Capítulo 4

1649 Words
João Miguel Não, de novo não, por que continuo com esses pesadelos… Me levantei da cama e fui até o quarto da Maria Cecília, olhei ela deitada em sua cama, ela estava em sono tão calmo e tranquilo, deve estar tendo bons sonhos com certeza, alisei seus cabelos e depositei um beijo singelo em sua testa, a olhando mais uma vez me retirei do quarto dela e retornou ao meu. Estava na varanda, observando a céu enquanto tomava meu copo de whisky. É sempre assim, todas as vezes que sonho com o dia da morte da minha esposa eu acabo por ver a lua e o sol trocando de lugar na imensidão do céu. 2 Anos Atrás Luana estava com 7 meses de gestação do nosso segundo filho, era um garoto, nosso pequeno Leonardo, nossa primogênita tinha completado 1 ano a apenas dois meses, estávamos contente porque iriamos para a fazendo dos meus pais passar o final de semana, mas tive que desmarcar para ajudar um conhecido da família o Dr. Afonso é um homem muito bem sucedido, ele tem uma rede de hotéis, aqui na cidade ele tem seis e mais 15 espelhadas por alguns países estrangeiros. Neste dia ele queria que eu revisasse as papeladas de uma de suas filiais existente, esta que fica localizada na Alemanha, ele estava desconfiado que um de seus empregados estivesse o roubando, devido uma grande queda que teve no caixa dos dois últimos meses, e levando em consideração que o hotel sempre teve clientes, então o saldo do mês eu diria que era considerável. Expliquei a ele que analisar todos os papeis e documentos que ele me forneceu, eu pedi para que me permitisse levar a pasta para casa, e de logo ele me permitiu, me despedi pegando os papéis me despedi o mais breve e voltei ao carro. - Prontinho agora podemos aproveitar nosso fim de semana! Estão animadas? - Eu perguntei logo após entrar em sua casa encontrando sua filha e esposa deitadas no sofá. –PAPAI! - Gritou a pequena Maria querendo ir para o colo do pai. -Oi princesinha, papai voltou para ficar com vocês. -Amor você tem certeza que dará para irmos, você não prefere resolver e que precisa logo, depois marcamos de irmos outro dia. - Luana disse e me parecia que estava bem cansada. -Não meu, isso não é tão urgente, podemos ir sem preocupações. -Tudo bem, as malas estão ali no canto, já deixei tudo pronto. -Certo, vou colocar as coisas no carro e depois eu venho ajudar você amor. - Ele saiu levando as duas malas. Luana se levantou pegando a Cecilia e saindo para fora da sua residência, após colocar a bebê na cadeirinha, ela voltou para dentro da casa apenas para poder usar o banheiro. Miguel, estava em uma brincadeira animada com a filha que não percebeu a presença de sua esposa os observando com admiração e carinho. Na fazenda as coisas estavam muito bem, eles fizeram um piquenique no dia seguinte à beira do lago, depois aproveitaram a noite para curtir a noite estrelada que o campo oferece, e o casal aproveitou cada momento apenas curtindo a companhia um do outro e claro da Maria Cecília, estava tudo perfeito até a Luana acordar de madrugada com pequenas contrações, o que não era normal, ainda faltava dois meses para ela dar à luz, ela se levantou e foi até a cozinha beber água na esperança de que as dores passassem, e passou mas não como ela desejava, assim que ele estava se deitando novamente as dores vieram mais fortes, começando a ficar desesperada ela começou a balançar o corpo ao seu lado para tentar fazer seu marido despertar. -Amor… O que foi, por que ainda está acordada? - Miguel meio sonolento questionava a mulher que tentava respirar fundo para não acabar gritando por tamanha dor que sentia. -P pr precisamos… v vo… voltar Miguel, está doendo muito. - Já com lagrimas olhos ela pediu -Amor o que ta acontecendo? Você está passando m*l? - Miguel ao notar a voz contida de sua Mulher se apressou em se levantar para poder voltar e levar Luana a um hospital imediatamente. -Po… por favor não deixe que ele morra Miguel por favor! - Luana já estava pensando no pior, ela tinha consciência que sentir essas fortes dores não era normal, pelo menos não até completar os nove meses, e ela estava determinada a não permitir que seu bebê morra tão cedo assim. -Não diga besteira Minha Lua, vem vou te deixar no carro e volto para buscar a Cecília, tudo bem? - Recebendo o aceno de sua esposa. ele a pegou a deixando no carro e foi buscar sua menina. -Promete que se alguma coisa acontecer você irá escolher ele amor, por favor! - Luana passava a mão pelo volume considerável em seu corpo enquanto esperava uma resposta do atual motorista. –Não será necessário fazer escolhas, vocês vão ficar bem vida. - Ele só não tinha certeza