CAPÍTULO 04

2114 Words
CAPÍTULO 04 DRIANA MILLER Termino de dar um última olhada as mesas do casino e na movimentação, cumprimento alguns dos clientes e novamente sou ovacionada por elogios, abro um sorriso para todos mas com o pensamento na conversa que tive com a tal Geovana. Aquela menina entrou na minha cabeça, muito mais do que gostaria, e para piorar, Rick concorda. Theodore estava com aquela foto o tempo todo e eu nunca soube disso, acho que nem mesmo Aline sabia deste detalhe. Como eu queria que fosse tão fácil assim recomeçar, mas toda vez que fecho os olhos, lembro de cada coisa r**m que fizeram a minha família, e que agora estou prestes de perder minha querida mãe. James, o que você faria no meu lugar? — Amiga.— saio dos meus devaneios com a voz de Hanna. — Oi, está tudo bem? — Tem um carro te esperando lá fora.— a olho confusa. — Carro? Eu não mandei carro algum vir me buscar.— murmuro. — Driana, vamos até os fundos, por favor.— diz Rick ao se aproximar, tanto ele quanto Hanna vão comigo até a saída dos fundos do casino. Ao chegarmos lá, um carro escuro está parado em frente a saída. Olho para meus amigos buscando alguma explicação. — O que... — Não faça perguntas, só entre no carro e esqueça por essa noite um pouco do trabalho.— murmura Rick e Hanna sorri. — Não vou entrar em um carro que desconheço.— Hanna começa a ri. — Deixa de ser chata, já cansou de entrar em carro de desconhecido para dar essa b****a, agora vá logo e garanto que o intuito não é esse, pode até ser no final, mas antes...— Rick da uma cotovelada nela. — Gente, o que está acontecendo? — Você confia na gente?— solto uma respiração pesada já me dando por vencida. — Confio e isso é jogar baixo.— eles riem Rick se aproxima do carro e abre a porta do banco de trás para mim, me aproximo para entrar. — Não podem me dar uma pista?— murmuro. — Será algo bom para você e se deixar permitir, será sempre algo feliz.— pondero por alguns segundos antes de entrar no carro e Rick fechar a porta do carro, olho para frente e vejo que o motorista do carro não me é estranho, e arregalo meus olhos quando vejo Christian e Geovana nos bancos da frente. Antes que eu fale algo, Christian da partida e Geovana se vira e me olha. — Olá Dri.— murmura com um sorriso no rosto. — O que isso significa?— falo alto em tom de exigência. — Continua chata como sempre.— murmura Christian — Bom desde o momento em que entro em um carro que desconheço e encontro pessoas da família que queria ver no inferno conduzirem o carro Deus sabe para onde, sim eu sou chata, Chris.— posso ver no retrovisor ele sorri. Christian sorrindo? Essa é nova. — Fique tranquila, nós só queríamos te levar a um lugar especial e seus amigos nos ajudaram.— reviro os olhos com a fala de Geovana. — Ótimo, preciso ter uma conversa bem séria com eles depois.— me recosto no banco. — Não os culpe, eles só querem o seu bem. — Porque o Christian tá aqui? — Porque durante esse percurso tenho coisas a dizer a você e espero que escute.— rio de suas palavras. — Vai a merda Christian! Desde quando sou obrigada a ouvir uma palavra se quer que saia da sua boca maldita? — Desde o momento em que em algum momento achou que me amava.— fico sem argumentos, abro e fecho a boca sem saber o que dizer, o que se torna uma deixa para ele poder falar.— Sei que tudo que os Coopers fizeram a você, só tem dor, raiva e magoas profundas, e acho que nunca vou conseguir pedir perdão o suficiente por tudo que minha família causou aos Millers. Fico quieta, mas ao mesmo tempo surpresa por ouvir tais palavras da boca dele. — Acho que ninguém poderia imaginar o grau da situação em que ficou sua cabeça depois de tudo. Nunca vou pedir para entender o que meu pai fez, na verdade fiquei um tempo tentando entender a merda que ele fez, todos nós da família, em especial minha mãe e Aline ficaram sem falar com meu pai por um tempo depois de descobrirem tudo. — Ele matou meu irmão.