Capítulo 5

1334 Words
Fiquei desnorteado, ainda não caiu a fixa de que eu realmente perdi meu amor e um filho, isso dói tanto… sinto como se uma parte foi tomada de mim, como se deixasse de existir, o que é verdade, eu perdi minha mulher e meu outro bebê, não sei nem como contar a Cecilia que a mãe dela morreu… Pedi para meus pais resolverem tudo do enterro de toda forma eu ainda não posso sair do hospital. Era noite e finalmente eu estava sozinho, olhei para a janela que havia no quarto, e fiquei apenas observando a luz da lua que invadia meu quarto, e senti tão vazio… forcei minha mente a lembra do acidente, porque desde que despertei só me lembro de tentar ultrapassar e ver o carro em minha direção. Flashback Estava atento na estrada e Luana estava cantarolando uma música do One Direction se me recordo bem era a Little things, ela sempre cantava para a pequena Cecilia quando estava gestante dela, e não seria diferente a pequena só conseguia dormir ouvindo a música. Eu estava preste a fazer uma ultrapassagem, mas no momento em que entrei na via contraria vinha um carro em minha direção, eu me desesperei, na tentativa de desviar joguei o carro para fora da estrada e tentei desacelerar, mas não estava conseguindo, olhei para o lado do passageiro e minha esposa estava virada para trás para conferir se a cadeirinha estava presa e se o a Maria estava segura, no impulso puxei o freio de mão e segurei na roupa da minha mulher, disse para ela se sentar, mas era tarde o carro começou a capotar e depois de ver a mãe da minha filha desacordada e sangrando eu tentei me manter acordado, mas eu não consegui minha visão estava embaçada e meu tórax estava doendo demais, devido ao impacto, e não demorou para eu estar desacordado. Fim do Flashback Comecei a chorar de novo porque eu sabia que a culpa era minha, se eu realmente tivesse prestado mais atenção, talvez ela não estivesse morta, eu a matei, eu matei nosso filho… é isso eu matei a pessoa que mais me amou … eu sou um assassino e mereço tudo isso. Uma enfermeira entrou no meu quarto e conferiu meus ferimentos e me deu os medicamentos que eu precisava. -Posso saber como está minha filha? a neném que chegou junto comigo. - Procurei saber dela já que de manhã me falaram que ela ainda dormia, e depois tiveram que colocá-la em outro quarto porque precisariam de mais espaço para fazer um procedimento -Ela está bem, passei no quarto dela a pouco tempo, a criança chorou muito por não ver o senhor ou sua esposa, mas a tia da menina conseguiu acalma-la. -Obrigado. - Disse sem prolongar. -Agora o senhor por favor descanse. - Por fim saiu do quarto indo para o próximo paciente imagino. Meus vieram me visitar nos dias que seguiram e me contaram que a família da Luana queria entrar na justiça para pegar a guarda da Maria Cecilia, alegando que eu não tinha estabilidade psicológica para conseguir cuidar de uma criança, devido aos recentes acontecimentos, fiquei com muita raiva, eles estão achando que é fácil assim, antes quando eu conheci a Luana tínhamos 17 anos, terminamos o colegial juntos, e eles nunca gostaram muito de mim, na época eu não tinha o dinheiro que tenho hoje e muito menos o conhecimento, e eu conquistei tudo isso ao lado da mulher que amei, então não vou permitir que se aproveitem da morte dela para me tirar a minha princesa, isso eu não permito. Minha mãe é uma advogada muito bem sucedida e me garantiu que nem ela permitiria que tirassem sua neta de si assim, não sem luta, e depois de um pequeno show da parte dos meus pais jogando pequenas verdades sobre as corrupções que esses hipócritas já cometeram os mesmos desistiram por hora, pelo menos me daria um tempo para conseguir um plano de ação. 1 ano depois Depois que sai do hospital eu fiquei quatro meses na casa dos meus pais, ainda tinha que me recuperar completamente, o que me ajudou muito a colocar a cabeça no lugar já que meus pais moram em uma casa quase fora da cidade, além de ser para a privacidade deles, é um lugar tranquilo. Lotte além de ajudar a tomar conta da Cecília, ela também cuidou da escola de dança da Luana, mantendo tudo em ordem, minha irmã me ajudou bastante durante meu período de conturbado. Cecília dorme comigo na maioria das noites, quando não é comigo é com meus pais ou com a Charlotte, mas ela ainda não queria dormir sozinha, ela está muito inteligente, bem espertinha, andando para todo lado. Quando me curei completamente a primeira coisa que fiz foi me encontrar com o Lorenzo meu amigo desde sempre, diria que único, não tenho outro amigo como ele, que seja verdadeiro e irmão para todas as horas, meus também gostam bastante dele. Depois de discutirmos coisas relacionada a nossa empresa, temos uma rede de hotéis espalhadas por vários países, enquanto eu estive fora foi Lorenzo que tomou conta de tudo, quando consegui finalmente expandir meu negócio eu fiz um acordo de sociedade com meus pais e a advocacia que eles são donos, e conversando com a Charlotte decidimos que ela ficaria com a escola de dança até a Cecilia ficar maior e decidir o que fazer, o negócio era de sua e nada mais justo que ela tome a decisão final. Voltei a morar na minha casa, mas mudei de quarto, o quarto que eu dormia com minha falecida esposa eu deixei todos os seus objetos pessoais lá e tranquei, se Maria decidisse entrar lá algum dia seria ela e a mãe dela, jamais vou apagar as poucas memorias que minha filha construiu com sua mãe. Charlotte veio morar comigo, dizendo ela que é melhor estar por perto para me ajudar com a pequena, e eu não tive objeções. Agora estou me arrumando para ir em mais uma reunião, sai do meu quarto e segui para a mesa do café da manhã, onde encontrei minha filha e minha irmã já sentadas apenas a minha espera, depositei um beijo na testa de cada uma e me sentei para fazer meu desjejum. -Bom Dia meus amores. -Bom Dia maninho, você vai na empresa hoje, não vai? - Charlotte indagou. -Sim tenho uma reunião com alguns acionistas, vamos discutir sobre o evento de caridade que querem fazer em uma das filiais. - Expliquei a ela, eu e minha irmã sempre fomos próximos, então não tinha necessidade de ocultar o que vou fazer na empresa, além do mais assim que ela for estagiar ela vai ficará comigo mesmo. -Entendi, então não tem problema eu levar a Cecília comigo para a escolinha né. - Eu tinha esquecido que hoje ela iria à escola de dança mais cedo. -Claro que pode, mas não voltem tarde, eu não que horas estarei em casa, então se quiser pode até ir para a casa do papai, só me avise antes tudo bem. - Certo, então nós já vamos indo, tenho que organizar a sala de pratica hoje. - Ela se levantou pegou a minha filha a colocando no chão, e me deu um beijo na bochecha se despedindo, a pequena veio e repetiu o ato. -Beso papai. - Ela disse apontando para a própria bochecha, sorri a pegando e dando um beijo na pequena. elas iam saindo, e quando ia falar Lotte já interveio. -Não precisa se preocupar Danilo vai nos levar e ficará conosco o tempo todo. -Para de ler minha mente isso é esquisito. - Falei um pouco alto para que ela ouvisse já que ela já tinha saído da sala de jantar, ouvi sua risada e logo veio a resposta. -É um dom maninho! - E agora foi minha vez de rir, essa garota não é normal, desde mais nova ela sempre adivinha o que vou dizer é bizarro.
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