobre ela ir para minha casa e os horários.

Charlotte voltou para o quarto e o Felipe me chamou até seu escritório, eu já sei sobre o que é.

-Você pensou no que conversamos? – Ele foi direto.

-Sim... não é fácil tomar essa decisão porque envolve eu e o León e não quero colocar ele em uma sala de hospital t

A cada três meses…

-Então você não vai aceitar o acordo?

-Eu vou sim, mas eu vou fazer as retiradas no lugar dele, nosso tipo sanguíneo é o mesmo… vamos fazer a uma vez no mês pode ser?

-Você está me dizendo que tem o mesmo… (Apenas concordei já sabendo sua pergunta) isso é quase impossível… nunca que duas pessoas da mesma família carregaram essa genética… vamos fazer assim eu vou refazer o acordo e vamos fazer a retirada de dois em dois meses, tiramos duas bolsas de sangue o que acha?

-Por mim está bom assim, mas eu queria pedir que deixasse reservado para mim e meu filho, se algo acontecer e precisar de sangue… eu não quero perder meu filho por falta de bolsas de sangue.

-Eu posso falar com um amigo, aí podemos fazer a retirada e deixar armazenado no laboratório dele. Mas eu gostaria de pedir para que você pudesse doar sempre nas doações de sangue também, aí nesses períodos eu dou um prazo para seu corpo não ficar debilitado.

-Eu estou de acordo, assim que o documento estiver pronto e puder me passar eu vou levar a um advogado, eu quero sigilo sobre isso.

-Claro, eu te passo assim que estiver pronto. E não se preocupe, não irei quebrar o sigilo de médico e paciente.

-Obrigada Dr. Felipe.

-Eu que agradeço.

Me retirei da sala ainda perdida em pensamentos… eu só quero garantir a segurança e a vida de Leon, não vou aceitar perdê-lo se eu puder fazer algo para evitar. Vou pedir a Charlotte para falar com sua mãe, se ela puder me auxiliar com as documentações eu já fico aliviada.

Quando eu trouxe o Leon ao hospital eu imaginei que iriam descobrir logo com os exames, e foi isso que o Dr. Felipe discutiu comigo ontem depois de voltar ao quarto do Leon para colocar ele com a Cecília, o Doutor queria que eu trouxesse o León a cada três ou quatro meses para retirar sangue, eu falei que ia pensar, claro que não estava cogitando a ideia de fazer isso com ele jamais faria com ele o mesmo que nosso pai, o obrigando a fazer algo que não quer ou que nem tem o conhecimento do motivo… Por essa razão eu estou fazendo isso no lugar dele, pelo menos sei que terei uma garantia.

Voltei ao quarto e encontrei meus dois corações brincando com a Charlotte, estavam rindo de alguma coisa que ela tinha feito, e só de vê-los assim felizes assim eu sei que estou fazendo o certo.

-Oi, que folia toda é essa por aqui em?

-Mamãe, é verdade?

-O que amor?

-Lotte disse que vou poder ficar com minha irmã sempre que quiser!

-Só alguns dias anjinho.

-Mais tia Lotte disse que vão dormir lá em casa. – Olhei sem entender para a Charlotte, quando eu aceitei dormir na casa daquele carrasco, tá certo de que a filha dele é uma princesa, mas o homem é um i****a!!!

-Como assim Charlotte? – Ela me olhou sem graça e dava para ver que tinha aprontado. -Crianças fiquem quentinhas, eu e a tia Lotte vamos ali fora conversar rapidinho tudo bem?

-Tá bom mamãe.

Segui para o lado de fora com a Charlotte atrás de mim, assim que fechei a porta olhei para ela que me olhou sorrindo, mas logo seu sorriso sumiu.

-Allana… eu esqueci de te falar que o João pediu para que fossem dormir uma semana lá assim que saíssem do hospital… desculpa.

-Você esqueceu de mencionar uma coisa bastante importante Charlotte… e agora como vou fazer para recusar se você já disse para as duas pestinhas ali dentro.

-Não recusa, é só uma semana e eu vou estar lá com vocês, além do mais eu tenho certeza de que você não vai querer deixar os pequenos tristes, não é?! – Revirei os olhos e deixei os ombros caírem, se não pode contra junte – se a ela, fazer o que!

-Certo Lotte, mas não faça isso de novo.

Concordei, ela me abraçou e parecia mais animada com a ideia do que as próprias crianças, parece que arrumei foi outra criança para tomar conta, depois do abraço voltamos para o quarto e os bebês estavam dormindo juntinhos, são tão lindos meus nenéns.