— murmuro. — Vamos ser sinceros, ele adiantou a morte de James que infelizmente ninguém ao certo sabia que ele estava doente, ninguém poderia imaginar o que ele estava passando. Sempre vi seu irmão com uma dos caras mais fortes do mundo, o admirava bastante, assim como todos da nossa família. Porém, quero que me responda uma pergunta. — Qual? — Acha mesmo, que mesmo se meu pai não o colocasse em uma situação em escolher entre ele e Aline, acredita que ele não escolheria a mulher que amava?— olho para o retrovisor e Christian me olha brevemente. — Nunca duvidei disso, mas seu pai usou isso a favor dele, para salvar sua filha.— sinto meus olhos arderem sem lágrimas. — Driana, James estava morrendo, ele não tinha nada a perde, e mesmo se não estivesse, ele iria dar a vida dele mais de uma vez se fosse necessário, assim como eu faria pela pessoa que amo e meu irmão também.— o vejo olhar brevemente para Geovana e segurar sua mão. — Nessa história toda, perdi meu pai e minha mãe em breve.— murmuro com asco. — Imagino como seu pai ficou com tudo, e dou razão a ele, mas ele quase matou uma mulher que era a maior inocente na história e que ainda estava grávida e sobre sua mãe, eu sinto muito mesmo, mas acho que se esqueceu que a doença da sua mãe já vinha de um tempo antes de perder seu irmão.— olho confusa pra ele. — Do que está falando. — Driana, lembra quando ela e minha mãe foram ao médico dizendo que estavam fazendo exames de rotina? — Sim, claro que lembro. — Sua mãe vinha esquecendo de algumas coisas bem pequenas e minha mãe lembrando do que minha vó teve, pediu para sua mãe buscar um médico e minha mãe a acompanhou. Sua mãe não contou ou chegou em um ponto que pode ter esquecido mas ela já estava com o inicio da alzheimer e todos sabemos como ela impercetível no começo, acho que a morte do seu pai foi um gatilho a mais para desenvolver mais rápido. — Como sabe disso tudo? Como posso saber que não está mentindo?— sinto meus olhos marejarem. — O que eu ganharia com isso Driana?— engulo seco.— Sua família tinha um m*l terrível de nunca conta as coisas graves, fora que eu descobri em uma conversa que ouvi da minha mãe e da Sra Miller.— o carro para em frente a um restaurante chique de Las Vegas. — Porque parou aqui?— murmuro ainda abalada com o que ouvi. — Tem uma pessoa que quer conversa com você, mas sem todo esse peso.— Christian sai do carro e abre e porta pra mim, fico temerosa quando ele estende a mão pra mim mas acabo aceitando. — Vocês me magoaram demais, não quero mais sofrer.— confesso e para a minha total surpresa, ele me puxa para um abraço, fico completamente sem jeito. — Me perdoa, do fundo do meu coração, me perdoa.— fica quase impossível esconder a minha surpresa com tais palavras vinda da boca de Christian Cooper.— É só se identificar na recepção e vão te levar até onde deveria está.— sem dizer mais nada, ele entra no carro e o vejo da partida. O que aconteceu aqui? **** Sigo a moça da recepção por um pequeno corredor, estranhei quando passamos pelas mesas dos clientes e não paramos em nenhuma, ao invés disso, me levou até um aporta que deu nesse corredor. — Moça, onde es...— paro de falar ao me deparar com uma das coisas mais românticas que eu poderia presenciar. — Em breve, vou pedir ao garçom vir pegar o pedido de vocês, com licença.