do que poderia estar acontecendo. - Me prometa vida por favor apenas me prometa. - Miguel e Luana se encaravam como uma maneira de tentar ler o que se passava com o Miguel. Estavam em uma estrada não muito movimentada, mas tinha um pouco de veículos circulando pelas vias, sem tempo para esperar e sem paciência, Miguel foi tentar fazer uma ultrapassagem ele só não podia contar com havia um carro vindo em alta velocidade, como se fosse tudo uma cena de filme, eles viram tudo em câmera lenta o carro sendo jogado para fora da pista. O baque foi tão forte que esqueceram da pequenina que também estava dentro daquele carro. Miguel acordou em uma sala totalmente branca, sem entender o que estava acontecendo olhou para os lados e encontrou uma enfermeira que estava conferindo sabe lá o que, meio desnorteado ainda ele perguntou pela sua mulher e sua filha, mas a senhora que estava consigo no cômodo respondeu que elas estavam nas mãos de bons médicos, após uma conferida no homem, a enfermeira pediu para que ficasse tranquilo mas isso era uma coisa impossível, tudo que ele queria era saber como Luana e Maria Cecília estavam. Nesse tempo em que ele ficou esperando, sua mãe seu pai e sua irmã já haviam chegado e estavam com ele no quarto, tentando o manter distraído, após tanto insistir sua mãe disse que ele havia quebrado duas costelas, e fraturado a perna direita, e teve uma concussão quando chegou devido ter batido a cabeça, a Maria Cecília estava bem, não totalmente, ela ainda não acordou desde que trouxeram ela continua desmaiada, agora a principal… Luana não se tem notícias dela ainda, pelo que falaram ainda está nos cuidados médicos. 3 Horas Depois. A pedido da família conseguiram colocar o Miguel e a Maria no mesmo quarto, ela havia acordado a uma hora atrás e depois de o médico confirmar que ela estava todas ficaram mais tranquilos, agora Miguel acaricia os cabelos de Cecília, enquanto ela está distraída com o programa de Tv, porque não parava de perguntar onde estava a mamãe e sem ter uma resposta o jeito foi manter ela com a atenção presa em outras coisas. Estávamos distraídos em uma conversa sobre o desenho de Cecília, mas fomos interrompidos por duas batidas na porta e logo depois um médico se colocou presente no ambiente. -Com Licença, vocês são parentes da paciente Luana Milani? - Ele perguntou ainda perto da porta do quarto. -Sim somos nós, ela é minha esposa. - Ele me encarou e depois olhou para meus pais. -Tudo bem, será que eu poderia falar com os senhores primeiro. - Ele pediu se referindo a meu pai e minha mãe. Sem responder meu pai já foi saindo e minha mãe o acompanhou e logo depois o médico se retirou fechando a porta novamente. Eles ficaram lá fora por aproximadamente uns 20 minutos antes de entrarem novamente, minha mãe estava de cabeça baixa, e meu pai estava a acariciando as costas, como forma de passar conforto, o que será que o médico disse. Nem terminei minha linha de pensamento e o mesmo adentrou o recinto. -Senhor Hernandez… sua esposa chegou ao hospital e o estado dela já era critico, ela chegou aqui desacordada, com um braço fraturado, uma costela quebrada e o sangramento abaixo da barriga, tentamos estabilizar a condição da Senhora Luana, mas devido a primeira parada cardíaca tivemos que passar para o bebê ou ele não iria aguentar, eu sinto muito…, mas…, mas a Senhora Luana veio a óbito, não resistindo a terceira parada cardiorrespiratória. Tentamos retirar o feto, mas infelizmente ele havia nascido sem vida, eu sinto pela sua perda, com licença. - Parei de prestar atenção no mundo a minha volta, não podia ser verdade, não era verdade isso é… isso é um engano, eles… eles… eles podem ter cometido um erro… Minha desabava a minha frente sendo segurada pelo meu pai, Lotte tentava segurar as lagrimas, para conseguir ficar com a Maria, eu estava em choque, eu perdi tudo hoje, perdi meu filho… meu pequeno filho, nem pude o ver, não pude o segurar no colo, e minha luz, meu coração… Eu perdi meu amor para sempre… Minha mãe veio me abraçar e mesmo que sentisse uma dor aguda nas costelas, meu coração é o que mais está doendo agora. -Por que mãe… por que ela tinha que ir? -Vamos conseguir meu amor… vamos ser fortes… e vamos dar a ela orgulho criando bem nossa pequena…- Mamãe estava tão abalada quanto eu. -Mas… ela vai voltar não é… Ela não pode me deixar aqui… ela é minha luz mãe… ela… ela é minha vida… - Eu não sei se vou conseguir viver sabendo que tudo é culpa minha… se eu não tivesse indo ultrapassar nada disso estaria acontecendo… Eu te amo meu amor e sempre vou amar você… Sempre.
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