— nem dou importância quando ela sai. A uma mesa a luz de velas posta com pétalas de rosas vermelhas em volta e um caminho ladeado delas até a mesa. A pequenas luzes espalhadas pelo ambiente e para deixar ainda mais romântico, uma janela de vidro enorme que vai do chão ao teto dando a visão de uma bela noite de lua brilhante e belas estrelas. — Uma vez, te ouvi dizer a minha irmã, que gostava desses tipo de jantares a dois, mas que ninguém nunca tinha feito isso.— olho no canto e logo Theodore se aproxima da mesa. Ódio, esse homem está uma delícia! — Me surpreendeu.— ele sorri. Ele está de smolking, coisa que nunca pensei em ver algum dia já que ele detesta essas coisas, cabelo penteado para trás, barba bem feita e olhos cinzas brilhantes. — Me daria a honra de me acompanha nessa bela noite, Srta Miller?— não respondo a sua pergunta, caminho em sua direção o fazendo sorri ainda mais, como um cavaleiro, ele puxa a cadeira para mim e eu me sento, logo em seguida ele puxa uma ao meu lado e se senta. — Theodore, eu...— me calo quando ele coloca a sua mão em cima da minha e da um leve aperto. — Antes que me xingue ou saia correndo daqui, quero pedir que me escute, por favor, antes de mais nada, eu quero falar sobre aquela noite. — Porque? — Driana, eu fui um babaca, o que fiz foi errado, ir para cama com uma mulher que estava bêbada e abalada com a morte precoce do irmão. Mas naquele momento em que você e beijou e me chamou para ficar com você, foi como música para meus ouvidos, a melhor coisa que poderia ter acontecido com um homem apaixonado, entretanto, quando estávamos lá, nos tocando e tão próximos, você me chamou pelo nome do meu irmão.— o vejo abaixar o olhar por um breve momento e depois olhar em meus olhos novamente, posso ver a tristeza em seu olhar, eles brilharem pelas lágrimas contidas. — Porque não me corrigiu? Porque não parou?— questiono. — Se eu falasse quem eu era, você ia me mandar embora a ponta pés e lá se ia a chance de te mostrar o meu amor, e eu não te corrigi porque pretendia dizer isso no dia seguinte, mas de manhã cedo, enquanto você dormia, eu ouvi você sussurra o nome do Christian.— fico surpresa com isso. — Eu fiz isso?— ele balança a cabeça confirmando. — Por mais humilhante que tenha sido para mim, foi a melhor noite que eu poderia ter com alguém em minha vida e sabe porque?— balanço a cabeça em negação.— Por que estava fazendo amor com a mulher da vida. — Theodore...— não consigo dizer nada, essas palavras, o que ele disse, me atingiram em cheio. — Não precisa me dizer nada agora, a única coisa que quero nesse momento é pedir seu perdão e dizer que fui um i****a. Quero ter a oportunidade de me redimir e te mostra que sou merecedor de uma mulher como você. — Mas e sua família? Sabe que não vou conseguir perdoar o que seu pai, seu avô fizeram ao... — Eu sei disso e jamais pediria para perdoa-los, estou falando de nós dois, que se f**a nossas família nesse momento, o que quero é tentar, aos poucos termos algo mas sem essas sombra do nosso passado ou do passado de nossas famílias. Driana, eu te amo.— meu coração parece que vai pela boca. Porque o Theodore tinha que ser tão romântico? — Tudo bem, acho que podemos tentar.— posso ver seus olhos brilhares e ele abrir um sorriso enorme. — Sério? — Sim, eu aceito seu perdão, Theo e aceito darmos um passo de cada vez, sem deixar que o passado de nossas famílias interfira.— me surpreendo quando ele levanta da cadeira e me puxa da minha, me abraça tão forte. — Como eu esperei tanto por esse momento.— sussurra em meu ouvido. Passo meu polegar em algumas lágrimas que desciam de seus olhos e murmuro. — Jamais esqueci o beijo que me deu naquele Pálacio.— confesso, ele sorri. — E eu jamais esqueci de você, meu amor.
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